sábado, 31 de dezembro de 2011

Fase inesquecível


Morávamos em uma chácara pertinho da cidade, era muito divertido para as crianças, tanto que até hoje o Mateus reclama por termos saído de lá. Foi em 2005 que resolvemos mudar para o centro da cidade, principalmente porque eles precisavam ir para a Educação física, a gente trabalhava e ficava um pouco distante para eles, tinha que atravessar a BR etc.

A maioria das fotos que tirei dos meninos são todas na chácara, tenho muitas fotos engraçadas, foi muito difícil escolher.Tenho fotos de briga de bois, de bezerros mamando, de Mateus em cima das árvores soltando folhas para o gado comer, do Elias fazendo muitas caretas. Até hoje ele faz caretas na hora de tirar fotos e saem muito engraçadas.
A foto escolhida, foi um momento de brincadeira mesmo,  Os dois estavam brincando debaixo de um abacateiro enorme, em cima de uma  banheira velha. Eu aproveitei o momento e registrei. Achei uma graça! Foi a foto mais engraçada com os dois. Foi uma época muito divertida! Uma infância realmente muito feliz! Sinto muita saudade dessa fase da vida deles, principalmente porque não brigavam, ao contrário de hoje, acho que preciso tirar foto na hora do bate boca, um quer mandar no outro... rsrsrs
                                                                                                  
  (Maria, mãe de Mateus e Elias)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A primeira postagem a gente nunca esquece!!!

Meninas, mães que participam, seguem e perseguem esse cantinho acolhedor...muito obrigada pelo convite e pela recepção carinhosa com essa pessoa que vos escreve. Fiquei muito feliz com o convite e é com muito carinho e dedicação que pretendo fazer parte dessa equipe!

Para começar com chave de ouro, fui intrometida logo de cara, sem ser o meu dia, resolvi fazer uma postagem extra com o tema desta semana.

Difícil demais escolher uma foto só da cria né...tem tantas fotos que adoro!

Acabei por escolher uma foto que mostra perfeitamente como é minha pequena, cheia de energia, alegre, inteligente, esperta e arteira  e tem uma mãe modesta.

(mamãe, aqui tá bem confortável!!)

Sofia adora um cantinho, se enfia entre a geladeira e o fogão, a parede e o guarda roupa, tipo esconde-esconde mesmo...e nesse dia ela resolveu brincar dentro do rack...achei muito engraçado. Ficou alí sentadinha um tempão e depois desse dia esse local virou o preferido para brincar e escrever...

Bem, essas somos nós, mãe e filha que se amam demais. Amor que aumenta a cada dia. Assim vamos vivendo e com certeza aprendo mais com ela do que ensino...a maternidade é assim, aprender todos os dias, rir de felicidade e emoção, chorar de alegria, de sono, de medo, e amar, amar, amar...

Obrigada pelo espaço...quero aproveitar também para desejar a todas um feliz 2012, cheio de alegrias, paz, saúde e energia, muuuita energia para acompanhar o ritmo dos pimpolhos...

Segunda feira tem mais!!!! Bjokas

(Ana Campos - mãe da Sofia e do blog soumãepravaler.blogspot.com)

Uma rápida "invasão"!!!

Depois de duas ausências consecutivas aqui no blog e sem nenhuma justificativa, apesar de eu ter tentado fazer contato, resolvi interpretar o silêncio da IRENE SENA como um "isso, no momento, não faz mais sentido para mim" e, sendo assim, decidi, após aguardar e muito refletir, fazer uma substituição. A partir de hoje a segunda-feira que era da Irene passa a ser da mais nova mãe daqui do pedaço: a ANA CAMPOS, a mamãe da SOFIA, que tem um blog bem legal sobre o seu lado mãe (o SOU MÃE PRA VALER) e que eu tenho certeza de que vai arrasar aqui, conosco!



O post de hoje é apenas para comunicar isso e, claro, dar as boas vindas à nossa nova amiga e nova integrante do MATERNAidade! Obrigada por ter dito SIM ao meu convite! Seja bem-vinda e arrase! Mais SUCESSO ainda! Que tenhamos muita coisa para trocar, compartilhar, viu! 

Um beijo grande meu e tenho certeza de que de todas as outras mamães! 

Aproveito a oportunidade para desejar um FELIZ 2012 a todas as mamães, filhotes e, claro, leitores!

(Andreia Dequinha - mamãe do Miguelito)

Eu sou levinha...


                                                         "Maninha, vamos brincar?
                                                                Brincar de quê?
                                                             De esconde-esconde.
                                                                      Vamos!!!
                                                        Então tá.Eu vou te esconder tá?"

Hahahhaha.Acho que foi isso que a Catarina pensou quando fez essa pose para a foto.Tadinha da Beatriz que está embaixo ahahahhaah.Consegui tirar essa foto no susto.O bebê conforto sempre ficava na sala.Daí a dona Beatriz sentou nele para brincar de balançar e a Senhorita Catarina gostou tanto da brincadeira que sentou -se em cima da irmã para poder brincar e eu mais do que depressa corri pegar a máquina para registrar esse momento liiiiiiiiiiiiiiiiiindo. Até pensei em colocar outra foto mas infelizmente não achei.Uma estava no carrinho normal e a outra embaixo onde colocamos a bolsa ai fui passear com elas na rua.As pessoas passavam por mim e perguntavam onde estava a outra ai a Beatriz aparecia embaixo do carrinho e dizia - Oi, achô.hahahhaah. De vez em quando fazia esse passeio doido e elas amaaaaaaaaaaavam.

Tempo bom e gostoso. Na foto acho que elas têm 1 ano e pouco.Meu Deus há 12 anos!!!!Tô ficando velha.
Como é bom poder recordar esses momentos.Esse cantinho é sagrado e mágico.

    Maria Regina- Mãe apaixonada das gêmeas Beatriz e  Catarina

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Carinha de não-sei-o-quê!

Claro que deve haver, perdida pelas pastinhas mensais de Miguel do nascimento até hoje e também perdida em minha falha memória, alguma foto hilária, mas, vencida pela falta de tempo, peguei a primeira que encontrei!

Miguel tinha feito dois aninhos no dia anterior e, assim que acordou, com a cara ainda amassada, totalmente descabelado, com remela, bafinho de onça, meio bêbado de sono ainda, cismou de ir ao quintal para ver se o pula-pula estava lá. Ao avistá-lo, simplesmente subiu sozinho as escadas, gritando feito um louco, e começou a pular que nem um canguru lá dentro, de uma forma entusiasmada que eu nunca vi! Foi assim durante os cinco dias em que o pula-pula acabou ficando aqui em casa, por falha no carro de seu proprietário! Miguel se sentiu dono, por uma espécie de usocapião! (risos)

Foram vários dias em que praticamente morou no pula-pula, só saindo para, por motivos óbvios, tomar banho, almoçar e dormir, se bem que dormir, de dia, ainda fazia ali. Coisa de doido! Foram também dias em que eu e mamãe até conseguimos descansar um pouco, já que ele parou de correr pelo quintal e só ficava ali dentro, pulando, até a exaustão. Levava lá para dentro cada brinquedo recebido em sua festinha. Para convencê-lo a sair dali era um sacrifício e toda vez eu recebia essa carinha de não-sei-o-quê presente nesta foto! E uma carinha muuuuito pior foi feita no dia em que o dono (verdadeiro) do pula-pula veio buscar, mas isso já é assunto para um outro post.

(Andreia Dequinha - mãe do canguru com cara de bichinho da goiaba chamado Miguel)

Guardada no coração...




Calma! Não é essa a foto mais engraçada. Essa é para ilustrar a história de quem vou contar, meus filhos Lucas e Felipe. Apesar de ter fotografado muito a infância dos meus filhos, os momentos mais marcantes ficaram guardados no coração. Nem sempre a câmera estava a mão, outras vezes optamos por não ter imagens, como na época em que o Lucas estava na cadeira de rodas.


Entre as várias imagens que ficou guardada comigo, uma delas precisaria ser filmada. Estávamos com a casa cheia de visitas e o Lucas veio do quarto com uma calcinha minha na cabeça, como se fosse um boné e falando ao telefone seriamente como se tivesse dando bronca em alguém. Testa franzida, sentou em um banquinho e continuou a "bronca", o elástico da calcinha puxava os olhos para cima e ele fazia um esforço enorme para olhar. Estava ainda aprendendo a andar e veio tropeçando nessa situação. Foi muito divertido!


Com o Felipe, a imagem mais divertida que tenho na lembrança é dele roubando comida do irmão. Então na maioria das fotos ele está com comida "dupla", dois pirulitos, dois pedaços de bolo, dois bombons, etc. Ele ainda nem andava, ficava no disquinho e quando o irmão chegava da escolinha cansado, a Vovó preparava um lanchinho e enquanto assistia desenho ia lanchando. O Felipe ficava na "espreita", quando o Lucas distraía um pouquinho, ele pegava a comida e saía louco correndo. Foram várias quedas e trombadas na parede, porque ele corria olhando para trás. Então o Lucas desistia da comida porque tinha nojo porque o irmão babava na comida dele.


(Mariuza Freire)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pé com pé, lé com lé

Pensei em várias fotos engraçadas para postar aqui. Encontrei umas hilárias, que me fizeram voltar no tempo e me lembrar das situações. Outras que são engraçadas agora, mas que no momento me fizeram ficar roxa de raiva (aquelas em que a criança se lambuza de chocolate, por exemplo) ou super preocupada (com um galo na cabeça), enfim... que mudaram o tom com o passar do tempo. Eu optei por registrar todas as ocasiões justamente por isso: fazem parte da vida! E como é gostoso lembrar de tudo!

Mas, escolhi duas fotos que acho engraçadas e que mostram o quanto eu e minha filha nos amamos. Através delas, vocês podem ver como nos parecemos. Aqui estão:



Como? Não aparecem nossos rostos? Não dá para ver o quando nos parecemos? Mas a “peruice” está evidente, não ? Isso é hereditário!!!!

(Nina Marinho, mãe da Marianinha - uma mini peruinha, fã de sapatos, como a mãe)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Meu futuro comandante


Vendo esta foto me fez rir bastante, lembrar que ele sempre quis ser militar. O mais engraçado era a maneira moleque que ele fazia continência, pois sempre foi muito brincalhão e bagunceiro. Todas suas fotos tinham que ter um sorriso exagerado. Nós falávamos: ri, Peu ! Ele logo mostrava os dentes, sempre alargando mais ainda o bocão. A profissão foi escolhida cedo, dizia que iria ser da marinha e iria virar almirante. Rsrs. Com uns dez anos é que um dia chegou para mim e disse que não queria ir mais para o colégio. Eu perguntei o motivo e ele disse que não iria querer morar longe de mim. Na época eu falei para ele não se preocupar, pois quando ele fosse morar em Angra eu iria morar lá também. Claro que não fui, eu já sabia que na época que ele quisesse ir para o colégio Naval não estaria nem ligando da mãe estar por perto. Rsrs  O tempo passa, este ano ele já se formou no colégio Naval, agora em 2012 está indo para a Escola Naval, e garanto que já sabe bater continência muito bem. Rsrs


(Cris Happy - mãe do Pedro)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Engraçada é apelido!

Giulia tinha três meses e eu, ela e Liz estávamos em Mimoso, tentando curtir o meu último mês da licença maternidade. Estava eu, já quase sem forças, por não ter tido resguardo, sem dormir há meses e cuidando solitariamente das meninas, tocando aquela vida estressante de mãe com bebê pequeno e uma filha mais velha ainda bebê... Como disse, estava a cuidar de meus afazeres. Já havia deixado as roupinhas das meninas num breve molho e estava cuidando da pequena Jujubi, quando de repente dei falta da mais velha. Minha querida amiga e mãe do Thetéo, Jô, deu o alarme: "-- Amiga, corre aqui, mas traz a câmera!" E e ali estava ela: de molho no sabão em pó. Perguntei: " - Menina, você está achando que é roupa?!" E ela respondeu sorrindo: " - Sou, mamãe!!!"  Não tive como brigar, registrei essas fotos para que não se perdesse o momento "roupa de molho" da Liz... 

Dá pra ver pela carinha singela que ela estava me ajudando, né?! Pois é, no final esse foi o argumento que ela utilizou para que eu não brigasse com ela. E quem conseguia brigar rindo daquele jeito?! Pra terminar, me olhou nos olhos, marejados de tanto rir, e me disse: "- Arrasô, amiga"!!!


(Lu Thompson - mãe da Liz e da Jujubi)

domingo, 25 de dezembro de 2011

Cartinha para o Papai Noel



MEUS FILHOS ACREDITAM NO PAPAI NOEL! É verdade! Um Papai Noel um pouquinho diferente: na maioria das vezes, é uma figura feminina, loira, que hoje tem 43 anos e é EXTREMAMENTE APAIXONADA pelo Natal; outras vezes, pode ser um homem magro, alto, de cabelos grisalhos, de 54 anos.

Quando pequeninos, gostávamos de escrever cartinhas para o bom velhinho. À medida que iam crescendo, acabavam descobrindo,  por eles mesmos, a verdadeira identidade do provedor de tantos presentes...

Mas a culpada de tudo isso sempre fui eu, que passei por inúmeras dificuldades financeiras quando criança e ainda assim esperava a visita do “Papai Noel”. Eu devia ter talvez uns cinco ou seis anos, foi um Natal inesquecível, pois meu pai estava desempregado e minha mãe não trabalhava fora. Minhas duas irmãs, ainda adolescentes também não trabalhavam.

Nunca comemorávamos com ceia, mas meu pai fazia uma árvore de galhos secos e a enfeitava com algodão e caixinhas de fósforos embrulhadas para presente.

Na noite de Natal, ao acordar, encontrei ao lado do meu sapatinho, (que nem havia sido colocado ali para ganhar presente, mas por tê-lo deixado na beiradinha da cama na noite anterior) encontrei uma boneca muito simples, sem articulações, uma caneta de 8 cores e um pedaço de pudim. Mesmo tão pequena, eu nunca esqueci a simplicidade e o espírito de Natal daquele momento.

Com um nozinho na garganta, vibrei dizendo que o Papai Noel havia passado na minha casa. Meu pai sorriu e cantarolou: “Eu não te falei? Seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem.”

Aprendi ali, que o espírito do Natal é exatamente esse desejo de dias melhores, alimentar sonhos, esperanças, solidariedade nos corações.

Sempre montei árvores para minhas crianças e, próximo à meia-noite, eles ouviam o sininho do Papai Noel tocando, e, para surpresa geral, os presentinhos já estavam na árvore.

Hoje, com dois adultos e um quaaaaaaaaaase adolescente,  ainda brincamos sobre esse assunto e nunca falamos que queremos presentes de Natal, mas que irão deixar cartinhas para a Mamãe Noel (eu) e para o Papai Noel (o pai deles). Achamos muita graça nisso e gostamos dessa brincadeira.

Claro que não esquecemos de falar sobre o verdadeiro sentido do Natal e da importância do nascimento de Jesus em nossas vidas.

...

Ao sentar aqui, na frente desse computador, tinha pensado em outra coisa, mas a recordação atrapalhou meus planos.

Vou aproveitar o finalzinho de meu texto (que virou um emaranhado  de histórias) para então, escrever uma cartinha ao Papai Noel:

Querido Papai Noel,

Meu desejo, como o de todos os outros anos que virão, é que minha família esteja sempre unida, com muita saúde, paz, felicidade, amor e que possamos comemorar o nascimento de Jesus, não só nessa data festiva, mas todos os dias dos anos vindouros.


Que todas as famílias tenham essa mesma felicidade de poder, unidas, participar desse momento de confraternização e que nossas vidas sejam mais alegres, mais felizes, mais NATAL!

(Vânia Oliveira)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Cartas (nem sempre) escritas


Famílias com crianças numa mesma expectativa aguardavam ansiosas um helicóptero que dali a instantes pousava  e surgia, então,  a ilustre figura:  um velhinho barbudo vestido de vermelho que trazia, à tiracolo , um saco, da mesma cor da roupa, recheado de brinquedos. A alegria era geral e ele distribuía os presentes.   A empresa onde meu pai trabalhava promovia esse evento no final do ano. Foi essa a imagem positiva que eu guardei do Papai Noel quando criança (Aos cinco anos). Depois dessa época, meu pai se machucou e ficou afastado do trabalho durante muito tempo e  se viu obrigado a adotar meios alternativos para manter a família que já contava com cinco pessoas. Cartinhas ao papai Noel não foram escritas; lógico, eu ainda não sabia ler!
Nos anos seguintes foi ficando  cada vez mais difícil viver essa fantasia, principalmente depois da mudança para o Nordeste (por quatro anos);  lá eu conheci, ao pé da letra, o verdadeiro sentido de uma vida complicada e sem recursos. O drama da seca nos atingiu também e tínhamos que sobreviver apenas com o mísero salário que meu pai recebia do INSS. Mesmo assim,  continuávamos morando na cidade, pois meus pais sempre fizeram questão de manter o nosso estudo.  Bem, quanto ao  Papai Noel, acho ele perdera o meu endereço.  E se eu fosse escrever a ele pedindo presentes, seria um egoísmo da minha parte, pois com tanta miséria, falta de água e fome por toda parte, os brinquedos deixaram de ser a prioridade...
No entanto, algo perto de casa me intrigava: havia um senhor meio gordinho, de barba e Cabelos brancos que vivia rodeado de crianças na calçada de sua casa. Eu o observava de longe (Desconfiada, passava sempre pela outra calçada)  e via que ele oferecia doces e, talvez,  brinquedos àquelas crianças que estavam à sua volta. Seria o papai Noel ?  Um dia, contei o fato à minha mãe e  o mostrei  porque tinha interesse em ir lá, quem sabe ganhar algum presente,  e não iria fazer isso sem sua autorização.  Movida pela natural sabedoria materna e um olhar clínico invejável, ela não me disse, diretamente, que havia pessoas, de caráter pecaminoso,  com intenções cruéis que se escondiam por trás de atitudes “supostamente bondosas” para abusar de crianças. Ao invés disso, ficou uma fera, gritou que ele era um SEM-VERGONHA  e proibiu-me até de passar naquela rua. Obedeci, sem compreender o porquê de tanto drama.  Afinal, para que questionar uma orientação materna?  Filho não tem que entender e sim obedecer;  o amadurecimento floresce com o tempo. Há experiências que não valem  a pena serem vivenciadas.  Definitivamente, aquele senhor não seria  uma boa referência ao conhecido   papai Noel cantado em verso  e prosa,  tão ilustrado em nossa imaginação. Melhor não me arriscar a escrever cartinhas de natal, eu não tinha mesmo para quem enviar, além disso, elas poderiam cair em mãos erradas e imundas.
Doze anos depois, passei pela incomparável experiência de ser mãe e, entre outras preocupações normais dessa nova fase,  destaco uma  pertinente com o tema:  “ manter ou não a fantasia sobre o papai Noel para os filhos?” Optamos pelo  SIM, pois o contexto favorecia: a situação financeira não era tão ruim, meus filhos eram os primeiros netos dos avós paternos que os mimavam e  paparicavam ao pé da letra. Decorações não faltavam: árvores de natal com presépios, músicas natalinas, meias  penduradas nas janelas.  Danilo e Patrícia, orientados pelo corujão papai, enchiam as meias de capim para que as renas as comessem quando passassem por lá à noite e enquanto isso, o Bom Velhinho desceria com os presentes e também encheria as meias com doces variados. Era uma festa para ambos. Todos os anos as reivindicações deles eram atendidas mesmo sem as famosas cartinhas.
 Esse detalhe  despertou, principalmente no Danilo, uma  curiosidade extra em descobrir quem era essa misteriosa figura que adentrava sorrateiramente no quarto e deixava lá brinquedos e doces esperados. Arquitetou, então  um “plano infalível” : uma armadilha que o ajudasse a descobrir a verdadeira identidade do enigmático papai Noel . Deixaria algo em cima da porta entreaberta  e quando ele entrasse, o barulho  causado pela queda do objeto os acordaria e tudo seria, finalmente,  esclarecido.  A pequena,  no entanto, não concordava com a “ideia  brilhante” do irmão,  pois temia que o susto causado  afastasse o papai Noel  e ele fosse embora rapidinho sem deixar as encomendas.  O curioso insistia, a espertinha boicotava e acabou em nada esse grandioso projeto.
Papai Noel permaneceu no confortável anonimato, esperando, quem sabe, a chegada de uma provável cartinha que nunca fora escrita por essas duas gerações...
 Mas o Gabriel  veio para dar  um basta nessa “greve epistolar”. Neste ano, ele escreveu uma  cartinha muito carinhosa afirmando, mais de uma vez,  que acreditava e gostava do  papai Noel,  sem, no entanto, fazer  nenhum pedido de prendas. Eu o questionei e ele me respondeu que já possuía muita coisa e queria apenas falar para o papai Noel. 
Quem sou eu para destruir esse mundo de fantasia que tanto cativa a maioria das crianças, inclusive o meu neto? Mantivemos SIM o mesmo ritual das decorações natalinas, de  encher as meias dele de doces, biscoitos, balas à noite e o brinquedo aos pés da cama,  sem esquecer, sobretudo,  de  falar sobre o amor e o nascimento do filho de Deus .  Sei que com o tempo, aos olhos dos pequenos,  essa figura alegórica de papai Noel vai tomando outra forma até chegar à verdadeira imagem do pai e isso não causa tanto estranhamento. É como uma máscara usada durante um bailar, que a cada troca de melodia vai se desgastando com o uso até não ser mais necessária. Vale a pena esperar!

                                          Zizi Cassemiro, mãe Natal do Danilo, Patrícia e Gabriel.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Uma cartinha pavocê!

Perguntei a Miguel o que ele gostaria de ganhar de presente de Natal este ano e ele prontamente me respondeu que era uma "biciqueta", mas curiosamente hoje de manhã mudou o pedido, dizendo querer ganhar um "caminhão com caçamba para pegar muito entulho". Não sei de onde essa figura tira essas coisas, sinceramente, só sei que me divirto. Comentei com ele que já estava muito perto do Natal e que Papai Noel, tadinho, não teria mais tempo para trocar o presente, pois já tinha deixado tudo organizado em seu trenó, com o nomezinho de cada um no presente. Falei que ele já tinha encerrado todos os pedidos e que nem ligando de novo para ele a gente daria jeito, quem dirá escrever uma nova cartinha! Sorte minha que tenho um filho fofo e compreensivo! Ufa!

Acredito que Miguel será como eu, apaixonado por cartas, pois já sinaliza isso. Vira e mexe ele pega suas inúmeras folhas, caneta e lápis de cor e faz desenhos e bilhetinhos psicografados, que sai distribuindo para um monte de gente. Agora aprendeu também a usar lápis e borracha! Uma comédia! Quase todo dia eu e mamãe ouvimos o "fiz uma cartinha pavocê"!!! Não podia ser diferente para o Papai Noel, claro!!! Ele já escreveu, do jeito dele, uma cartinha pedindo sua "biciqueta", dizendo que "ama muito Papai Noel, Papai do Céu, Papai Smurf e Papai Jeter"!!! Não necessariamente nessa ordem!!! (risos)

Vamos ver nos próximos anos... se as cartinhas se tornarão ou não hábito, né? É aguardar pra ver!


(Andreia Dequinha - mamãe apaixonada por cartas e torcendo para que o filho também o seja)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Simplesmente registros


Cartinha para o Papai Noel. Meus filhos nunca tiveram esses devaneios de ganhar presente de um bom velhinho que viria na noite de natal todo vestido de vermelho.

Quando bem pequenos, era possível fingir que também acreditávamos e eles correspondiam com a imensa lista de solicitações. Mas cartinhas mesmo, não me lembro de muitas. Apesar de eles escreverem muito - lindas cartinhas de amor para nós.

As crianças crescem rápido, e a inocência se perde nas propagandas da TV. Elas aprendem logo que é para o pai que devem escrever e pedir aquele brinquedo ou novidade eletrônica da moda.

Procurando em meus guardados, achei esta cartinha que o Fillipe fez na escola, ainda na alfabetização, que - é claro - achei linda e guardei. E agora compartilho aqui com vocês. Pena que não encontrei uma da Bia também, mas creio que ela agora - adolescente - iria morrer se visse um texto parecido postado na Internet.

FELIZ NATAL!!!

Que o Bom velhinho traga muitos presentes e Jesus muita felicidade.

(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cartinhas? Ah, não!

                                 
Não queria, mas infelizmente tenho que novamente tocar no assunto que diz respeito às limitações do Henrique pra poder falar sobre as cartinhas. Ele sempre me pareceu bebê demais...mesmo com 2, 3, 4 anos. Não sei se me entendem porque é difícil explicar. Eu tentava falar sobre o Natal, sobre o nascimento de Jesus e mostrava os Papais Noéis espalhados pela cidade, mas ele simplesmente NÃO entendia. Muito menos se eu dissesse pra escrevermos uma cartinha pra o Papai Noel, toda essa fantasia linda que eu vivi quando criança e que queria, de qualquer forma, que ele também vivesse. Mas ele não entendia.

Durante quatro anos, nós fizemos tudo como manda o figurino: presentes na árvore de Natal, Henrique acordando e a gente dizendo que o Papai Noel tinha deixado aquilo pra ele. Mas era em vão. Ele olhava e não via significado nenhum naquilo, não brilhavam seus olhinhos e ele abria os presentes por abrir mesmo...não era tão legal, não.

Foi no Natal de 2009, quando ele estava com 4 anos e meio que percebi um interesse maior pelo Bom Velhinho. Aqui na minha cidade, tem a Igreja Matriz onde todo ano o "Papai Noel" desce de tirolesa e então o levamos pra ver. Resumo da ópera: o Henrique teve pânico de tudo aquilo e não queria ver aquele senhor de vermelho e barba branca nunca mais...tadinho...rs
Finalmente ele estava entendendo, como as outras crianças! Consegui explicar sobre a cartinha e escrevemos uma pedindo um piano. Era o que ele queria. Mas confesso que depois que escrevemos, ele nem falou mais sobre ela, não ligava quando eu falava, enfim, era esquisito.


Meu primo se vestiu de Papai Noel e levou o piano pra ele (encontramos um bem lindo de madeira, pra criança mesmo) na véspera do Natal. A magia dessa época aconteceu ali para o Henrique! Com quase 5 aninhos ele estava vendo pela primeira vez o Papai Noel trazendo seu presente e fazendo as perguntas naturais de uma criança de 2, 3 anos, sei lá. Em contrapartida a isso, ele dizia coisas e gostava de outras que crianças maiores que ele não entendiam também...muito especial ele...

O fato de escrever cartinhas não mudou. Ele não liga de verdade...ano passado não quis e esse ano está me enrolando também...rs. Ele quer ganhar DVDs e já fez a listinha: Jorge Aragão, Marcelo Jeneci, Maria Gadu, Benito de Paula...ele já tem todos, mas quer de novo kkkk bem eclético ele.

O Henrique tem preguicinha de escrever cartinhas, enquanto eu daria tudo pra que  Papai Noel existisse e que lesse a MINHA cartinha, trazendo o meu presente, mas acho que vou ter que continuar com o pé no chão mesmo. É a vida.


Simone Maróstica, mãe do bebezão Henrique. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Tempo de pensar



Papai Noel faz parte das minha mais doces lembranças da infância, por isso fico muito feliz por ter  tido filhos com quem também curte essa fantasia! Sempre me emociono quando presencio o helicóptero dando voltas sobre a ACM, na festa de Natal, quando vejo crianças correndo de ou para Papai Noel, quando canto Deixei meu sapatinho...

Aqui em casa sempre fizemos aquele ritual todo, sapatos ao lado da árvore, biscoitos e leite pro bom velhinho. (O Mô "adora" esse lanche anual, principalmente depois da ceia!) O que nunca tirou o foco do aniversariante, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, hehe. Cantamos Parabéns pra Jesus, Ele é o homenageado, e procuramos colocá-lo no centro das conversas e da nossa rotina, especialmente nesta  época. Acho que as crianças precisam mesmo saber  quem é quem, para que não confundam uma data de reflexão profunda com uma simples distribuição de presentes caros e comilança farta.

Em 2008 (ou 2009) foi muito legal, porque o Google botou  na internet um rastreador de Papai Noel, vocês lembram?? Mostrava os países por onde ele já havia passado e contava as horas pra ele chegar ao Brasil!!! O Tariq ficou doidinho, queria comer logo e voltar pra casa (a ceia é na minha mãe), porque Papai Noel só passa na casa de quem já está dormindo! E a Talita?! Ela já não acreditava mais, mas ficou muito impressionada e confusa, tipo “Como pode??” E olhava pra gente com aquela carinha linda de interrogação!!

A Talita e o Tariq sempre escreveram cartinhas para Noel, que foram enviadas para o polo Norte.  E não é que, quando ela estava com 7 anos, recebeu uma cartinha dos Correios, convidando-a para participar de uma festa na sede?! Lá ela recebeu alguns brinquedos, foi filmada pela rede Globo (mas não disse uma palavra!) , houve  show de mágico e palhaços, lanche etc. Foi uma surpresa e tanto! Mas ainda menor do que uma oooutra: dia 24 de dezembro, à tarde, tocaram o interfone, fui atender e eram os Correios de novo! Chegaram   patins (ela havia pedido um patinete), uma mesa de passar roupa (pedido dela também) um urso de pelúcia lindo e um Lego. Eu não parava de chorar e ainda tivemos de esconder depressa todos os presentes, pra ela não ver antes da hora. Eu não sabia dessa campanha dos Correios e, depois desse evento tão marcante nas nossas vidas, nunca mais enviei as cartinhas, para evitar que elas tirassem a vez de quem realmente precisa ser contemplado pela adoção.

Acreditei em papai Noel até os 10 anos, quase 11, e fiquei tão triste quando descobri que era meu pai quem comprava tudo... A Talita teve essa certeza exatamente no dia 24 de abril de 2006, aos 8 anos: ela começou um papo de que "o Papai Noel é muito gordo pra passar pela grade da janela, aqui não tem chaminé, o pó de pirlimpimpim é pra fazer voar, não pra diminuir as pessoas, e esse negócio de que ele é um espírito é  mentira, porque o Gasparzinho não consegue pegar coisas sólidas! Fala, mamãe, Papai Noel não existe, né?!" Bem alegrinha, saltitante com a descoberta! Fiquei comovida com o raciocínio "científico" dela, com a felicidade e a vibração no jeito de falar. Abracei a minha filhinha, fizemos a maior farra, contei casos de quando eu era pequena e acreditava, custamos a "desligar" pra dormir!! O Tariq descobriu ano passado, por "recomendações" de amigos... Apesar da satisfação pela conquista, percebi uma leve tristeza, talvez pela decepção, talvez pelo desejo de continuar acreditando.

A história de amor e de doação de São Nicolau me sensibiliza muito e, aliada à de Jesus, torna esta uma época de emoção pura, em que nos voltamos para a divindade, em que, envoltos por vibrações de amor, de carinho e de boa vontade, prometemos nos melhorar e pensar mais no nosso próximo. Quisera houvesse um cadinho que concentrasse e armazenasse toda essa energia positiva, onde pudéssemos buscá-la quando nos faltassem forças e nos falhasse a memória, pelo novo ano adentro...
                                                                                                (Else Portilho)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sem Papai Noel...

Não tenho muito a dizer sobre o tema da semana. Fui criada na roça e não se falava em Papai Noel. A minha família sempre foi muito pobre e não tinha essa coisa do presente de Natal, aliás, nunca ganhei presente de Natal.

Com relação aos meus filhos, criei-os ensinando que Papai Noel não existe, sempre falei para eles sobre o significado do Natal e que essa história de presente é puramente comércio, o presente vem do pai e da mãe, e acrescento: “Através das bênçãos e provisão do SENHOR que tudo nos concede através do seu amor com que sempre nos amou, pois é ELE quem nos sustenta.”
Quanto aos presentes, já ganham muitos durante o ano, independente de datas, acho o aniversário a data mais apropriada para o presente e quanto ao Natal, ensino  o fundamento  espiritual que é a importância do Salvador em nossos corações. Isso é lindo! Fundamental! Significativo! Eles são felizes assim!

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.  (Isaías 9:6)
(Maria José - mãe de Mateus e Elias)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Existe sim...

Papai Noel existe sim.
A Catarina e a Beatriz estão com 13 anos e fiquem pasmas... até ano passado elas acreditavam que ele vinha e deixava os presentes. Sou contadora de história e fiz meu papel direitinho com elas, porém desde o início contei sobre  toda a  história de São Nicolau  .Sua história é muito linda, principalmente porque ele abriu mão de algo que para o mundo hoje é loucura- dinheiro-Uma das grandes virtudes de São Nicolau foi a caridade.
Todos os anos elas escreviam as cartinhas e no outro dia o presente estava ali.Claro que às vezes elas me deixavam em saia justa, pois me questionavam o porquê que algumas crianças não ganhavam presentes. Daí explicava que o mais importante não são os presentes palpáveis , mas as graças que Deus dá a cada um de nós.
Todos os anos montamos nosso presépio e vou contando histórias para elas sobre cada personagem, sua importância no plano de salvação, e elas vão curtindo cada momento( até hoje).

Se o Natal é o Aniversário de Jesus, por que somos nós os presenteados? Tento fazer com que elas reflitam o verdadeiro sentido do Natal, que muitas coisas a mídia que coloca em nossas vidas.Ela quer que acreditemos que vale a pena consumir, a sermos escravos do nosso egoísmo.Penso que o Natal é uma ótima oportunidade de evangelização de nossos filhos.

Maria Regina- mãe contadora de história da Catarina e da Beatriz

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Esperando o mágico chamado Noel...


Sinceramente acho uma tremenda de uma sacanagem roubar das crianças a mágica de se acreditar em Papai Noel! Estou looonge de incentivar que a data seja lembrada apenas como um pretexto para se encher de presentes, assim como ensino ao meu filho que o protagonista não é o bom velhinho e sim o menino Jesus e seu nascimento! Vejo um monte de Papai Noel, luzes e árvores de Natal espalhados pela cidade (não que eu não goste disso, pois adoro, confesso!), porém sinto muita falta dos presépios, por exemplo, e na segunda-feira felizmente Miguel fez a maior festa ao ver um lindo e iluminado colocado na entrada de Arraial do Cabo! Muitos valores se perderam, outros ficaram distorcidos, mas... acredito que devemos sim incentivar a “existência” de Papai Noel até uma certa idade!

É impossível não traçar um paralelo entre a minha infância e a infância do meu filho! Acredito que a gente acaba repetindo aquilo que pensa que deu certo e eliminando aquilo que não deu. Fui muito feliz acreditando em Papai Noel, colocando a meia na janela, escrevendo cartinhas, me lançando àquele clima mágico de ansiedade e espera. Quero que meu filho também seja! É uma tradição que faço questão de manter sim, por um bom tempo, até meu filho descobrir, por si só, como eu, que o bom velhinho não existe de verdade, de carne, osso e barba, mas que há um existir na imaginação e no coração que não são menores por isso! Isso não é, nem de longe, na minha visão, mentir, porque, se o fosse, coitados dos poetas! Estes para mim estão mais para mágicos do que para mentirosos! Graças a Deus!

Papai Noel é uma espécie de oásis neste mundo às vezes tão cruel, injusto, revoltante, feio... Acreditar nele é uma força extra para fugirmos um pouco da realidade que nos pisoteia, aprisiona, aflige... Penso que seja válido pacas! Salvador até!

Papai Noel, portanto, eu tenho certeza de que virá visitar meu filho neste Natal e sei que ele, ansioso, assim como eu e minhas sobrinhas, até uma certa idade, vai querer esperar para poder vê-lo! Já expliquei que talvez ele não traga o que ele pediu (uma “biciqueta”)... nem sempre ele poderá satisfazer suas vontades... já que há muitas crianças para ele visitar e presentear e ele, assim como a mamãe e o papai, ganha mal, tadinho, é pobre, mas tem um coração de ouro! Sempre traz uma lembrancinha... para marcar presença... e que deve ser recebida com muito carinho e gratidão, sempre!
(Andreia Dequinha - mamãe Noel disfarçada de rena)

Sem Noel...


Algumas vezes me é muito difícil falar sobre os temas da semana. Esse, por exemplo, não tenho nada tão belo para dizer. Sou de uma família que nunca ousou "sonhar" como Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e outros tantos seres imaginários, talvez para que a decepção não fosse tão grande, já que este não viria mesmo. Os pouquíssimos presentes eram bem explicados que vinham do suor sagrado do trabalho na lavoura e que seria na época em que realmente houvesse uma sobra, pois o essencial era ter a alimentação básica. Eu achava tão natural essa forma de viver que nunca questionei e nunca tive nenhum trauma por conta disso.

Os meus filhos, é claro, bem mais privilegiados, tiveram seus presentes em todas essas datas. Porém a explicação continuou a mesma: o presente vem do pai e da mãe. Assim que puderam compreender, expliquei sobre de onde vinha os presentes e todas as ilusões que a mídia nos coloca para consumirmos cada vez mais.

Nunca reclamaram disso, pelo contrário, achavam-se "homenzinhos" por saberem dessa informação.

(Mariuza Freire)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal através dos tempos...


2007
Com quase dois meses, era difícil ela saber o que era Natal, o que dizer, então, de Papai Noel. Mesmo assim, lá foi a mamãe e colocou um gorrinho para comemorar o primeiro Natal.

2008
Ainda não tinha noção do que era Natal, mas já tinha medo daquela figura de roupa vermelha que, apesar de velhinha, não era o vovô nem a vovó. Chegar perto?? Nem pensar!

2009
Já sabia o que era Natal, principalmente porque tinha aquela árvore linda, cheia de luzinhas e coisas fofinhas de se... olhar! Ai, se pegasse uma coisinha só! Mamãe ficaria brava... Mas no final, deixava pegar uma bolinha inquebrável aqui, outro enfeitinho daqui. Papai Noel? Só o de brinquedo porque o do shopping dava medo ainda!!!!

2010
A noção de Natal já estava mais clara, já que ela entendia mais sobre tudo. Descobriu que era época do aniversário de Jesus e era por isso que mamãe colocava um “teatrinho” embaixo da árvore representando seu nascimento. Papai Noel? Não, obrigada. Ele pode trazer o presente que mamãe compra, mas é melhor deixar lá, bem quietinho embaixo da árvore... Nem chegava perto do Papai Noel do shopping... (graças a Deus! Evitamos as filas quilométricas!)

2011
O ano mais legal até agora em relação ao Natal. Ela entende que o Natal é o aniversário de Jesus, sabe que por isso todos nós ganhamos presentes e que os das crianças são entregues pelo Papai Noel – comprados pelo papai e mamãe, é claro. Mas somente aquelas que são boazinhas ganham! A casa está super enfeitada e, se coubessem mais enfeites, colocaríamos... Quando ela vê Papais Noéis em shopping, diz que são homens vestidos de Papai Noel e que, por isso, não tem medo. O de verdade mesmo só vem na noite de Natal, quando todos estão dormindo. Por isso, colocou uma meia natalina pendurada próximo à janela para que ele saiba onde encontrá-la. Combinamos que deixaremos biscoitos e leite para que ele não fique faminto. E ela está prometendo deitar-se cedo na noite do dia 24/12, pois ele só vem se todos estiverem dormindo...

Um Papai Noel foi à escola. Antes de sair, ela me disse que seria mais um homem vestido de Papai Noel. Mas, ao voltar, me garantiu que aquele era o real. Ainda assim, teve coragem de tirar uma foto ao seu lado. Saiu sorridente. Perguntei-lhe se fez o pedido e eis que me responde: “Não, né, mãe!! Eu já tinha escrito e mandado a carta!”.

E eu, que nunca gostei de final de ano, estou começando a gostar. Tudo por causa do espírito natalino!!!!! Que bom é ter Natal com crianças! Quando se é uma ou quando se tem uma (ou mais)...

(Nina Marinho, mãe da Marianinha)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Meu Papai Noel


Natal foi sempre uma data muito festejada pelo Pedro. Acho que não tem uma criança que não se encante com a beleza do Natal, com suas luzes, enfeites e... presentes. Rsrs Pedro adorava e adora o Natal e acreditou em Papai Noel durante anos, já estava tão grandinho que eu ficava com vergonha dele ser o único ainda a acreditar. Penso que no fundinho ele sabia que o Papai Noel não existia, pois os colegas faziam questão de contar, mas a fantasia era tão mais agradável, que ele preferia continuar acreditando.

Natal com criança é muito mais gostoso! Nós o distraíamos e eu saía pela porta dos fundos, tocava a campainha e ele ia correndo abrir, mas nunca conseguia chegar a tempo de ver o Papai Noel. Não sei a razão. Rsrs Teve um ano, que ele disse que ia pegar o Papai Noel, ele não iria escapar daquela vez. Ficou de plantão na porta, mas nós adultos sempre conseguimos enganar e uma distração e ele perdeu de ver, mas ainda conseguiu ver o chapeuzinho, pois eu fiz questão de ficar de cabeça abaixada enquanto ele olhava no olho mágico. Ficou doido! Outro nós passamos na casa da minha sogra e na hora dos presentes, pedimos para minha mãe descer com ele, o mais legal é que quando ele desceu tinha um Papai Noel contratado por alguma casa chegando, foi muita sorte. Rsrs
O triste desta história é quando ele aceita a verdade. Como disse, ele já estava bem grande, mais do que na hora de parar de acreditar. Estávamos andando no Centro de Cabo Frio e ele já bem desconfiado me perguntou: mamãe, Papai Noel não existe, né? Eu disse, Não ! Ele fez uma carinha tão triste que eu quase morri de dó. Ele então falou que aquele seria o Natal mais triste para ele. O engraçado é que ainda perguntou: E o coelhinho da Páscoa ? rsrs E eu, também não! Nossa, foi muita tristeza ! rsrs Mas não ficou triste o Natal, pois os encantos mudam e ele passou a ser o nosso Papai Noel, coloca o gorrinho e faz a entrega do presentes. Não deixa ninguém mais fazer isto, adora! E que este encantamento se perpetue depois com os filhos dele, pois a fantasia e estas reuniões, festas, são a coisa mais gostosa da vida.

Feliz Natal para todas as minhas amigas do blog, muito amor e paz no coração!

   (Cris Happy -  mãe do Papai Noel mais gostoso)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Lá em casa, Papai Noel sou eu!!!


                                                       

Quando éramos pequenas, eu e minha irmã esperávamos o Papai Noel, mas sabíamos que  era a mamãe quem comprava os presentes...

É assim que faço com as minhas criancinhas... Deixo bem claro que fui eu que comprei, com sacrifício e muito amor e que entreguei para o bom velhinho deixar aqui em casa no dia do Natal, caso as meninas se comportem! Isso, porque eu amo  toda essa  emoção e expectativa de ganhar  presente de natal, porque se dependesse do papai Marcelão, Papai Noel já teria se aposentado!!!

De qualquer forma, Liz e Giulia terão um Natal de presentes  dentro das possibilidades e sabendo que mamãe só dá o presente pedido quando "pode”, em tese (risos), porque sempre rola um sacrifíciozinho, as criancinhas merecem!!!  

Agradeço a Deus a oportunidade e a possibilidade de fazer isso por minhas filhas e sei que haverá dias que talvez não seja tão farto de presentes, mas o mais importante: faremos questão de deixar bem claro para as meninas, sempre: Natal não é só dia 25/12, o sentimento de amor e tolerância que aparece nessa época do ano deve ser praticado todo dia! 25/12 é uma data comercial que o homens criaram para vender mais... o suposto motivo dessa data, que é o nascimento de Jesus, deve ser comemorado DIARIAMENTE com a certeza de que Ele é REAL em nossas vidas, que Ele é o SENHOR delas! Os presentes são  coisas e um dia serão esquecidos dentro de uma caixa ou armário...

Liz já sabe o que Papai Noel trará pra ela... ele vai trazer a boneca que ela pediu e que eu prometi dar caso ela passasse a usar o vaso. Vai ganhar também a bonequinha que eu escolhi no dia das crianças e veio outro modelo. Jujuba vai ganhar a sua 1ª boneca! Vai ser mais ou menos assim: Na noite de Natal, quando Liz adormecer,  papai Marcelão montará o castelo cor de rosa das princesas (uma tendinha em forma de castelo, simplesmente LINDA!!!) e colocará lá dentro os presentes, embrulhados, é claro, para ser mais emocionante. Espero ter presença de espírito para filmar esse momento!!!

(Lu Thompson, mamãe Noel da Liz e da Jujuba!)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Onde andará o meu doutor?



Hoje, acordei sentindo uma dorzinha...
Aquela dor sem explicação e uma palpitação! 

Resolvi procurar um doutor... Fui divagando pelo caminho...
Lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...
o meu doutor que curava a minha dor!
não apenas a do meu corpo, mas a da minha alma...
e que me transmitia paz e calma!
chegando à recepção do consultório,
fui atendida com uma pergunta!
"Qual o seu Plano? O meu Plano?"
Ah! o meu plano é viver mais e feliz!
é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio
e preencher esse vazio que sinto agora!
mas, a resposta teria que ser outra!
O "Meu Plano de Saúde"...
Apresentei o documento do dito cujo, já meio suado tanto
quanto o meu bolso... e aguardei
quando fui chamada, corri apressada...
ia ser atendida pelo doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor!
entrei e olhei... me surpreendi...
rosto trancado, triste e cansado...
"Será que ele estava adoentado?
é, quem sabe, talvez gripado!"
não tinha um semblante alegre, provavelmente devido a febre...
dei um sorriso meio de lado e um bom dia!
Olhei o ambiente bem decorado
sobre a mesa a sua frente um computador
e no seu semblante a sua dor...
O que fizeram com o Doutor?
Quando ouvi a sua voz de repente:
"O que a senhora sente?"
Como eu gostaria de saber o que ele estava sentindo...
Parecia mais doente do que eu a paciente...
"Eu? Ah! Sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação"
E esperei a sua reação
Vai me examinar, escutar a minha voz
E auscultar o meu coração
para minha surpresa
apenas me entregou uma requisição e disse:
"Peça autorização desses exames para conseguir a realização..."
Quando li quase morri...


"Tomografia Computadorizada",

"Ressonância Magnética"
e Cintilografia"!
Ai Meu Deus! Que agonia!
Eu só conhecia uma tal de Abreugrafia"...
Só sabia o que era "Ressonar" (dormir),
de "Magnético" eu conhecia um olhar...
e "Cintilar" só o das estrelas!
Estaria eu a beira da morte? De ir para o Céu?
Iria morrer assim ao léu?
Naquele instante timidamente pensei em falar:
"Não terá o senhor uma amostra grátis de calor humano
para aquecer esse meu frio?
O que fazer com essa sensação de vazio?
Me observe Doutor!
O tal "Pai da Medicina", o Grego Hipócrates acreditava que,
"A arte da medicina está em observar"
Olhe para mim...
É bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!
Médico não é Sacerdote...
tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
Mas, por favor me olhe!
Ouça a minha história!
Preciso que o senhor me escute e ausculte!
Me examine! estou sentindo falta
de dizer até "Aquele 33"!
Não me abandone assim de uma vez!
Procure os sinais da minha doença
e cultive a minha esperança!
alimente a minha mente e o meu coração...
me dê ao menos uma explicação!
o senhor não se informou se eu ando descalça...
ando sim!
gosto de pisar na areia e seguir em frente deixando
as minhas pegadas pelas estradas da vida,
Estarei errada?
Ou estarei com o verme do amarelão?
Existirá umas gotinhas de solução?
Será que já existe vacina contra o tédio?
ou não terá remédio?
Que falta o senhor me faz meu antigo Doutor!
Cadê o scoot, aquele da emulsão?
que tinha um gosto horrível
Mas me deixava forte que nem um "Sansão"!
E o elixir? Paregórico e categórico!
e o chazinho de cidreira,
que me deixava a sorrir sem tonteiras?
Será que pensei asneiras?


Ah! Meu querido e adoentado Doutor!

Sinto saudades...
dos seus ouvidos para me escutar...
das suas mãos para me examinar...
do seu olhar compreensivo e amigo...
do seu pensar...
do seu sorriso que aliviava a minha dor...
que me dava forças para lutar contra a doença...
e que estimulava a minha saúde e a minha crença...
sairei daqui para um Ataúde?
Preciso viver e ter saúde!
Por favor me ajude!
Oh! Meu Deus, cuide do meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
porque da consulta só restou,
uma requisição digitada em um computador
e o olhar vago e cansado do Doutor!
Precisamos urgente dos nossos médicos amigos...
a medicina agoniza...
ouço até os seus gemidos...
Por favor! Tragam de volta o Meu Doutor!
Estamos todos doentes e sentindo Dor! E Peço!!!
Para o Ser Humano uma Receita de "Calor"
e para o exercício da Medicina uma Prescrição de "Amor"!
Onde andará o Meu Doutor?

Autora: Tatiana Bruscky
"Vestido de Chita"
Recife/Pe
(Vânia Oliveira)