sábado, 30 de abril de 2016

Ai, palavras, ai palavras!!


Aprendi com meus pais que as palavras vão além dos fonemas emitidos numa troca de comunicação; elas adquirem peso, forma, cor, dimensão, cheiro e sabor,  preenchem os cinco sentidos numa relação de causa e efeito e nos acompanham em todas as fases da vida.

Na infância e adolescência o nosso papel é secundário pois somos subordinados aos pais, os quais, por estarem no controle,  decidem como educar . No meu caso, desconheço  os efeitos mágicos do cipó, varinha, chinelo e cinto como corretores porque, felizmente, não tive o desprazer de vivenciar esses mecanismos educativos quando criança ou adolescente. Meu pai (talvez por ter sido injustamente punido tantas vezes quando criança pelo meu rigoroso avô), prometeu a si mesmo que jamais adotaria tais práticas corretivas na educação dos seus filhos. E cumpriu isso à risca, apelando para uma outra alternativa tão eficiente quanto aquela e que garantia  um bom resultado.

A técnica era simples:  quando uma de nós violava um critério, ele nos castigava com uma surra de palavras. E como doíam aquelas flechadas lexicais de efeito maçante cuja tortura era oferecida em pequenas e repetidas doses durante horas! Ai, que saudade de um vergão na perna, que vontade de ouvir o cantar da varinha antes de atingir o “alvo” (Quem sabe, fosse menos doloroso!)... Paradoxalmente, eu ansiava por algo que nunca conhecera: o castigo físico.

Essa experiência definiu parte do meu comportamento depois que os papéis se inverteram na ordem cronológica da vida: passei de filha à mãe e, mais tarde, avó.

Ninguém carrega tanta incumbência quanto uma mãe. O mundo observa, cobra, aponta e culpa especialmente a essa singela criatura a boa educação dos filhotes, ou seja, além de gerar, parir, alimentar, zelar, ela é a maior responsável pelo o que aquele serzinho irá se tornar um dia. Os regozijos da maternidade mesclam-se com as múltiplas atribuições.

Mesmo compreendendo a seriedade da missão materna, abracei a causa e dei as boas vindas aos rebentos: Danilo e Patrícia, que chegaram, não de mãozinhas dadas, mas com um intervalo de 1 ano e 10 meses de diferença. Mal tive tempo de me recompor de uma gestação para a outra.

Quando a pequetita nasceu, o espertinho pensou que fosse uma boneca. Pudera! Ela era tão pequenina! Entretanto a indefesa figura foi aos poucos ocupando os espaços que até então pertenciam somente a ele: o berço, o carrinho e outros acessórios, o colo,o carinho e a atenção de todos. Quando percebeu que precisava dividir tudo, ele ficou uma fera e partiu para o ataque. O instinto materno detectou as intenções ferinas e posicionei-me em defesa da recém-chegada. A receptividade dele não foi das melhores. Eu não podia deixá-la sozinha com o irmão em momento algum, pois corria o risco de algum incidente. Eu ir ao banheiro? Só se a trancasse no quarto e levasse a chave . Um segundo para ele seria suficiente para uma manifestação de protesto cujo alvo nem podia se defender.

Mesmo com todos os meus cuidados, a pequena teve a infelicidade de sentir os dentes do irmão em uma das orelhinhas. Chegou a sangrar. Percebendo a gravidade do seu ato, Danilo  correu e enfiou-se no colo do avô, como se suplicasse proteção. Eu, inconformada com o ocorrido e dominada pela raiva, larguei a pequena chorando e fui atrás dele. Arranquei-o  dos braços do avô e o puni com algumas chineladas e broncas. A partir disso, redobrei os meus cuidados para que nunca mais o fato se repetisse.

Danilo escutou tantas vezes o meu discurso sobre a fragilidade da irmã; a necessidade de protegê-la e não atacá-la; a importância de se ter irmãos e de se darem bem; a cumplicidade e o companheirismo que deveria existir entre eles que deve ter absorvido minha mensagem.etc,  Aquela foi a primeira e a última vez que ele a machucou.

Gradativamente, ele se aproximou da irmã e ficou animado depois que percebeu que aquela miúda era uma pimentinha, parceira perfeita nas aventuras pueris. Como professor de traquinagens tratou de ensinar alguns truques a ela: a 1ª aula foi “como sair do berço”, depois sucederam outros: como se esconder da mãe dentro de uma loja lotada, pular na cama, subir em móveis e quebrar objetos, virar o fogão em cima de si mesmo”, derrubar a televisão, e outros. Se depois de tudo isso, sobrasse tempo, eles lembravam que possuíam brinquedos e se ocupavam com eles durante algum tempinho.

Eu vivia com o coração na mão, na iminência do próximo susto. As enxurradas verbais só faziam efeito naquelas criaturinhas no momento em que estavam sendo despejadas. Em decorrência, as chineladas ou varadas, pareciam parte de uma maratona. Eles, incansáveis atletas e eu não, mas  minha mão era certeira e o chinelo, voador.

Os anos se encarregaram de acentuar os traços distintos da personalidade de ambos. Ele: arteiro, teimoso, provocador. Ela: indiscreta, impulsiva e crítica. Meu desafio: mediar os conflitos (quase) diários desses dois. Dependendo do contexto, os castigos variavam. Quando discutiam, eu os obrigava a andar de mãos dadas; quando se atacavam fisicamente,  eu não perdoava: a cinta cantava no couro deles. Para cada cintada na Patrícia, o Danilo ganhava em dobro. Depois tinham que se desculpar. Eu os colocava de castigo e caprichava no sermão.

Nem na hora da foto eu tinha sossego. Era um drama! Eu os arrumava e os colocava bem próximos para a foto. Ele aproveitava a situação e a sacudia de um lado para outro. Ela gritava, ele ria, ela reclamava, ele se divertia. Eu finalizava aquela confusão com um brado autoritário e ameaçador. (Fazer o quê?)

Infância e adolescência foram épocas diferentes, porém, certas características sobreviveram, sobretudo as provocações do Danilo e as reações da Patrícia que não se intimidava de forma alguma. Ela aprendeu, a duras penas, a se defender de qualquer marmanjo que a desafiasse e leva até hoje esse aprendizado para a vida.

Não gastei minha saliva à toa: hoje eles são adultos prudentes, sensatos, cheios de responsabilidade. Ufa!!

O Gabriel veio compor o nosso cenário em 2004 e nos ensinar mais um pouco. Agora como avó, eu era mais tolerante para acompanhar as travessuras do novo integrante.  Mesmo assim não deixei de lado o meu legado, pois a criança precisa compreender que  não pode ser inconsequente e que deve obediência sim aos pais e avós, a princípio.

Criei, então, um cantinho para ele ficar de castigo quando ultrapassasse os limites estipulados. Ele gostou tanto disso que quando fazia algo errado, nem precisava mandar, já ia correndo sentar lá por conta própria e ainda justificava:  “fiz uma coisa errada”. Meu neto não é arteiro como o pai, é mais tranquilo. Mesmo assim, precisou e ainda precisa ouvir os conselhos  ou as chamadas de atenção da avó porque está em fase de formação.

Sou contra espancamento, mas quando as palavras não conseguem resolver uma situação de resistência, o jeito é apelar para outro método que funcione. Não podemos ser permissivos a ponto de eliminar qualquer limite aos nossos filhos. Eles precisam ser acompanhados, orientados, direcionados. Um elogio ali, uma crítica aqui, um basta acolá...Nós os educamos para a vida,  e se eles não tiverem nenhuma noção entre o certo e o errado, o mundo, lamentavelmente,  os ensinará da maneira mais cruel possível.

                              (Zizi Cassemiro - mãe do Danilo e Patrícia, avó do Gabriel e do Johnny)

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Castigo não, tortura!

Sou uma mãezinha meio maluquete, de coração mole, que paga de boa mãe, mas que dá cada grito!!! (risos)

Penso que já condicionei minhas criancinhas  a me atenderem somente quando ouvem aquele "berro que o gato deu"! Triste realidade... Mas, como costumamos dizer, é melhor dar uns gritos do que bater! E que atire a primeira pedra quem nunca passou por esse dilema! Enfim, ultimamente, nem o grito do Tarzan estava adiantando muito e eu já estava ficando meio sem moral, quase desmoralizada... 

Foi então que, para minha alegria (e terror das criancinhas daqui de casa), aprendi uma técnica antiga e eficaz com meu querido cunhado. Segundo ele, em caso de desobediência, eu deveria tirar delas o que mais gostavam! 

Complicado! Já fazia isso e não estava adiantando nada!!! Liz já estava até falando com deboche, balançando a cabeça! Juby, já se sentindo dona do próprio nariz, nem pedia mais permissão. Foi quando ele me mostrou o que realmente importava para elas: podia tirar o tablet, proibir de brincar de boneca, de ver TV, de ir à praia, podia dizer que não iria ao shopping ou a um aniversário... Isso não era nada! O que não podia, e ainda não pode,  é dizer que vão ficar sem ir à Praça da Bandeira!!!

Pense em duas crianças inconsoláveis! Pense na ameaça de se utilizar uma arma de destruição em massa! Pense na alegria da vitória! Pense em dois seres obedientes, dóceis e preocupados em não errar! Pois é: Bendita Praça da Bandeira!!!


                                    (Lú Thompson - mãe meio Michael Kyle, da Liz e da Giulia)

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A varinha foi milagrosa

Nunca gritei com os meninos, sempre fui de agir na calma, nunca briguei com eles por terem quebrado alguma coisa, nunca puxei orelhas, nem dei beliscões e nada de xingamentos. Mas sorrateiramente pegava-os de surpresa por alguma coisa que me irritava muito: "mandar mais de uma vez." 

Hora de arrumar para irem à escola, estava sendo um Deus nos acuda! Percebi que não estavam obedecendo à minha primeira ordem para tomarem banho, quando percebi estava mandando três, quatro vezes. Quando foi um belo dia, os mandei tomar banho... Nem se mexeram, mandei de novo e nada! Pensei: É hoje! ... Fui lá fora caladinha, peguei uma varinha e peguei os dois! Sem gritos, sem falação. Santo remédio! No outro dia não precisei mandar. Sei que parece uma atitude de violência, mas quando você conversa e explica os motivos, isso não traumatiza, funciona.

Tirando as vezes que precisei usar a varinha, não me lembro de ter tirado alguma coisa deles enquanto eram pequenos.  Mas, depois de bem crescidos, foi preciso agir com o Elias, eu me lembro muito bem, pois foi muito recente, começo de 2014. Fui à escola para uma reunião de pais e mestres e, para o meu espanto, recebi uma reclamação: “O Elias está na turma do fundão, conversando muito”. (Puxou ao pai, conversa demais!) Isso foi uma surpresa para mim, já que durante a vida escolar deles nunca recebi nenhuma reclamação, pelo contrário, estava acostumada a receber elogios e  era prazeroso ouvir:  "-- Seus filhos têm excesso de educação”.

Diante disso, eu tomei uma atitude. Um mês sem sair com amigos, nada de sorveteria, nada de nada! Só sai para ir à escola e aos treinos do futebol. Na época ele estava fazendo um curso à noite, de “Segurança do trabalho”. Quando foi uma bela noite, cheguei da escola por volta de nove horas. Perguntei: " -- Cadê o Júnior? (É assim que o chamamos) O Mateus me respondeu: “-- Chegou e saiu”.


Liguei imediatamente para ele: " – Onde você está?” ”-- Na sorveteria com os amigos”.  Perguntei: “-- Quem te deu permissão”  "-- Ah, mãe, pensei que porque estava dentro do horário do curso e saí mais cedo, achei que podia” ”-- Ah é? Não podia não! Venha para casa agora”.  Resultado: veio na mesma hora. Eu sei que parece uma bobagem da minha parte, parece até com disciplina à moda antiga, mas as decisões devem ser  respeitadas.  

Da infância para a adolescência é a fase em que há o descobrimento maior do que é o mundo e tudo que ele aprendeu, como educação, saber como se comportar… é a herança que devemos deixar aos nossos filhos. Quando o fazemos com responsabilidade, nós colhemos os frutos com grande alegria.

"Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele." (Provérbios 22:6)
                                                                                                       (Maria José - mãe de Mateus e Elias)

terça-feira, 26 de abril de 2016

Está de castigo... pra comer banana...

Quando olho para minha figurinha extremamente ativa, mas de poucas palavras ou quase nenhuma ainda, no auge dos seus dois anos, me vejo loooouca, pois nunca sei o que ele esta traquinando em sua cabecinha... sei sempre que será uma nova arte, um novo feito, uma nova conquista...

Sei que, por enquanto, ele pouco entende do tema CASTIGO, mas eu já bem que tento, sabe! Sempre dá errado, porque eu sou mais palhaça do que ele, mas... então vamos nos benditos tapinhas (os meus são tapões, pois não sei conter minha força, coitado!). kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Em um belo dia, olhando eu para um caixote desses de feira, pensei: "Isso dá um bom local para o castigo" e...  partiu tentar!!! Levei pra casa!!! (risos) Bom, coloquei o rapaz ali sentado e tentei cansativamente explicar o porquê de ele estar ali, e ele, de pouco caso, me vira com seu linguajar embolado e solta um lindo: "O quê?" Já viu onde isso daria, né?!? Em lugar nenhum!!! (risos) Mais que depressa, resolvo fazer uma loucura: passei a mão em uma banana e dei para ele! Funcionou o bendito castigo, já que ele ficou quietinho "no castigo" (somente enquanto havia banana e eu juro que que pensei em dar logo um cacho, mas tive pena!!!) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Resumindo: nunca mais coloquei essa criança de castigo!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Claro que pretendo fazer isso quando ele entender mais, ou melhor, quando parar de fazer hora com a minha cara!!! Afinal, não sei a quem foi que ele puxou quanto a isso!!! (gargalhadas)

(Elizabeth Oliveira - mãe do menino mais safadinho deste mundo: LG)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Castigando a lagarta com cuscuz!

Mamãe não me deixava de castigo e sim usava um cipozinho que, quando eu aprontava alguma, vinha direto nas minhas pernas.  Já era até automático. Eu aprontava e já podia até ouvir o zumbido do cipó roçando no ar. Vuuuuuuumm! Quando o cipó estava longe, era a vez do chinelo, sempre a mão, e que ela arremessava de longe, com força, pegasse onde pegasse, sem dó! Confesso que, com o tempo, eu me tornei "expert" em desviar dos arremessos, tipo no filme "Matrix"! (risos)

Miguel é levado, mas muito menos do que eu na idade dele, segundo ela, e eu bem que concordo. Ele é beeeeem mais medroso do que eu. E eu sou muito menos estressada do que ela. Também evito ao máximo bater. Se usei, até hoje, o chinelo umas duas ou três vezes foi muito. Às vezes dou um tapinha ou outro, mesmo  assim só quando ele me atenta muito e me tira do sério! Mas sou fã de colocar de castigo. Acho que funciona e dói até mais, já que a dor não é só naquela hora.

Também não sou de colocar pra pensar não! Aqui em casa não tem nada de “cadeirinha do pensamento”, até porque criança pensando só pode ser em novas artes! (risos) Então eu grito, esbravejo, xingo, e o que mais tiro é o tablet e/ou o X-box,  por uma semana, fica sem ir à pracinha, ou sem ir ao cinema, ou sem ver TV, ou sem poder brincar no quintal com os cachorros, ou sem poder convidar amiguinhos pra brincar aqui em casa... e já ameacei até tirar do Karatê! Aliás, quer ver ele ficar doido é aprontar no treino e o sensei falar que ele vai ter de treinar uma semana com a faixa branca, abrindo mão da amarela!?! Geralmente funciona!!! E tudo isso tem validade por uns dois ou três meses, às vezes até mais! (risos)

O pior castigo, pra mim, porém, ocorreu dia desses! Há tempos eu já estava irritada com a mania de o Miguel pedir as coisas e depois não comer. Eu só brigava e tal e nada de resolver. Aí foi acumulando, acumulando, acumulando... e culminou num dia em que eu estava apenas com R$ 5,00 na carteira e ele me pediu um cuscuz. Comprei. Ele comeu a metade de uma colher e disse que não queria mais.  Gritei, ameacei bater, dei uma chinelada, e nada de convencê-lo a comer. Com muita raiva, acabei me excedendo e, ao explicar que dinheiro não está fácil e que tem criança que quer comer as coisas e não pode, que ele tinha e não valorizava, acabei jogando o cuscuz todinho na cabeça dele, depois ainda esfreguei na cara, e o levei pra tomar logo banho. Ele chorou mais por ter ficado espantado, já eu fiquei arrasada, e chorei de soluçar depois, assim como pedi várias vezes desculpas a ele, abraçando-o bem forte.

Fico muito mal quando acabo fazendo essas coisas! Não me perdoo! Sorte que ele sim, a ponto de fazer até piada, do tipo: “-- Mãe, ainda bem que açaí eu tomo tudo, né? Já pensou você fazer igual ao cuscuz e eu ficar pretinho!?!” Sim, açaí ele toma tudinho, até o de 500 ml. (risos) No fundo, queria ter mais paciência, feito a de Jó, e saber conversar calmamente, sempre, e explicar, sem gritar, sem me alterar, mas...  acho que faltei no dia dessa aula! Só pode!

Tento me conformar porque sei que tudo isso, embora doloroso, faz parte da educação dele! Preciso aprender, com urgência, a me punir menos e a me perdoar mais, até porque tenho consciência de que, como disse o querido e eterno "Pequeno Príncipe": "É preciso que eu suporte duas ou três lagartas, se quiser conhecer as borboletas". E educar é bem isso: temos que lidar com a fase de lagarta das nossas crias orientando até que se tornem fortes, livres, capazes de voar, borboletas que são! 

(Andreia Dequinha - mãe de uma lagartinha linda chamada Miguel)

sábado, 23 de abril de 2016

Hoje é o dia dele: Elias Junior!!!

Hoje eu invadi o blog para uma postagem extra, já que a data é mais do que especial: aniversário do meu amado filho! 


E dezoito anos se passaram...! Que linda foi a sua chegada! Aquele bebezinho cresceu, e como cresceu! Agora está com quase um metro e oitenta. Já está até namorando! (risos)

Todos os dias, desde que entrou na minha vida, agradeço a Deus por ter você como meu filho! Foi graças a Ele que consegui transferir o melhor que havia em mim. Ver você crescendo tornou a nossa família muito mais abençoada e invadiu a nossa vida de muito amor e muita felicidade.

"O Senhor te abençoe e te guarde" (Números 6:24), que saúde nunca lhe falte e que receba sempre o melhor de Deus em sua vida. Você é um filho muito amado e tenho certeza de que as mãos de Deus estão constantemente ao seu lado.

Que neste dia tão especial você se sinta muito mais abençoado e lembre-se de que com o Senhor tudo pode ser alcançado. Ele é quem nos dá a vitória e sem Ele não somos nada. Que muitas outras graças ainda sejam derramadas na sua vida e que o dia de hoje seja repleto de momentos de felicidade.

Deus sempre abençoa as pessoas genuínas, inteligentes e boas como você. E hoje é provável que as bênçãos sejam em dobro, já que é o seu aniversário! Que todos os seus desejos se tornem realidade! Um dia fantástico para você!
                                     

Amo você, meu filho! Jamais esqueça de que o Senhor o ama também! Tenha um feliz aniversário e que Deus o permita comemorar ainda muitos anos de vida! Parabéns!!! Muita saúde!!! "... E o SENHOR te guiará continuamente..." (Isaías 58:11)

                                                                     (Maria José - mãe de Mateus e do aniversariante Elias)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Eles não pediram um irmãzinho...


Nem deu tempo de o Mateus pedir um irmãzinho, já que o  Elias nasceu quando ele tinha dois anos e dois meses. Ele chegou sem planejamento, por isso o  Mateus não chegou a sentir solidão. O nosso doce caçulinha chegou trazendo grandes alegrias.

Eles sempre gostaram das mesmas brincadeiras. Brincavam juntos, brigavam, mas dividiam tudo, até hoje eles combinam em tudo, mas, como o Mateus é mandão, o Elias não abre um pacote de biscoito se o irmão não permitir, porque comem juntos e, caso o Mateus não esteja a fim de comer, então nada feito. (risos)  O lanchinho  antes de dormir é sempre o Elias quem prepara. A pipoca para um filme é sempre ele também. Nunca é o Mateus. Irmão mais velho é o primeiro filho da ninhada, talvez por isso se acha no direito de querer mandar, mas o que torna melhor a relação é que sempre há um acordo entre eles.

A cumplicidade entre os dois  é maior ainda quando se trata de futebol, coisa que simplesmente amam, tanto é que a nossa casa pode ser apelidada facilmente de “A casa das chuteiras, dos meiões, das bolas, dos  uniformes e principalmente do chulé.” Kkkkkkkkkkkkk

Então, como já disse, o Mateus não teve tempo de sentir falta de um irmãozinho e, quanto ao Elias, não pediu também, talvez porque  já tinha um pra mandar nele. Mas independente de qualquer perrengue, eles se divertem muito!
        
                                                                                 (Maria José - mãe de Mateus e Elias)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Quero um irmãozinho!


Este tema é mais do que interessante, pelo menos para mim, que morro de rir ao olhar pro meu filho naquela posição de bunda pra cima, que todos dizem que está chamando um irmão, por mais que ache que isso é pura superstição... (risos)

Realmente seria bom ter mais um rebento em casa, pois meu pequeno LG é muito amoroso, gosta de criança, tirando, ainda, o fato de, como eu, ser filho único, e isso é terrível! Mas infelizmente outra gestação não me seria possível devido a vários fatores existentes, dentre eles o financeiro e o físico... Vai que Deus só ajuda uma vez, né? Melhor eu não abusar! (risos)

Mas seria um sonho ter também uma menina, que seria a minha princesinha, pois até nome ela já tem: Ana Júlia! Sempre sonhei com um casal de filhos! O irmão nasceria primeiro e tomaria conta da irmã (tipo aquele ciumento ao extremo, super protetor, mas parceiro de verdade!). Seria ótimo ver os dois correndo dentro de casa, compartilhando as coisas, dividindo o quarto meio a meio (metade pintado de rosa e metade de azul).

Sei que um dia, inevitavelmente, ele vai me pedir um irmãozinho, pois toda criança, no fundo, quer, deseja ter outro por perto, mas, quem sabe, quando esse dia chegar, eu possa pelo menos fazê-lo entender os meus motivos, para não poder atender a esse tão justo pedido! 

Confesso que aí me vem um outro desejo latente: ADOTAR... Quem sabe?!? Talvez o destino... talvez...

(Elizabeth Oliveira - mãe do pequeno LG)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Eu já tenho uma irmãzinha!


Será que a Beatriz e a Catarina, gêmeas, pediram um irmãozinho antes mesmo de nascerem?!? (risos)

Eu sinto que elas, diferente de mim, nunca se sentiram sozinhas.

Não me lembro  das meninas, quando pequenas, ficarem pedindo um irmãozinho. Sempre dividi com elas sobre minha dificuldade para engravidar e penso que viam e sentiam todo meu sofrimento e não ficavam me perguntando quando iria engravidar novamente. Elas nasceram tendo que aprender a dividir tudo, inclusive  a atenção dos pais.

Foi tudo tão intenso com elas, que acho que não sobrou tempo para sentir falta de mais um irmão. Elas sempre foram muito companheiras, muito amigas (apesar dos desentendimentos normais, é claro). Mas acho que um irmãozinho agora iria mudar bem a nossa família. Começar tudo de novo depois de 18 anos não é fácil, mas como aceito desafios...

(Maria Regina - mãe das gêmeas Beatriz e Catarina, com 18 anos)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

-- Mãe, me compra um irmão?!?

Este foi o primeiro pedido que ouvi do Miguel e confesso que estranhei um bocado! Fiquei imaginando a cena de nós dois entrando em uma loja e “comprando” um irmão -- como se fosse uma mercadoria -- e trazendo conosco para casa! (risos) Depois expliquei a ele sobre o mau emprego do verbo (mania de professora de Português), pois pessoas não se compram (bem, um dia ele infelizmente vai entender que algumas, sim, têm preço e estão à venda, mas isso é outra história!).

Depois disso, já cansei de ouvir essa frase modificada, bem sonora e imperativa vinda dele: -- Mãe, eu quero um irmãozinho!” e, quando eu penso que o assunto morreu, junto com essa vontade dele, ele ressuscita, do nada, como num passe de mágica. E fica com ideia fixa, repetindo atrás de mim, o tempo todo, que nem um disco arranhado!

Tento usar sempre a mesma resposta, meio automática, dizendo que ele já tem dois irmãos, por parte de pai, e dele logo vem o contra-ataque, dizendo que não conta, porque Lucas e Aquilles já são “velhos” e, além do mais, não moram na casa dele. Brinco para ele então pedir outro irmãozinho ao pai (com outra mãe, é claro!) e ele diz que assim também não serve. Quer um irmãozinho vindo de mim e que more conosco!

Uma vez caí na besteira de confidenciar a ele que eu tinha muuuuuuuita vontade de adotar um menino, já da idade dele, beeeeeem neguinho, com cabelo black power, pra contrastar com a sua brancura. Eu teria um café e um leite, já que amo o(s) contraste(s)! Agora vira e mexe ele me cobra o “irmão preto adotado”! (risos) Nem adianta eu falar que não tenho dinheiro nem tentar explicar que, embora não se compre um irmão, que se adota, mas que se precisa de dinheiro para comprar comida, roupa, material escolar, karatê, plano de saúde, brinquedos, livros... tudo em dobro!

Já apelei até para a tortura de dizer que um irmão destruiria todos os brinquedos dele, dividiria a atenção, bateria nele, rasgaria todos os seus desenhos, disputaria os amiguinhos, detonaria os joguinhos do X-box, jogaria o tablet dele  no chão, enfim, nunca mais o deixaria em paz, nem quando quisesse dormir! Mas nem assim o bichinho desiste de me pedir um! (risos)

Às vezes confesso que tenho pena! Ruim ver meu filho brincando sozinho na maior parte do tempo, mas realmente não penso em ter outro filho. Só ele, pelo menos até agora, me basta, principalmente pela questão financeira. É caro ter filho! Em $$$$ e em preocupações, neste mundo tão doido e doído, pelo avesso! Além disso, não me vejo mais trocando fraldas, amamentando, dando papinha, começando tudo de novo, até porque aproveitei bastante e fiz tudo isso em tempo integral, curtindo cada momento!

Admiro quem tem coragem de ter mais de um, mais de dois, mais de três, um time... afinal, acho um barato ter família grande e todo mundo se reunir e já virar uma festa, até porque nunca tive, mas cada dia mais me convenço de que não é pra mim! Já contribuí para a humanidade! E agora um irmãozinho só se for um boneco ou um cachorro – a que ele prefere, particularmente, chamar de filho(s) --  então só me resta esperar que os filhos dele (humanos) cheguem e que eu possa experimentar ser vó, essa delícia de que todos tanto falam! Até lá! 

(Andreia Dequinha - mãe do filho único pedichão: Miguel)

domingo, 17 de abril de 2016

Quando “parto” não é ida, é chegada!


Um caderno com algumas folhas vazias, lápis e uma borracha: minhas primeiras ferramentas para o início de uma construção empírica. Poderia ser mais simples e fácil relatar tais experiências visto que somente nós, mulheres, possuímos o privilégio do TER e do SER: temos um casulo que abriga o novo ser e somos o portal desta recente vida.

Entretanto, as palavras iniciam uma brincadeira de esconde-esconde comigo. Sinto-as por perto rodeando-me, provocando-me. Ouço os balbúcios. Tantos, atropelados, rebeldes, ininteligíveis. Só preciso de um tempo para organizá-los.

Resgatar com exatidão fatos ocorridos há mais de trinta anos requer certo esforço uma vez que o acervo é grande e nossa memória tem critérios seletivos para armazenar nossas histórias. Contudo, eu confio nesse baú de imagens e de palavras. As recordações lá contidas estão protegidas por uma substância mágica e verdadeira que não se pode adulterar: o amor materno.

Já me disseram que sou uma “mãezona”.  Talvez essa definição condense um misto de elogio e (quem sabe!) crítica ao mesmo tempo,  por tratar com carinho as pessoas, por me importar com elas, por protegê-las. Realmente, há situações em que o instinto maternal fala mais alto e determina as ações voltadas para aqueles que, supostamente,  precisam de mim. Por isso fica difícil afirmar quantas vezes fiz  papel de mãe nesta vida, mas sei, certamente, o que representa a expressão “dar à luz”.  Por duas vezes vivenciei a mais incrível e singular experiência que uma mulher conhece na sua trajetória feminina.

Danilo e Patrícia: o maior e melhor presente divino que possibilitou meu crescimento como ser humano.  E vou além: Deus, na sua sabedoria e generosidade, trouxe-me anos depois o complemento dessa evolução: os netos: Gabriel e Johnny,  protagonistas de tantas histórias de amor, aventura, humor, ação, suspense e mistério que, aos poucos, farão parte destes contextos maternais.

Embora seja clichê a expressão “túnel do tempo”, é justamente nela que pretendo mergulhar para  trazer à tona os episódios de 1984 e 1986, datas extremamente relevantes que marcaram o nascimento dos meus filhos.

As duas gravidezes não trouxeram problemas, tudo ocorreu conforme manda o protocolo: acompanhamento mensal no pré-natal, cuidados com a alimentação, sensibilidade aguçada, muita sonolência à noite, azia, falta de ar nas subidas e os inevitáveis quilinhos a mais (20 kg a mais na gravidez do Danilo e 22 na gravidez da Patrícia). Nunca senti enjoos nem vontades estranhas.

Sempre fui irrequieta, meio ligada nos 220 volts, mesmo grávida. Andava de bicicleta, subia em muros e na laje da casa, ia para a casa da vizinha pelo muro, fazia caminhadas... Aquele barrigão nunca me impediu de fazer as atividades cotidianas,  até mesmo pintar a casa duas semana antes do nascimento do Danilo..  Lógico que não me faltavam advertências verbais da minha mãe, irmãs, sogra e dos demais parentes. Eu sabia que estavam preocupadas com o meu bem estar e do bebê, porém não via necessidade de uma mudança tão brusca. Como passar de dinâmica à estática de uma hora para outra?

O que mais me incomodava mesmo, nessa época, eram as histórias referentes à hora do parto. Nossa! As fontes eram diversas e em quase todas elas haviam enredos de dores insuportáveis, agonia sem fim, lágrimas, lamentos, promessas, etc.  Aquilo não me ajudava nem um pouco. Ao contrário, eu ficava imaginando o quanto iria sofrer na hora do parto e, na sequência dos dias,  o momento crucial se aproximava e minha expectativa crescia junto.

Em uma bela madrugada de sono profundo, antecedendo o dia das mães (12/05/1984) fui surpreendida pelo rompimento da bolsa e naquele momento compreendi que chegara a hora da ida ao hospital,  pois o trabalho de parto se iniciara. Entretanto o Danilo não tinha pressa de nascer, fiquei muitas horas no quarto,  acompanhada de outras mães na mesma situação. Como elas gritavam, choravam, sofriam e se lamentavam!! Aquilo foi horrível porque eu estava sem dores ainda tinha que testemunhar todo aquele alvoroço das outras. Eu pensava “Até eu chegar nesse estágio vai demorar!” Foram mais de doze horas de espera. O lindinho resolveu nascer à noitinha: às 18:30 quando, mais uma vez, o médico entrou no quarto para examinar aquelas mães  desesperadas e me viu lá quieta no aguardo. Fez o exame em mim e pediu à enfermeira que me levasse rapidamente para a sala de parto porque o bebê já estava nascendo. Eu estranhei, estava sentindo as contrações sim, mas era algo suportável. Pelo drama que eu presenciava naquela sala das demais mães,  esperava coisa pior. Danilo nasceu de parto normal com 46 cm e 2.500 kg. Ele foi bem paparicado, era o 1º neto paterno e o 1º neto materno do sexo masculino.

Não fiquei traumatizada com o parto, o pessoal exagera nos comentários. Cada experiência é única e por isso não podemos transferir nossos medos a outrem. Mesmo assim, não planejei outro filho em seguida, queria esperar o Danilo crescer um pouco mais. Acontece que Deus tinha traçado um plano secreto o qual chegou ao meu conhecimento somente depois de quatro meses de gestação.

Apesar do susto, encarei e fiz todo o procedimento necessário. A segunda gestação não foi diferente da primeira, com exceção de um detalhe: nessa eu fiquei mais redonda. O rompimento da bolsa ocorreu igual da outra vez: eu acordei molhada pelo líquido amniótico, arrumamos a mala e partimos rumo ao hospital por volta das 7:00 da manhã no dia 09/03/1986. Meu marido acreditou que iria demorar como da outra vez, deixou-me lá e voltou para casa. Entretanto, mal sabia ele que a mocinha que, por pouco, não nascera no Dia da Mulher, gostava de surpreender. Patrícia nasceu de parto normal dali a minutos, como num passe de mágica. A pequena princesa mediu 46 cm e pesou 2,300 kg.

Novamente toda a família foi comemorar o milagre da vida, a chegada de mais um ser  que muito nos acrescentou e que, junto com o Danilo, pintaram as nossas telas de todas as cores com a magia e o encantamento que somente as crianças possuem...
(Zizi Cassemiro - mãe coruja do Danilo e da Patrícia)

sábado, 16 de abril de 2016

Queria normal, mas...


Então...

Eu sempre quis que meu parto fosse normal, mas Deus preferiu enviar minhas duas princesas por cesárea mesmo. Durante todo o pré-natal, meu médico disse que poderíamos tentar parto normal, mesmo com a gravidez de gêmeas, e eu fui me animando. Tinha todos os motivos (inclusive psicológicos) para não querer, pois o meu nascimento foi um tanto traumático tanto para mim, como para minha mãe, que, inclusive, desmaiou e eu tive que ser retirada à fórceps. Mas, graças a Deus, isso não ficou registrado em minha memória e lá estava eu querendo sentir as dores de um parto.

Chegando na 37ª semana de gestação, o grande susto aconteceu – minha pressão subiu demais! O médico, muito cauteloso, preferiu fazer a cesárea, já que as meninas se encontravam com um peso bom para o nascimento.

E assim foi – um corte e duas filhas. Minha recuperação foi ótima e rápida, afinal, cuidar intensamente das duas foi o melhor remédio.

Gostaria de ter tido mais filhos (ainda não desisti), mas tenho dificuldade para  engravidar e agradeço imensamente a Deus pelos presentes que me confiou.

(Maria Regina – mãe das gêmeas Beatriz e Catarina, com 18 anos)

Minha escolha

"Ser mãe é padecer num paraíso". Nunca gostei de padecer, então resolvi que seria mãe da maneira mais fácil para mim. Sou medrosa? Muito! Além do mais, tinha uma amiga que dizia que de 10 partos normais que fazia, apenas um era normal. Todos os outros anormais! Claro que, vendo pela estatística, calculei que eu estaria entre as outras nove. (risos)

Minha gravidez foi maravilhosa! Não sei o que é enjoo, dificuldade para dormir, nada! Trabalhei até a última semana. E só não trabalhei até a véspera porque teria meu filho no Rio, perto da família.

Fui à médica na última semana, para vermos quando seria. Ela disse que,  pela dilatação, não passaria daquela semana e me mandou escolher a data. Escolhi então dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Data linda !

Cheguei serelepe e a única coisa que evitei foi falar, pois disseram que dá muitos gases e é o que faz doer após a cesárea. Grande dica, pois realmente não senti nada. O único problema foi que minha pressão baixou muito e, com isso, tiveram que fazer tudo rápido e eu senti costurar no final. É o que dá com quem é medrosa! (risos)

Não me arrependo! Foi um parto ótimo, recuperação rápida e o melhor dia para ter meu filho. Ele já nasceu abençoado!
(Cristina Barata - mãe de Pedro - 22 anos)

Posso escolher???

Normal ou cesárea?? É para escolher?? Pode ser assim?? Durmo em um dia e no outro já estou com o bebê nos braços, como se fosse mágica??
Passei pelas duas experiências. E, se fosse hoje, escolheria ter parto normal, apesar de toda dor e agonia, pois a recuperação é bem mais rápida.

Mas acho que isso, no fundo, pouca importa. Normal, mesmo, é depois, antes mesmo de poder segurar, olhar a carinha daquele e daquela por quem esperamos nove longos, longos, longos meses. É poder sentir sua pele, seu calor. Ouvir seu chorinho ainda curto e sussurrar palavras de amor. É saber que a vida nunca mais será a mesma, pois um novo sentido acaba de nascer.

No momento em que nos vemos com a criaturinha tão esperada ansiosamente, toda a dor desaparece e outras ansiedades começam a surgir. Então... Pode! Pode ser assim: você dorme e no outro dia seu bebê está nos seus braços e a mágica simplesmente acontece.


 (Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

Dois cortes... dois varões, duas alegrias!


Fiquei grávida duas vezes... duas cesáreas, mas continuo dizendo que não sei o que é ser mãe de verdade, pois não senti enjoo, não senti a dor do parto, a bolsa não estourou... Simplesmente fui ao médico depois de completar os nove meses e ele decidiu que estava na hora, só disse que eu não teria condições de ter filho de parto normal, não sei se por causa da idade, enfim... fui direto para o corte!

Foi tudo tranquilo, só me senti muito sozinha, não tinha ninguém, quer dizer tinha o meu marido, mas, nessas horas, uma mãe é muito importante, mas enfim, encarei, pois moro nesse Mato Grosso longe de todos os meus queridos (filha ingrata, que abandonou todos no Nordeste e se mandou para o Centro-Oeste... queria o quê? risos). 

A segunda gravidez, assim como a primeira, foi tranquila e com as mesmas características, sem enjoo, sem dor, sem bolsa estourando, direto para o corte. Como já estava com 34 anos, aproveitei para fazer a  laqueadura... ou seja, dois em um! Só um detalhe foi diferente da primeira cesárea: depois que saí do hospital, oito dias depois, tive que voltar, pois infeccionou e foi preciso fazer drenagem (um pequeno corte que levou uns 60 dias para cicatrizar).

Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória, estou bem feliz com meus rapazes, eles me dão muita alegria! Isso não tem preço! A gente esquece todos os perrengues por que passou. 

(Maria José, mãe de Mateus e Elias)