"O que faço se sem você me sinto assim tão sem rumo..."
Voltei a trabalhar quando minha filhota estava com sete meses. O primeiro dia foi estranhísssimo. Todos os colegas me receberam bem, a escola estava bonita, muito arrumada, os alunos foram gentis - até aí tudo bem. A coisa começou a ficar estranha quando eu abri meu armário e... não vi minhas coisas!!!! Descobri então que tiraram todos os meus livros e objetos pessoais e colocaram numa caixa bum depósito empoeirado da escola!!! Deram o meu armário para a professora de Educação Física. Todos sabiam que eu voltaria!!!! Achei o cúmulo do absurdo. Fui eu então ao depósito procurar entre várias caixas a minha e depois de muito procurar (e isso não é exagero), achei a dita caixa atrás de umas carteiras quebradas. Humildemente peguei minhas coisas e fui ver se tinha algum buraco para guardá-las (já nem esperava mais um armário), mas achei um armário. Beleza, assunto resolvido. Resolvido? Quem dera... No dia seguinte, fui dar aulas e abri meu armário e... cadê as minhas coisas? Mudaram meu armário. Comprei um cadeado e ainda chamaram minha atenção: ninguém coloca cadeado no armário! Eu respondo mal-criada: coloquei porque senão vou chegar aqui e encontrar minhas coisas debaixo da mesa da próxima vez.
Que estresse! Não bastasse deixar minha fofinha todos os dias na escola e ela nem me dar um tchauzinho ou chorar querendo o meu colinho, tive que aturar esses inconvenientes.
Por falar na minha coisinha de Jesus, ela nunca estranhou ficar longe de mim. O único sinal de que sentia minha falta era quando eu a buscava e ela ficava enlouquecida querendo mamar assim que me via e se eu demorasse um pouquinho para "botar os peitos pra fora", abria um berreiro de endoidecer qualquer um.
Semprei amei trabalhar, mas depois da maternidade sinto-me deslocada longe da minha cria. Queria tê-la perto de mim o tempo todo e confesso: o desapego, a liberdade e independência dela me assustam.
(Débora Patrícia Scafura - mãe de Maju)
Menina, que absurdo né ? aí dá vontade de voltar para casa correndo. kkkkkkkkkkk bjkss
ResponderExcluirSe o retorno depois que se é mãe, por si só, já é complicado, imagina então tendo todas essas chateações como moldura...!!! Juro que se fosse comigo eu me aproveitaria e voltaria, na hora, pra casa, alegando "rejeição" e que necessitaria de meeeeeses fazendo terapia... com meu melhor terapeuta: Miguel. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirBom ver mais uma participação especial sua aqui, amiga!
Débora,
ResponderExcluirimagino como seja voltar e ver que mudaram as coisas de lugar. Já é um momento delicado e ainda fazem isso!
A Mariana foi para escola somente neste ano e me questiono se não teria sido melhor tê-la mandado mais cedo. Agora que ela já entende, a fase de adaptação foi mais difícil. Ela ainda acha que eu fico o tempo todo lá do lado de fora da escola esperando por ela. Às vezes a levo a pé, mas vou vou buscá-la de carro e ela me pergunta: "Mamãe, como é que o carro apareceu aqui?". Eu explico, dizendo que fui buscá-lo em casa.
Dá um dor enorme no peito deixá-los,né? E olha que a minha fica só meio período na escolinha...
Saudades das nossas trocas de figurinhas sobre nossas bebês...
Bjs em vc e em Maju!
Débora,
ResponderExcluirVocê me fez lembrar do tempo em que eu trabalhava na creche. As mães das crianças "independetes" ficavam horas na porta esperando a criança abrir o berreiro e elas nem "tchum",rs. Elas ficavam arrasadas com esse desapego,rs
Eu posso até imaginar como você sentiu ao ver suas coisas largadas em um depósito! Ninguém merece! Imagine ter de lidar com mais isso já tendo de lidar com a "ausência" da sua filha. Chato mesmo!
ResponderExcluirDébora,
ResponderExcluirQue situação!! Que coisa absurda!! Não consigo me imaginar vivendo um troço desse ai que você viveu. Nem cachorro merece, tá doido!!!
E ainda por cima longe da sua menininha! É de amargar!!!
Bjos
Débora, as pessoas esquecem de que mesmo sendo mães, nos também somos Profissionais (Ressalto com "P" maiúsculo)e não abandonamos o nosso ofício que traz o pão-nosso-de-cada-dia. Acho absurdo a "invasão, a falta de privacidade e acima de tudo, a falta de respeito com que são tratadas muitas de nós mães-professoras. E não fique assustada com a "possível" independência da sua filhinha. Independência e desamor não são em nada sinônimos. Pense que tal característica será muito útil para ela, principalmente no futuro: menos decepções, mais atuações;))
ResponderExcluirDébora
ResponderExcluirAdorei a imagem! (risos)
Quem realmente fica dependente deles somos nós, não é? Mas acostumamos depois e essa "separação"é importante, senão acabamos por sufocá-los de tanto amor...rsrsrs.
Beijo
Nossa, Débora, se isso acontecesse comigo, iria chorar...rs
ResponderExcluirEu escrevi no meu post o quanto sou ciumenta e ficaria muito mal de ter essa recepção. Mas aposto que tudo passava quando você chegava em casa e via a Marianinha, toda fofa, te esperando. ;)
Beijos
Tenho de rir muuito aqui mesmo,Débora, porque fiquei imaginando a sua indignação, mas você contou de um jeito tão cômico!!!
ResponderExcluirA independência da sua pequena talvez te incomode um pouquinho agora, mas você vai ver como será bom daqui a alguns anos!!
Beijim procê!!