Não tive leite logo nos primeiros dias para alimentar o meu filho e confesso que isso me atormentou um bocado! Me sentia a pior das mulheres! Me cobrava. Chorava e até hoje fico com os olhos cheios d´água ao lembrar! Conversei com muitas amigas que já tinham passado por isso e que já estavam inteiras emocionalmente, e sem sequelas. Tentava me convencer que meu filho, assim como muitos bebês, seria criado mamando Nan ou Bebelac, e que isso não diminuiria o meu amor por ele nem o dele por mim! No outro dia, porém, lá estava eu esfregando o meu peito, passando creme, forçando com o tira-leite, tomando remédio para o leite descer... Tanto esforço para conseguir tirar menos de um dedo de leite no chuca! Humilhante! Frustrante! Sem saída e sem esperança, desencanei.
O leite começava a chegar, tímido, e Miguel, sem jeito, mamava errado, pegando só o bico. Conclusão: peito ferido, que doía pra caramba, latejava, dava febre e até sangrava. Muito choro. Nem assim desisti. Ainda bem! Venci essa batalha! Contrariei todas as opiniões, até mesmo da minha irmã, que é nutricionista e trabalha na área de pediatria, de que "quando o bebê pega a mamadeira já era peito!" Miguel prontamente largou a mamadeira e se tornou cada dia mais e mais apaixonado pelo "pi", pelo "pê" e que, já faz tempo, virou "peitinho".
Agora faço o caminho inverso: tem sido uma outra batalha para tirar o peito dele! Morro de pena! Sei que sentirei falta de ver o olhar apaixonado que ele toda hora lança para cada peito, sem falar nas inúmeras vezes que faz carinho e diz que o peito é "lindu". Protelo, como se tentasse compensar os primeiros dias em que o leite lhe fora negado. Ele parece dependente e viciado no peito, mas, na verdade, desconfio de que cada peito é que se viciou nele e dele depende, assustadoramente. É um outro cordão que precisa ser cortado, eu bem sei. Só não sei quando. E enquanto isso... HAJA PEITINHO!
(Andreia Dequinha - mãe do Miguel, viciado em peitinho)
Ai que coisa linda essa imagem do peito viciado no Miguel!!!! Que angústia dessa fêmea persistindo na amamentação da sua cria!! Lindo de ler e de sentir, Dequinha, bjão!!
ResponderExcluirDequinha, mas que luta: primeiro uma verdadeira campanha para o leite vir e depois, tudo ao contrário. "Assim não dá!" pensa Miguel (rss)Mas é a nossa luta, temos que conciliar e por isso é impossível fugir das adaptações. Você, como boa mãe, fez tudo como manda o figurinho: amamentou e o resultado está aí: esse meninão lindo e forte!!! Agora desmamar o bezerrinho, eis a questão!....outro desafio....outro cordão a romper.Você consegue sim;))
ResponderExcluirDequinha,
ResponderExcluirEstou imaginando o Miguel dizendo:
--Mãe, quero peitinho!!!
Que fofo!!!
Mesmo, com muitas dúvidas, alguns sofrimentos, vc soube administrar e conciliar sua vida de mãe e de mulher.Para mim tb foi muito difícil parar de amamentar, mas meu estoque de leite acabou quando elas completaram 5 meses, acho porque foi em dose dupla, hahahahah.
Parabéns pelo relato
bj
Dequinha,
ResponderExcluirImagino seu sofrimento para tirar o peito de Miguel.Dói mais na gente que neles. É tão ruim ficar sem aquela sensação de aconchego...Mas passa e a gente se acostuma. E eles também.
Que bom que não desistiu e seguiu firme, amiga! Bjos!
ResponderExcluirDequinha, que lindo amiga! Que apaixonante! Mas uma hora vai ter apartar! Não tem jeito! É uma dor, não passei por isso, porque amamentei bem pouquinho, máximo dois meses, mas eu sei que não é nada fácil!
ResponderExcluirBjos
Ai, amiga, que delíciaaaa!! Você primeiro teve a sensação de não ter leite e depois a grata surpresa quando ele apareceu! Como você disse, foi o inverso....muito emocionante.
ResponderExcluirEspero que não seja tão dolorido tirá-lo desse peitinho tão amado...rs Tadinho do Miguel :/
Beijos, índia!