Começo falando a respeito não da primeira roupinha em si, mas, do sentimento que acompanha cada peça de roupa que você compra pensando naquele serzinho ainda informe que está crescendo dentro de você...O cheirinho, a maciez, toda aquela nuvem de carinho que envolve cada pecinha de roupa do seu bebê que vai chegar. Não tive uma experiência feliz na minha primeira gestação... por isso, nas duas gestações seguintes só me preocupei mesmo com a roupinha quando já estava perto delas nascerem.
A roupinha que me marcou no nascimento de Liz foi a primeira que escolhi, porque, as outras muitas, ela ganhou de presente da vovó e da dinda... a primeira que escolhi, me lembro com clareza, foi um pimpão rosinha de capuz, liiindoooo!!! O meu desejo era usá-lo quando saíssemos da maternidade. Mas não deu, o pimpão ficou gigante nela e tive que usar uma outra roupinha que minha tia Célia deu, também linda!!!
Quanto a Giulia, só comprei as roupinhas quando faltavam poucas semanas para o nascimento dela... passei por momentos difíceis na 36ª semana, tive uma virose violenta e quase que Jujubi nasce antes da hora com as roupinhas sem lavar ainda...
Mas o que eu prometi que faria, e fiz, foi colocar na Giulia a mesma roupinha que Liz usou quando nasceu...para que ambas tivessem o mesmo tecido envolvendo pela primeira vez na vida seus corpinhos, para que Liz e Giulia entendam que não há diferença entre uma e outra, para compreendam que assim como a roupinha o amor é o mesmo para ambas e que devem sempre compartilhar as coisas, protegerem-se mutuamente, e se amarem incondicionalmente. Como um ato profético, carregado desses sentimentos todos, usaram ambas,a mesma roupinha ... assim a primeira roupinha da vida da Giulia foi a primeira roupinha da Liz!!!
(Lú Thompson, mãe da Liz e da Giulia)