Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou nas longas orelhas da Coelha Mãe. Ele queria ter certeza de que a Coelha Mãe estava ouvindo.
-- Adivinha quanto eu te amo -- disse ele.
-- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar -- respondeu a Coelha Mãe.
-- Tudo isto -- disse o Coelhinho, esticando os braços o mais que podia.
Só que a Coelha Mãe tinha os braços mais compridos. E disse:
-- E eu te amo tudo isto!
Hum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
-- Eu te amo toda a minha altura -- disse o Coelhinho.
-- E eu te amo toda a MINHA altura -- disse a Coelha Mãe.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter braços compridos assim.
Então o Coelhinho teve uma boa ideia. Ele se virou de ponta-cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
-- Eu te amo até as pontas dos dedos dos meus pés!
-- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés -- disse a Coelha Mãe, balançando o filho no ar.
-- Eu te amo a altura do meu pulo! -- riu o Coelhinho, saltando para lá e para cá.
-- E eu te amo a altura do MEU pulo -- riu também a Coelha Mãe, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore.
Isso é que é saltar, pensou o Coelhinho. Bem que eu gostaria de pular assim.
-- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio -- gritou o Coelhinho.
-- Eu te amo até depois do rio, até as colinas -- disse a Coelha Mãe.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar pensando. Então ele olhou para alem das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o céu.
-- Eu te amo até a lua! -- disse ele, e fechou os olhos.
-- Puxa, isso é longe! -- disse a Coelha Mãe -- Longe mesmo!
A Coelha Mãe deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de boa-noite. Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:
-- Eu te amo até a lua... IDA E VOLTA!
(Sam Mc Bratney)
P.S.: Conheci este texto graças à querida amiga RUTH CASTRO e, na época, Miguel ainda estava na minha barriga. Lembro-me que fiquei encantada com ele! Chorei. E encontrá-lo agora, em forma de livro, que recebemos pelo Itaú Social, foi uma grata surpresa. Choro cada vez que o leio, podendo olhar para o meu filho, atento a cada leitura minha. Parece compreender tudo o que falo. É muito amor! É tanto que até dói. Impossível dimensionar.
(Andreia Dequinha - mammy do coelhinho Miguelito)
Andreia...me emocionei de verdade. Lindo texto, obrigada por dividí-lo com a gente...e que fique bem claro...amo minha filhota até a lua...ida e volta!!!
ResponderExcluirBjs
Índiaaa
ResponderExcluirAssim que minha coleção do Itaú chegou, corri no face pra postar essa maravilha! É a coisa mais linda mesmo....chorei quando li pro Henrique. E todo mundo curtiu quando coloquei lá...rs
Beijos
Dequinha!
ResponderExcluirTambém senti a mesma emoção quando li este livro. A história é linda demais!Todo mundo que chega aqui em casa eu faço questão de mostrar o livro. Fiquei encantada com ele e Cauã também, só perde para o livro de Chico Buarque, Chapeuzinho Amarelo. Ele adora porque no final digo que ele é o Gão Dra, o pai o Barão tu e eu o Pão Bichôpa,rs
Dequinha, eu tb recebi os livros e curti bastante com o Gabriel, brincamos de medir o amor de tantas maneiras!! Achei lindinhoooo demais!!
ResponderExcluirPoxa... só eu recebi os livros do Itaú diferente dos livros que vocês receberam. Fiquei super emocionada com essa história e confesso que vou utilizá-la no dia das mães com meus alunos do quarto ano! Linda demais! Ela consegue realmente definir o tamanho do nosso amor pelos nossos tesouros! Amei, Dequinha!
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