Desde que me tornei mãe, não passo um único dia pensando em algo que fiz, ou que não fiz, ou que poderia ter feito melhor. Arrependimento é algo que me persegue e, entre tantos, um se refere ao meu resguardo após o parto. Acho que eu poderia ter ficado menos igual a uma doente. Não saía do quarto, não trocava de roupa... enfim, eu não vivia, apenas sobrevivia. Claro que a depressão pós-parto só ajudou esse quadro a piorar, mas eu poderia ter percebido que estava mais frágil e que, ainda assim, poderia fazer grande parte daquilo que eu fazia antes.
Outro arrependimento se refere a não sair com a bebê. Sempre que eu precisava sair de casa para qualquer coisa, eu deixava a Laura com a minha mãe e aí cronometrava a saída para voltar sem encontrá-la chorando de fome. Eu poderia ter tomado o devido cuidado e sair sem pressa, curtindo minha cria fora do ninho, só eu e ela...
Por fim, me arrependo de ter ficado tão neurótica com relação aos horários e à rotina. Ouvi tanto falar que a criança precisava ter rotina que então fiquei numa super neurose, e isso, com certeza, influenciou negativamente no sono da bebê. Eu ficava assustada se passava dos horários do sono, por exemplo, ela sentia isso e aí que não dormia mesmo, entrava no estado vulcânico e pronto... o caos estava feito!
Sei que tudo isso tem muito a ver com o fato de eu ser mãe de primeira viagem, mas agora, mais calma e já mais experiente, que eu percebi que poderia ter deixado os primeiros meses mais leves, mas...
(Renata Marchioreto Muniz - mãe da pequena Laura)
Como a gente muda quando se torna mãe, né? Imediato até! Passamos a dar importância a uma série de coisas que, antes, passava desapercebidamente... nosso sexto sentido vira sétimo, oitavo, nono... por outro lado, como também ficamos neuróticas para outras coisas! rs rs rs Até a gente se adaptar... é punk! Mas é um desafio gostoso... diário...
ResponderExcluirApesar dos nossos arrependimentos, precisamos nos convencer de que tudo aconteceu exatamente do jeito que tinha que ser. E podemos mudar o que vem daqui pra frente apenas... mas, mesmo assim, inevitavelmente, outros arrependimentos virão! E que venham! Eles nos ensinam onde devemos ou podemos melhorar! Boa sorte pra gente! Um abraço e valeu por ter escrito!
Imagina. Sempre que eu vir um assunto que eu tenha conteúdo, irei escrever com cerreza.
ResponderExcluirRenata, essa Laurinha vai protagonizar muitas histórias... E o interessante é que não é só criança que aprende, a mãe também. A mãe quer fazer tudo da melhor maneira possível para que depois não venha a se arrepender, mas obedecemos às emoções misturadas às inseguranças e nem sempre as decisões são as mais adequadas. Todavia, esses erros também são importantes porque nos fazem enxergar melhor o certo (depois de um tempo). Eu posso afirmar com propriedade que os erros são tão importantes quanto os acertos. Descobrimos que estamos em constante aprendizado e que não existe perfeição. Eu vou mais longe... Nem todo arrependimento é baseado nas ações realizadas e sim daquelas que não aconteceram por insegurança, imaturidade ou teimosia.
ResponderExcluirNem sempre estamos no controle. Os pequeninos nos desafiam o tempo todo. Embora sejamos costuradas com as linhas do amor que somente a mãe conhece, elas são frágeis e podem se romper para depois serem remendadas, porque não desistimos da nossa cria. O tombo dos erros nos impulsiona sempre para frente. E dessa forma vamos colaborando na formação daquele pequeno ser, entre erros e acertos cheios de amor e vontade de fazer o melhor de si.
Parabéns pela inspiração e por colorir o nosso cantinho com as tintas da Laurinha!
Que lindo texto!! Cheio de verdades!! Erros que enxergamos só depois, mas que nos ajudam com certeza a refletir nas atitudes que tomamos e mais tarde descobrir que estamos aprendendo na escola da vida, que tudo é um aprendizado!!
ResponderExcluirAdorei o texto e continue nos surpreendendo com seus textos encantadores!!
Lindo ! NOrmal quando somos mães de primeira viagem. Eu também era neurótica com rotina rsrs Mas não se arrependa, garanto que isso vai ser muito bom para a filhota. bjksss Quanto a depressão pós parto não é mole não. Isso é algo que ninguém pode se culpar e nem se arrepender, pois é fisiológico.
ResponderExcluirO que fazemos com o primeiro, dificilmente repetimos com o segundo. Acredito que tudo o que viveu tem relação com a nova fase da vida. Que lindo reconhecer e se analisar... Parabéns pelo texto.
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