O contato com o mundo da fantasia começa bem cedo quando os pequenos são colocados diante de uma colorida e animada telinha e assistem às mais diversas histórias movidas por seus múltiplos personagens. Os poderes que cada um deles possui, revelam-se nos momentos das batalhas, dos desafios, dos salvamentos. Os olhinhos atentos acompanham as cenas e torcem para que a vitória esteja do lado daquele que demonstrou possuir habilidades especiais que sobressaem aos demais.
Embora os episódios
sejam inéditos, os enredos se repetem porque, na verdade, não existe uma intenção de desmitificar ou de
destruir a figura de um herói. Esses personagens com sua eterna busca da
superação, além de alimentar e de motivar
a imaginação das pessoas, vão além do entretenimento: o fascínio pela atuação
dos super heróis contribuem para a formação da personalidade da criança; ajudam
na compreensão do mundo, apresentam valores morais estabelecendo a distinção entre
o bem e o mal, estimulam o senso crítico, ensinam responsabilidades, mostram as
prováveis consequências para atitudes inadequadas e, quem sabe, podem até revelar as iminentes façanhas dos
nossos super-filhos-heróis.
Enquanto eles se
espelham nos atos heroicos do mundo ficcional, traçam enredos reais em nosso
cotidiano, revelando suas capacidades criativas e físicas diante de outra tela
denominada olhos maternos: a minha princesa, por exemplo, não é a Mulher
Maravilha, mas possui coragem de sobra para enfrentar desafios, é poderosa com
as palavras no sentido da exatidão e da persuasão, discernimento e inteligência
guiam suas decisões, e um ingrediente
extra a torna ainda mais especial: uma sensibilidade aguçada conhecida como sexto
sentido completa seu perfil heroico.
Meu príncipe também não é o Homem-aranha, mas sobe
em paredes, muros, árvores e telhados rapidinho; não é o Batman, mas cria
estratégias perfeitas para driblar os adversários; não é o Super-homem, mas já
voou de cima do guarda-roupa para a cama; não é o Hulk, mas aos 7 anos conseguiu
quebrar uma cama de madeira maciça; não é o Flash, mas soube ser ligeiro quando
perseguido pelo trote escolar; não é o
Capitão América, mas haja reflexo (ou sorte) para escapar dos tombos do fogão e
sair debaixo sem um arranhão ou fraturas; não é o Thor, mas sua mãozinha pesada
era como um martelo que reduzia a cacos alguns
vidros e o box de banheiro, além dos brinquedos, móveis, louças; não é o Homem
Invisível, mas conseguia escapar aos olhos da mãe, pai, avós e tia em lugares
públicos, não é o He-man, mas sua infinita força se expressa na coragem, determinação e compromisso com os objetivos, além da dedicação e do amor incondicional pelas
pessoas que compõem o seu coração.
Filhos, nossos legítimos
ídolos e/ou heróis. Por eles qualquer sacrifício
é aceito, sem hesitação, como um desafio pertinente. Por eles valem as noites sem dormir, as
olheiras, as dores passadas, o cansaço, as lágrimas, a correria, os
nervosismos, as preocupações, porque
sabemos que eles são, literalmente, o motivo da nossa alegria, o ingrediente
que dá sentido ao amanhecer, o brilho do nosso olhar, o pretexto para o sorriso,
nossos melhores troféus, as maiores vitórias, a incrível continuação do nosso ser...
(Zizi Cassemiro – Mãe
dos super-heróis: Danilo e Patrícia; avós dos Heróis-mirim: Gabriel e Johnny)
Esses superpoderes da vida real é que nos encanta. Seu texto me fez lembrar do Mateus em cima do guarda-roupa rs rs... são momentos tão inesquecíveis né!?! Amei o seu texto, cada pedacinho me encantou e me emocionou!! Amei conhecer mais um pouquinho dos seus heróis legítimos!! Parabéns pelo doce relato, pelo amor envolvido! Amei! Amei!!
ResponderExcluirObrigada, doce e gentil nos comentários sempre..
ExcluirOs meus filhos não são muito de ter heróis ou ídolos, Danilo até gostava de uma banda de rock, mas não achei relevante, porque ele era tão arteiro que preferi compará-lo ao super-heróis. Ele aprontou tanto quando criança, mas nunca se machucou, nem quebrou nada. Parecia que tinha poderes mesmo kkkkk. Só depois de adulto ele se machucou, mas não foi por traquinagens...mas isso é uma outra história kkkkk
A senhora não é mãe, é super-mãe, conseguiu criar duas pestinhas, trabalhar, estudar, drilhas as crises do relacionamento, unir a família, educar e ensinar centenas de alunos ( isso em 1 ano, agora conta 23 anos de atuação) e não o bastante, foi e é super vó, com amor incondicional, bolo quente com café, carinho e aprendizado profundo apenas com o olhar <3
ExcluirQuem será essa pessoa tão fofa,gentil e que me conhece bem a ponto de saber até quantos anos faz que eu trabalho como professora: Hummm! fiquei curiosa!!
ExcluirMuito obrigada pela lindo e honroso comentário! Fiquei surpresa e emocionada. Amo muito minha família, amo muito meu trabalho. Amo tudo que faço...
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