À medida em que os anos passam, sinto que esse trajeto é cada vez mais rápido: parece que foi ontem a virada do ano e já estamos cá outra vez finalizando um ciclo de 365 dias consecutivos. A passagem de um ano a outro é celebrada com alegria e esperança, renovação de objetivos e grandes reflexões sobre o que deixou de acontecer ou como deveria ter sido feito. Acreditamos que outra chance nos é oferecida e dela faremos o que nos convém; as alterações dependem, principalmente, do rumo que daremos aos fatos e também de como reagiremos diante de inevitáveis situações proporcionadas por outrem.
Incrível
como um simples “Sim” ou um “Não” têm a força para definir nosso destino e dar
aquele impulso que faltava: tanto para subirmos mais um degrau, quanto para
despencarmos até o zero. Não creio que alguém, em sua sã consciência, prefira a
2ª opção. Nossa fome e sede de luta buscam vitórias e não derrotas, afinal quem
não prefere os regozijos às lamúrias? (Ah, se nossa bola de cristal não tivesse
visão limitada...!
Demos
o “sim” à maternidade; à profissão;
às amizades, aos elementos básicos que
norteiam nossa sobrevivência; a tudo que, de alguma forma, nos apetece. Usamos o “não”,
geralmente, quando o favorecido é o outro, porque não desejamos eliminar as
oportunidades a que temos direito e muito menos permitir que alguém nos
prejudique.
Entretanto, nem tudo depende desses
monossílabos adverbiais. E a partir da incerteza trazida pelo futuro,
buscamos apoio e patrocínio com o Ser
Superior, o Criador de todas as coisas,
Aquele que tudo pode, pois somos pequenas células em constante fase de
evolução e amadurecimento e acreditamos ser dignos dos itens que,
possivelmente, podem constar em uma suposta
modesta lista de solicitações:
Pedimos saúde, mas ingerimos alimentos inadequados;
coragem, mas reclamamos de levantar cedo ou de ter que
trabalhar;
força, mas desistimos quando esbarramos nos obstáculos;
fé, mas geralmente só lembramos de Deus nos momentos difíceis;
caridade, mas os olhos estão voltados ao próprio umbigo;
sabedoria,
mas não aprendemos com os erros;
discernimento, mas agimos por impulso;
felicidade, mas vivemos em função do que não temos e esquecemos as
dádivas;
vida longa, mas perdemos muito
tempo à toa;
tempo
bom, mas
reclamamos do sol e da chuva;
paz,
mas insultamos, gritamos, até agredimos
e não consideramos os argumentos alheios;
otimismo,
mas
enfatizamos mais as perdas que os ganhos;
alegria, mas facilmente ficamos de mau humor.
paciência, mas não sabemos esperar;
amor, mas nem sempre valorizamos quem está próximo;
esperança, mas dificultamos as possibilidades de mudanças...
outros...
É tão fácil pedir, já
que Ele tem o poder. Porém, hoje, a gratidão
predomina e direciona as palavras. Ao invés de listar algumas
solicitações, quero realçar que sou grata a Deus por acompanhar e me atender nessas (mais de) cinco décadas e
permitir que eu construa a minha história linda, a partir das lembranças do passado,
da valorização do presente e confiança
no futuro. Que venha 2017!! Receberemos de braços abertos!!
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(Zizi
Cassemiro – mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)
Que lindo Zizi! Sinto-me grata por ter convivido o ano todo com seus maravilhosos textos, cheio de lindas e encantadoras histórias, além da perfeição na escrita! Todos os textos no capricho! Amei! Que a sua história continue linda, que os pedidos venham de dentro do coração, que vocês vivam um 2017 cheio de puro amor, que novas histórias aconteçam com muito carinho e muito amor!!! Só tenho a agradecer por ter compartilhado tantas emoções com a gente! Bjos
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