quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Xô, piolhos!


Tive que lidar na marra com esses bichinhos nojentos chamados piolhos quando o Miguel era ainda um bebê, com uns seis meses, e de quinze em quinze dias ele se coçava, porque era de quinze em quinze que seu irmão por parte de pai vinha cá para casa e trazia esses hóspedes inconvenientes. 

Lembro-me de que liguei para a pediatra, apavorada, porque não sabia mais o que fazer, a não ser tirar piolho por piolho, já que ele ainda não podia usar o tal do Ivermectina. Não havia mais nada a se fazer, a não ser exigir que o pai fizesse alguma coisa e mandasse a mãe limpar para ele vir pra cá, porque eu não achava justo (e, de fato, cá pra nós, não era) o meu filho, tão novinho, ser punido por puro relaxamento dela (sem falar que com 11 anos já se podia tomar o remédio, coisa tão simples de se resolver!). Depois disso, adeus, piolhos, graças a Deus! 

Teve contato com piolhos outra vez, na Waldemira, e todo dia eu tirava um monte e todo dia ele voltava com mais um monte... Era um inferno e só de me lembrar a minha cabeça já coça, imediatamente! (risos) Foi essa luta durante uns dois anos, mas felizmente o coleguinha que tinha piolho (e um cabelo rastafári de fazer inveja ao Bob Marley) saiu da escola e eu dei graças a Deus, não serei hipócrita. Já foi tarde... ele e a família extensa de piolhos... (risos)

Houve, ainda, uma terceira vez, recentemente, na escola atual, mas aí logo resolvi. Limpei tudinho com aquele pente especial, coloquei Alfazema no pescoço e orelhas, e já pude dar meio comprimido a ele, que foi super eficaz. Agora já sei o que fazer com esses chatinhos coçantes e abusados! 

E acho que é super normal a criança (maior e em época de escola) pegar piolho, por ser algo inevitável, por mais cuidado que se tenha, mas acho, sim, que é porca a mãe que não quer perder tempo limpando, todo dia, até cessar, e não engulo a desculpa de "falta de tempo", porque teeeeem que ter tempo quando o assunto é filho, sempre! Eu, por exemplo, trabalho pacas, tarde e noite, chego tarde, cansada, e mesmo assim ainda vou olhar a cabeça do Miguel e ajudar nos deveres de casa. 

Lembro-me de ter tido muuuuito piolho, assim como a maioria dos meus colegas de classe, mas também me lembro da luta da minha mãe me livrar disso, com pano branco e pente fino... caía cada piolhão de dar nojo... gordão, de tanto sangue que me roubava... e eu, felizmente, sobrevivi a álcool, vinagre, a Neocid e a tantos panos enrolados na minha cabeça... Sorte do Miguel que as coisas evoluem e não precisará passar por nada disso! 

(Andreia Dequinha - mãe do limpinho Miguelito)

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