E lá fomos nós... debaixo do sol
quente... eu empurrando o carrinho da minha casa até a escola “Iara Coutinho”, no Centro
da cidade. Ele ia atento a tudo pelo caminho, sem nem se dar conta da
importância daquele dia. E eu com o coração na mão, pensando se ele ficaria bem
lá, sem eu estar por perto, se iria se adaptar à escola, à nova rotina e eu à
minha, pois, além desse detalhe, eu havia pegado mais uma escola pra trabalhar,
uma particular, com Produção Textual. Portanto, novidades para todo mundo!
Chegou na escola nada tímido, todo falante e interagindo com as tias e com os novos coleguinhas, sem falar que ainda estudaria com a namorada Liz, olha que chique! (risos) Fiquei de longe olhando tudo. Ele
não chorou. Eu sim! Estava todo animado com o mundo todo
a ser descoberto. Fiquei com pena de ele
sentir vontade de mamar e eu ali, escondida, com meus peitinhos, sem poder atendê-lo,
sem poder sequer aparecer para ele! Foi assim durante uma semana. Meio expediente. Adaptação (rimando com preocupação). Pra ele e mais ainda pra mim.
Ele gostou da escola, e eu, inicialmente, também, mesmo logo depois descobrindo o quão ruim ela era, com suas tantas e graves falhas! Foi um ano duro, sofrido, corrido, difícil de passar. Mas, graças a Deus, passou. Foi o ano em que me separei, tive que pegar licença, adoeci, tive depressão e fiz terapia, precisei largar o novo emprego, mamãe ficou um mês internada (sendo que quinze dias na UTI e foi um período mais do que punk). Certamente essa nossa primeira experiência escolar não entra na listinha de boas recordações e sim na das más, mas sobrevivemos e isso certamente nos fortaleceu e ainda conseguimos, hoje, com boa vontade, peneirar algumas coisas boas, pontuais!
Ele gostou da escola, e eu, inicialmente, também, mesmo logo depois descobrindo o quão ruim ela era, com suas tantas e graves falhas! Foi um ano duro, sofrido, corrido, difícil de passar. Mas, graças a Deus, passou. Foi o ano em que me separei, tive que pegar licença, adoeci, tive depressão e fiz terapia, precisei largar o novo emprego, mamãe ficou um mês internada (sendo que quinze dias na UTI e foi um período mais do que punk). Certamente essa nossa primeira experiência escolar não entra na listinha de boas recordações e sim na das más, mas sobrevivemos e isso certamente nos fortaleceu e ainda conseguimos, hoje, com boa vontade, peneirar algumas coisas boas, pontuais!
Essa experiência foi suficiente
para eu perceber, dentre outras coisas, que eu precisava trabalhar menos e me
dedicar mais a ele, não abrir mão das minhas manhãs e poder responder a cada "bom dia" dele, por exemplo, além de eu ter feito muitas "mamães amigas", e acho
que também foi, de certa forma, boa para ele, porque fez também muitos amigos e aprendeu que se pode
tentar ser feliz em todo e qualquer lugar. Felicidade se encontra dentro da gente e não necessariamente fora, embora isso também colabore.
Tal experiência não me fez desistir da escola pública, como mãe, mesmo eu tendo total consciência de que ela está longe de ser aquela da minha época, como aluna, mas me fez querer mudá-lo de escola, porque aquela lá, em especial, não servia pra gente nem pra ninguém que via a escola como um segundo lar e não como um depósito de crianças!
Tal experiência não me fez desistir da escola pública, como mãe, mesmo eu tendo total consciência de que ela está longe de ser aquela da minha época, como aluna, mas me fez querer mudá-lo de escola, porque aquela lá, em especial, não servia pra gente nem pra ninguém que via a escola como um segundo lar e não como um depósito de crianças!
No ano seguinte, felizmente, fomos
presenteados com uma escola de verdade, também municipal, onde ele ficou até o ano passado. Fez
lá a Creche III, a Creche IV, o Pré I e o Pré II. Mas isso já é assunto para
uma outra história...
(Andreia Dequinha - mamãe do estudioso e bagunceiro Miguel)
Mãe é mãe...não tem jeito.Assim como você,eu também chorei quando deixei os meus dois na escola pela primeira vez.Que peninha senti ao deixar Camilla aos prantos, mesmo após eu ter ficado com ela nos três primeiros dias! Nunca imaginei que aquela separação fosse tão sofrida pra ela...E pra variar,lá estava eu chorando também (rs).Guilherme não chorou,ao contrário da irmã,foi logo se enturmando com outros meninos...Em compensação, a bobona aqui chegou ao local de trabalho do marido se debulhando em lágrimas...Gente,amor de mãe é um sentimento que ninguém consegue definir. Nossa ligação com o filho não tem limite,não tem idade,não tem explicação...Talvez isto explique um pouquinho minha grande afinidade com Nossa Senhora. Decepção com as escolas de meus filhos eu tive muitas...entretanto,sem querer imitar a "Pollyana",elas me foram também positivas, porque serviram pra me mostrar que não se deve fazer com os filhos do outros, aquilo que não gostaríamos que fizessem com os nossos. Elas me ajudaram a crescer como profissional da educação.
ResponderExcluirObrigada pelo seu recadinho, sempre, Zenilda. Vou sentir muita falta, confesso.
ExcluirEssa escolinha do Miguel foi uma decepção, mas superamos e depois nos encontrarmos na Waldemira, beeeeeeeeeeeeeeeeeem diferente desta primeira. Sei que falhas fazem parte, em tudo, mas depende muito de como se lida com elas, né? Existem falhas toleráveis e outras que não tem como mesmo a gente aceitar!
Agora o meu dilema é outro: orando para que Alair e sua corja tomem vergonha na cara e que as aulas do município comecem! Se meu filho vier a perder um ano da vida estudantil dele eu nem sei do que sou capaz, de coração! Ando tão revoltada! Esse povo rouba, apronta, negligencia e o povo que paga o pato! Não dá pra aceitar isso, não mesmo! Canalhas...
O que me resta mesmo é orar, aguardar, já que o pai dele está desempregado, ninguém ajuda em NADA, eu estou em greve e com essa indefinição toda gerada por outro ladrão chamado Pezão, minha mãe é a única que me ajuda o quanto pode! Isso que é vó! Presente, solidária, amiga!
Mas voltando ao assunto, a gente que sofre mais com essas novas rotinas... As crianças tiram de letra. Nos ensinam tantas coisas...
Tudo há de ficar bem...não há como um dia após o outro.Temos que acreditar nisto, porque Deus não nos desampara. Você já pensou em trabalhar em uma escola particular? Penso que poderia ser uma boa pra você,na atual situação, para o Miguel estudar com bolsa. Você me parece uma excelente profissional...acredito não ser difícil conseguir um contrato na rede particular, apesar de o ano letivo já ter começado. Quanto à rede pública, sinceramente, com esse governo eu não acredito em nada:salários atrasados,décimo terceiro ninguém sabe,professores desestimulados... sei não.
ResponderExcluirAmém, amém, amém!
ExcluirApesar das tempestades (tantas), creio que Ele realmente não nos desampara. Mas às vezes é tão difícil esperar passar, né?
Eu já trabalhei seis meses no Santa Rosa, com Produção Textual, e gostei muito da experiência, mas foi um ano complicado, justamente esse que eu contei no texto. Eu adoeci, mamãe tb, Miguel começou a estudar... e tive que parar. Além disso, Zenilda, descontou muito no Imposto de Renda, tinha que trabalhar alguns sábados, eram muitas redações pra corrigir, e nem Bolsa Miguel ganhava, porque ele seria da Educação Infantil e eu trabalhava no Ensino Médio. Ele só teria Bolsa se estudasse no mesmo segmento meu. Então...
O problema também é que meus horários, por conta de Miguel e médico de mamãe, são complicados, difíceis de conseguir me adequar em mais uma escola. Aula particular em casa eu já dei muitas, por muito tempo, mas confesso que não tenho mais saco.
No público, só safadões... nas redes municipal e estadual... Tá braba a coisa! Mas vamos seguindo em frente, conservando a dignidade que muitos, infelizmente, já perderam.
Cada etapa é vivenciada com muita emoção, o primeiro dia de aula não poderia ser diferente. Entregar o nosso pequerrucho para estranhos....isso de certa forma incomoda ( embora saibamos que distâncias maiores virão em breve: ensino fundamental, faculdade, etc.....cada vez os pequenos vão evoluindo e formando sua independência) nossos filhos não são nossos, isso é o que dizem, mas como explicar essa labareda que queima aqui dentro do peito quando eles estão longe de nós? Mães chorosas, amorosas, dedicadas, mãe, unico amor verdadeiro porque é realmente incondicional!
ResponderExcluirGostei de saber como foi o primeiro dia do. Miguel na escola, e a foto está tão linda! Dedos de mãe digitam teclas de amor, olhos de mãe enxergam o filho com perfeição, coração de mãe é infinito.... Dequinha vc é pura emoção, uma pessoa muito forte (embora os tombos tentem derrubá-la). Quantas batalhas, heim amiga, somadas às alegrias que somente os nossos filhos conseguem nos trazer! Amei seu texto, como sempre, caracterizado pela excelência na expressão!
Cada fase é uma oportunidade para aprendermos, né? Algumas trazem alegria, outras dor e algumas são um misto de ambas as coisas! E assim vamos levando, tentando encarar da melhor forma, sempre.
ExcluirObrigada pelo carinho e pela amizade, sempre, amiga Zizi! Valeu por se fazer sempre presente e nos presenteando com palavras carinhosas, apesar da correria diária. Amo vc!!!!
Cada fase tem o seu encanto!! ... Cada doçura no seu tempo!! já estou tão distante do primeiro dia da escola deles ... Hoje vivencio a faculdade, independência total!...Mas as fases de mãe não acabam nunca!! Elas estão ali todos os dias vivenciando cada pedacinho de acontecimento. Lindo seu texto!! cheio de encantos e doçuras!! Adorei a parte do banho... até isso foi diferente!! sensacional!!!
ResponderExcluirEspero um dia também chegar lá... bem distante desses momentos todos do Miguel, mas sempre tão presentes em nosso coração e em nossas lembranças... ou ressuscitadas aqui nos textos do blog! (risos)
ExcluirSempre temos algo a viver, né? Que bom, que bom!
Fico feliz que tenha gostado do texto, Mazé! Beijocas!
Que fofinho nas fotos ! Pena que a primeira escola tenha sido essa porcaria, mas ainda bem que você mudou e encontrou uma escola legal para ele. E que gostoso nas fotos. hehehe bjkss Seu filhote é lindo e tenho certeza que vai dar sempre muito orgulho.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho, amiga! E que bom que a gente está sempre atenta para perceber quando algo serve e quando não. Mudança é sempre bem-vinda! Assim como não se deve mexer em time que está ganhando, por isso ele passou tanto tempo na Waldemira! Como valeu a pena! :-)
ExcluirEu acho um barato esse vasculhar as tantas fotos que tenho dele, exagerada que sou mesmo, assumidamente, em busca de algumas que ilustrem os textos e as lembranças. Confesso que vou sentir falta disso, aliás, já estou sentindo, antecipadamente. Mas faz parte a gente ter sempre que lidar com a saudades, de tantas coisas, né?
Beijos mil. E ele mudou bastante já... era bem mais fortinho, o cabelo era mais claro... mas continua a mesma figuraça de sempre! kkkkkkkkkkkkkkkkk