De uns anos pra cá temos nos
tornado, os quatro, ótimos companheiros de caminhada e, principalmente, de correria. (risos) Mas o dindim tá curto e os passeios mais divertidos que fizemos datam bem
pra trás.
A ACM – Associação Cristã de
Moços – do Rio tem uma sede campestre em Araras, perto de Petrópolis, e
passamos a Semana Santa lá 3 anos seguidos. Na verdade, kkkkkkkkkk, pra
escrever agooora, neeesse minuto, eu já nem sei mais em qual deles fizemos o
que, né... Tem uns chalés, com beliches, uma área verde enooorme, com trilhas
que viram um intenso barreiral quando
chove (o que sempre acontece), subidas enooormes também (haja pernas), piscina
de águas naturais megasupergeladas, quadras esportivas e INSETOS, muitos, de
todos os tamanhos, cores, cheiros, barulhinhos e estilos de picadas. Dois professores
de Educação Física pra dar conta de ginásticas, brincadeiras, dinâmicas,
conversas ao pé da fogueira (na verdade, uma lareira), enfim, atividades várias,
paras faixas etárias várias.
Teve um ano que a Talita quebrou
o pé dois dias antes de irmos, hahaha, mas a gente já havia reservado, combinado,
arrumado, não ia ser um mero pé quebrado a estragar nossos planos, né... Um
detalhe não tão insignificante, considerando que o local é absolutamente montanhoso,
nada que muletas não resolvessem, rsrs. Ela participou até da caçada noturna,
uma caça ao tesouro à luz de lanternas, percorrendo toda a sede em escuridão
total.
Um enorme sino de bronze, na
varanda, tocava, para anunciar que o almoço estava servido. No domingo de
Páscoa o Tariq estava sentado no murinho beeem embaixo do sino. Antes que o
senhor do sino chegasse, o Tariq se levantou de um pulo e literalmente tocou o
sino com a cabeça – Bléééééim!!! Tadiiinho do meu menininho... Abriu um beiço
na cabeça... escorria aquela sangueeeira camisa abaixo, aqueles cachinhos, tão
fofos, empapados, ai ai ai, que cena dramática... O certo teria sido catar um
posto de saúde pra dar uns pontinhos naquele cucuruto, mas um saco de gelo
resolveu, no momento. E depois do almoço, ele participou da busca pelos ovinhos,
apertando o saco de gelo no ovo que cresceu na sua cabeça.
Quem chegasse atrasado para as refeições ou perdesse algum objeto tinha de pagar uma prenda; dar voltas ao redor da giganteeesca mesa. E as noites traziam o aconchego das conversas ao pé da lareira, preces e muita reflexão.
Hahaha, era cada escorregão
na trilha... A gente se segurava num galhinho finisquinho de árvore e íamos,
nós e ele, catando cavaco. Eram inúmeros riachinhos labirínticos pedregosos,
formávamos uma fila para ajudarmos os outros a escalar as rochas,
atravessar os cursos d’água e descer do outro lado.
Aqueles dias longe da disciplina de horários, à parte das brigas diárias e desgastantes, foram um refrigério... Como a gente se curtia, como nos descobrimos companheiros, cúmplices, como nos unimos!
Estamos aqui juntos papeando e lembrando nossos momentos e planejando passar essa Páscoa lá outra vez!!! Juntando moedinhas em 3, 2, 1!!!
(Else Portilho - mãe da Talita e do Tariq)