Como é linda e inesquecível a fase
dos primeiros passos dos nossos filhos! Inseguros ainda, eles se apoiam em tudo
que está próximo, suas perninhas meio tortas e bambas ensaiam alguns movimentos
para se locomover, porém, ainda lhe
faltam a firmeza e coordenação necessária para concluir o ato com perfeição. O
aprender a caminhar é um dos maiores desafios enfrentados pela criança. Quando estão
de mãos dadas com os pais, a história é outra;
não há problema algum e parece muito fácil, entretanto o pequeno
guerreiro precisa vencer sozinho suas próprias batalhas...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2WxQfv2cBMdcur2GuU5mLFZ-llt05VY6oZ7dgEqpbKXyPxjTXcXHVLyy1BBSv1jQg0np_Hx63TmmCOfe3uI2Ot0CLdYSPrAMmF2YHtlbwAEexrdi7dtViwlppyAbJ6gSt54xuzFT9WDc/s400/1474692302184_scrapeenet.jpg)
Por três vezes acompanhei esse
processo em minha casa: primeiro foram os filhos; Danilo e Patrícia; anos depois, Gabriel, meu neto, vivenciava a mesma experiência do pai e da
tia.
Danilo, medalha de ouro em
precocidade, mostrou-se ansioso para explorar o universo que o rodeava. Quando
percebi seu interesse e coragem em dar os primeiros passos, apoiei a ideia. Colocava-o
em pé encostado à parede para que não caísse de costas, sentava no chão à sua
frente com uma distância segura e o chamava até mim, sem tocá-lo. Ele encarava
o desafio e vinha, movendo-se devagarzinho. Para mim, aquilo não passava de uma
brincadeira, mas para ele aqueles exercícios eram sessões de ensaios cujos
resultados eu pude conferir logo depois
que ele completou 9 meses. Isso mesmo: o apressadinho andou aos nove meses de
idade sem engatinhar. Adeus sossego, o mundo
que o aguardasse!! Era um toquinho andando pela casa e quintal, explorando cada
centímetro da sua área de conforto. Não satisfeito
totalmente, continuava a façanha à noite
ou madrugada. Não esqueço o dia em que
acordei assustada com ruídos de passos correndo de um cômodo a outro pela casa e
quando fui verificar, deparei-me com ele.
Com a melhor das intenções e sempre
pensando no melhor, compramos um andador que serviu depois para a irmã. Algumas
quedas aconteceram, provando que o tal objeto deixava muito a desejar com
relação à segurança, mesmo assim foi útil e atendeu as fases de ambos os
filhos.
Em menos de dois anos, a chegada de mais
um ilustre ser agitou o nosso ninho. A maratona começara novamente. Danilo,
como um autêntico irmão mais velho,
ensinou algumas traquinagens para a parceirinha Patrícia, entre elas, como sair
do berço. Agora nada mais a detinha! Em seguida, tratou logo de aprender a engatinhar; mais
tarde, caminhar; e finalmente, correr... Ela andou aos dez meses de idade e aprendeu
a falar cedo também (Lógico! Tinha distribuir o seu arsenal de argumentos o
mais rápido possível). Utilizei o método da parede com ela e deu certo também.
Pequenina e espertinha, a figurinha acompanhava o irmão e ambos se lançavam nas aventuras deixando toda a
família de plantão com o coração em pulos.
Gabriel, quando chegou (Vinte anos
depois) fez a diferença e tornou-se o centro das atenções. Rodeado de cuidados
e mimos, não fugiu à tradição do pai e da tia, igualmente andou logo, por volta
dos dez meses de idade. Fez uso do andador algumas vezes, caiu, levantou-se e
foi desbravando o seu território, cheio
de graça e sabedoria , encantando-nos a
cada dia.
Enfim, andar e falar: dois verbos
que Danilo, Patrícia e Gabriel aprenderam a conjugar antes de completar um
aninho. O futuro tornou-se presente como num passe de mágica. Aqueles passinhos,
tão bem ensaiados; aquelas primeiras palavras balbuciadas, evoluíram; hoje pisam firmes e confiantes nos bons
caminhos que eles mesmos constroem e suas palavras são as chaves que definem o
contínuo e recíproco diálogo com a vida.
(Zizi Cassemiro – Mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do
Johnny)
Andar é uma das coisas que eu adoro fazer....igual ao vô Acacio...pego e saio pra andar, principalmente quando estou na chácara. Obrigada por ensinar meus primeiros passos <3
ResponderExcluirÉ verdade....bem que vc falava que seria uma cigana....anda para lá, para cá......mas sempre arruma um tempinho para ganhar uns xeros de mainha!!
ExcluirQue momentos doces e inesquecíveis!!! Como é bom poder reviver isso, através das lembranças, através da escrita que nos faz reviver tantas emoções, porque vai gerando lembranças e mais lembranças! Tudo muito lindo!! Amei o seu texto! Como sempre carregadinho de doçuras, de momentos mágicos!! Obrigada mais uma vez por compartilhar com a gente mais esses doces relatos! Coisas de mãe né?!?... E como são preciosos esses relatos!!
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