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segunda-feira, 14 de março de 2016

Micos emprestados


Tentei me lembrar de micos que tenham acontecido comigo como mãe e não consegui. Nem estou querendo me gabar ou me achar a mãe mais exemplar do mundo. Acredito que isto ocorre porque eu não sou uma pessoa muita espontânea. Penso muito antes de falar ou fazer algo. Isto pode ser bom, mas também pode trazer bastante sofrimento (porque nem sempre é possível prever tudo o que vai acontecer e temos que aprender a lidar com imprevistos...)

Enfim, com a ajuda da minha família, lembrei-me de umas histórias em que eu estava envolvida. Não fui a figura central, mas estando presente e acontecendo com pessoas que amo, me senti pagando mico também.

No final de 2009 foi anunciado que o Parque da Mônica fecharia definitivamente no ano seguinte. A Mari tinha 2 anos e achamos que ela teria que ir lá para conhecer, ainda que não se lembrasse um dia. As fotos registrariam tudo e guardariam a lembrança daquele passeio. 

Estávamos super empolgados. Todos somos fãs desta turminha e estar em um parque temático deles, seria mais do que um sonho.

Logo que entramos, o primeiro miquinho aconteceu! Mari estava maravilhada pela linda decoração... Luzes, desenhos, brinquedos! Havia pessoas caracterizadas como os personagens, que interagiam com os visitantes. O primeiro com quem encontramos foi o Cascão. Ele veio todo feliz, pulando e conversando... A voz era igualzinha à do desenho da TV. Mas foi só ele se aproximar para a Mari pular no meu colo e chorar compulsivamente... O personagem ficou visivelmente envergonhado, já que o choro chamou a atenção de todos ao redor... Ele saiu disfarçando, balançando os ombros, como quem quisesse dizer “Fazer o quê? ” Eu quis cavar um buraco no chão e sair com a Mari rapidinho.
    
Dali para frente, era só ela achar que havia um personagem passeando pelo parque, que ela pulava em meu colo. Nem a Mônica, o personagem mais esperado, escapou do medo dela. Quem entrou na casinha e tirou foto foi o pai. Eu fiquei com a bebê agarrada em meu pescoço, lá fora.

Para completar os micos, meu marido quis interagir com os personagens e gravar a conversa, tipo foto “selfie”. Mas, como ele tem um problema sério em memorizar nomes e vive trocando-os, vocês já podem imaginar o que ocorreu. Chegou todo feliz ao personagem Jeremias e disse: 
   
- Que legal!!! Estamos aqui com o Pelezinho!
- Eu sou o Jeremias!!! Você não lê gibi? – respondeu o personagem.
E meu marido: 
- Não... Faz tempo que não leio. 
- É. Deu para perceber... – disse o personagem, de forma sarcástica.

Neste momento eu já estava lá no estacionamento me escondendo... (risos). Brincadeira! Eu não saí correndo! Mas confesso que me distanciei um pouquinho, fazendo a linha “Nem sei quem é esse moço ali pagando mico...”.

Enfim, estes são momentos de que nos lembramos e rimos muito atualmente, ainda que na hora em que ocorreram não foram tão divertidos assim. Mas a vida é assim, não? 

(Nina Marinho, mãe da Mari, de 8 anos e da Analu, de 2 anos)

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Clichês


Tentei sair do primeiro clichê "O melhor passeio que fizemos é aquele em que estamos juntos", mas não consegui... Isto porque é verdade. Não importa se vamos à quitanda da esquina ou se damos a volta ao mundo - se a família está unida, tudo é especial.

Falando, então, de maneira geral, quando as meninas eram muito pequenas, qualquer passeio ou viagem exigia um planejamento incrível... Tínhamos que pensar em tudo o que seria necessário e se teríamos condições de “sobreviver” com aqueles itens por determinado período. Então, se fôssemos para hotéis, por exemplo, já pensávamos se lá havia banheiras adequadas, berços, cozinha para preparar as papinhas, etc...

O clichê dos pais super preocupados e super detalhistas estava aí: nas primeiras vezes, e com a filha mais velha, erramos muito. Ou por excesso (levando quase que a casa toda nas costas) ou por falta justamente de um item de que necessitávamos e não pensamos.... Depois, fomos ficando mais espertos e acertando.

Assim, os passeios mais recentes, agora que elas estão maiores e menos dependentes de tantas “tralhas”, têm sido os melhores. Elas também interagem mais e curtem mais as viagens... Adoram as comidas, os quartos, as brincadeiras dos monitores. E se tem piscina, a diversão está completa (isto é clichê?).

Um termômetro que uso para saber se o passeio foi legal é a reclamação na hora de ir embora. Quando maior o “chororô”, mais divertido foi! 

Fica, então, a vontade de passear novamente e dividir momentos inesquecíveis junto de quem se ama! (Sim, um novo clichê, eu sei.... Mas muito verdadeiro!)

Nina Marinho (mãe da Mari e da Analu)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Saudades do que ainda não se foi...



Um sábado qualquer de 2005.

9h- Ela se levanta, se espreguiça na cama e se levanta calmamente. Vai ao banheiro, onde toma um banho tranquilo. Arruma os cabelos, faz uma maquiagem suave e vai preparar o café
9h45- Com o marido, tomam o café da manhã: mamão, leite, café, queijos.... Planejam como será o dia: ajeitar a casa, sair para o almoço, shopping, cinema, diversão...
10h- Eles arrumam a casa. Cada um cuida de uma tarefa e rapidamente tudo está pronto.
11h30- Ela assiste na TV a episódios de séries americanas favoritas. Fica cansativo, então vai ler um livro.
12h- Arrumam-se e vão ao restaurante, onde provam tranquilamente seus pratos, acompanhado de muitas conversas sobre os planos futuros.
14h- Que tal um cinema? Pode ser... Mas já vimos aquele e aquele e aquele... Só sobrou aquele outro.... Tudo bem.... Vamos assisti-lo mesmo que não seja do nosso tipo preferido!


Um sábado qualquer de 2015.

05h- Ela acorda com o som de um choro. É automático. Já pega a bebê, que também automaticamente procura pelo seio. Meia hora depois, a criança, já saciada, dorme. Ela até tenta dormir novamente, mas desperta porque o pensamento está nas coisas que tem para fazer.
6h- Ela lava louça do dia anterior cuidadosamente para não acordar ninguém. Coloca roupas na máquina. Vê algumas roupas em uma pilha para serem passadas. Desamassa algumas, pois lembra que ele disse que já não havia mais roupas no cabide e a maior reclamou que não tinha mais calças nas gavetas.
7h30- Lembra-se de que não tomou café. Prepara-o, mas a mais velha acorda e pede ajuda para ir ao banheiro. Arruma o cabelo, ajuda-a com a troca de roupa e se lembra de que ela mesma ainda está de pijamas. Tenta trocar, mas a mais nova acorda novamente.
8h- Ele troca as fraldas, mas quem tem o alimento é ela. Ainda de pijamas, coloca a menor para mamar, senta-se com a xícara de café e observa a maior tomando seu leite, ajudada por ele. Os quatro na cozinha. Ele a ajuda, cortando o pão e passando manteiga.
9h30- Eles vão brincar na sala. Ela tenta arrumar a cozinha. Ele tenta arrumar a cama. As crianças querem atenção. Mais uma vez a louça fica na pia e a cama desarrumada porque brincar e estar com elas é o que importa.
11h- Preparam-se para ir ao shopping. Lenços umedecidos, fralda, brinquedo, troca de roupas, colher... Um mundo em uma bolsa! Primeiro, ela arruma a bebê e ela distrai a maior. Depois, ela ajuda a maior e ele fica com a menor. Então, ele se troca e ela fica com as duas. Por último, enfim, ela se troca. Saem.
12h30- No shopping, ela fica em uma mesa, enquanto ele compra a comida das crianças. Depois, ela alimenta as crianças e ele compra a comida do casal. Ele assume a alimentação das meninas, para ela comer. Então, ela distrai as meninas e ele almoça. Assim mesmo: cada um em um momento, senão, não é possível comer.
13h30- Filme? Nossa... Nem lembro a última vez que fomos ao cinema... Que filme é aquele? E aquele? Nem sabia que aquele existia... Vamos à área de brinquedos?

Esses são apenas fragmentos de dois momentos distintos da vida. Um sem filhos e outro com.

De um para outro, mudam-se a quantidade de pessoas, as atividades, a dinâmica. Um, é tranquilo, estático e planejado. O outro é rápido, cheio e com imprevistos...

De ambos há coisas para se sentir saudades: de um, a calmaria, o tempo para se fazer tudo tranquilamente, de se planejar e realizar. De outro, a correria (sim, é difícil, mas dá saudade) os momentos juntos, a amamentação, as brincadeiras, a alegria de ver outros felizes com algo simples!

Procuro viver intensamente cada momento porque tenho consciência de que vida muda. A rotina que vivo hoje provavelmente será diferente daqui a algum tempo. Já percebi isso porque tenho duas filhas e de uma para outra vi que muitas coisas não voltam.... Também sei porque os avós nos relatam o quanto sentem falta da rotina com filhos.

O bom de se ter mais filhos é isso: poder reviver aquelas situações mágicas, para quais não dávamos valor ou não tínhamos consciência de que passariam tão rápido na primeira vez. E poder aproveitá-las ao máximo, com um sorriso bobo e sob olhar de quem acha que você é louca...

Vale lembrar de que nem tudo são flores. Claro! Há momentos em que penso que vou enlouquecer? Sim. Mas sei que tudo passa. E posso, no futuro, sentir falta até disso! Para mim, tudo está no pacote “TER FILHOS”, que escolhi receber e que preenche o meu coração.

(Nina Marinho, mãe da Mari e da Analu)

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sabedoria

(Arte de Gustav Klimt)
Você conversará com seu corpo durante nove meses, e ele irá responder com socos e chutes e uma fúria incontrolável. Saberá, enfim, o que é vontade de viver. Você vai querer ficar sozinha para sentir saudade do mundo. Você entenderá finalmente que a fé não deixa o amor terminar.
Você vai perdoar os medos mais antigos e abraçará sua mãe como se fosse uma nova amiga. Você vai sonhar com o rosto de seu filho e receberá qualquer pressentimento com a certeza de uma notícia.Você ficará me olhando em segredo para ver quais traços que ele vai herdar de mim. Você me amará o dobro e ainda será pouco. Você se amará o triplo e ainda será pouco. Você amará sem pedir resposta.
Você mudará sua audição. E escutará o que carrega dentro do coração como se estivesse fora. Você agirá primeiro para depois reclamar.Você será adulta de verdade, pois vê que alguém depende agora só de sua palavra. A responsabilidade continuará a felicidade. Você cuidará da respiração como um relógio. Você estará sempre aproveitando uma gaveta para ampliar o passado.
Você se interessará por todas as mães que estão conduzindo carrinhos na rua. Você terá piedade de jogar fora cartões, cartas e bilhetes.Você colecionará exames médicos. Você pensará na infância fora da infância. Comprará brinquedos para divertir a residência. Você não terá mais arrependimento, mas promessas.
Você contará sua história do início mais remoto pelo prazer de estar acompanhada. Você pensará diferente para respeitar seu filho, você será diferente para se igualar ao seu pai. Você cantará músicas que não cantava há muito tempo. Você adormecerá fora de hora, com um livro na mão ou no meio do filme.
Você aceitará que algo quebre, algo estrague, algo não vingue sem escândalo. A paciência é a paz que você necessitava. Você festejará o sol que aparecerá de repente na janela ou no varal. Você antecipará a chuva pelo vento na nuca.
Você acompanhará a gestação pelo reflexo nas vitrines. Você passará o dia respondendo perguntas que ainda não foram feitas.Você aceitará a imperfeição como charme. Aceitará o erro como carisma. Aceitará a falha como parte da personalidade.
Você terá um motivo a mais para voltar para casa. E também aproveitará bem mais cada saída de casa.Você se tornará uma médica leiga, com direito a caixinha de farmácia na despensa. Você não achará nenhuma dúvida ridícula, nenhuma pergunta tola.
Você será mãe. Escutar isso do próprio filho é inexplicável, você não é capaz de chorar de tanta vontade de chorar.
(Fabrício Carpinejar)
(Texto extraído da Revista Pais & Filhos)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um mundo de sonhos...

Era uma vez uma menina chamada Mariana. Ela sempre sonhava com personagens de desenhos infantis, embalada pelas histórias que a mamãe contava e pelos filmes a que assistia...

As suas duas primeiras fantasias saíram de contos de fadas: BELA (de “A Bela e a Fera”) e BRANCA DE NEVE. Eram, na verdade, pijamas que, de tão fofos eram mesmo duas pequenas fantasias...
Reprodução das fantasias similares às usadas

Mas, a pequena Marianinha crescia e sempre queria ser como seus personagens favoritos. A chance para se transformar neles era, então, suas festas de aniversário. Nos dois primeiros aniversários, no entanto, por ainda ser muito pequenina, sua mãe optou por roupas confortáveis e não fantasias.

Ao completar 3 anos, a pequena Mariana vestiu a fantasia da personagem que mais amava na época e que foi tema de sua festa: MINNIE MOUSE. Pulou, brincou, correu, comeu doces e só teve a fantasia retirada quando “desmaiou” (=dormiu) após abrir todos os presentes recebidos na festa.

Assim que entrou na escola, pode viver seu primeiro Carnaval. E, assim, temos sua segunda e talvez mais favorita fantasia: BAILARINA. Ela gostou tanto dela que até hoje diz que quer se tornar uma...

Quando a festa dos 4 anos chegou, uma coisa era certa: o tema. Lógico que era BARBIE. A dificuldade para nossa amiguinha era escolher qual delas... Enfim, optou pela Barbie “Moda e Magia”... Puro glamour!

A mais recente fantasia de Mariana, usada não somente neste Carnaval, mas em casa praticamente 24 horas por dia e nas idas às casas das vovós é a de BORBOLETA. Às vezes, ela a define como fada, às vezes como de borboleta... mas isso não importa! O importante é se divertir, sentir que voa alto, alto, alto... e que viverá feliz para sempre!!!!


(Nina Marinho, mãe da Branca-de-neve-Bela-Minnie-Bailarina-Barbie-Borboleta Mariana)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tinha que ser... São Paulo!


A questão de times em nossa família sempre foi muito fácil. Todos são são-paulinos. Simples assim. Tinha como a pequena escolher outro time? Nem se quisesse...

Desde pequena incentivei, confesso, que ela torcesse pelo mesmo time que eu e seu pai. Só de pensar naquelas famílias em que cada torce por um time, me dava calafrio... kkkkk Assim, associei sempre o “GOOOOOOLLLLL” que ela ouvia nas transmissões ao nosso time. E foi fácil. Sempre que ela via jogos de futebol, já sabia que o “legal”, “o da mamãe” era o São Paulo...

Agora ela está na fase de dizer que outros times são “Eca”. Já tentei diminuir essa reação, com medo de que ele encontre algum amiguinho menos compreensivo que torça por outro “time-eca” e estou conseguindo. Mas, recentemente, estávamos no shopping e eis que ela aponta para um rapaz em outra mesa e diz: “Mãe, olha, olha!!!”. Eu procurei o motivo da surpresa. O rapaz estava com camisa de um time rival (que não vou dizer qual...). Então, lhe perguntei o que estava acontecendo e ela: “Que eca a camiseta dele, mamãe!!! Credo!!”. A minha sorte foi que o rapaz não viu, pois estava um pouco longe, mas fiquei roxa de vergonha... Aproveitei para explicar que todos têm direito a torcer por qual time quiserem e que ela não devia chamá-los de “Eca”...

Assim, nossa pequena são-paulina está aprendendo a conviver. E a torcer.

 (Nina Marinho, mãe da são-paulina orgulhosa Mariana)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vernissage da Mariana

Você está convidado a participar da exposição das obras da artista Mariana, ícone da cultura infantil.

No evento serão expostas obras de todas suas fases. Desde a inicial, quando a artista optava por rabiscos e carimbos:
  
Passaremos pela fase do guache sobre folha de sulfite, quando os abstratos permeavam todas suas obras... A técnica do uso das mãos e rolinhos fica evidente em trabalhos cujos tons são de extrema beleza:

Finalmente, serão mostrados os trabalhos da fase atual da artista. Além das obras com colagens, também veremos os autorretratos e retratos da mamãe e do papai.

O local do evento será a porta da geladeira ou mesmo o armário do quarto.

Não é necessário pagar ingresso. Apenas ter tempo para admirar toda a obra da artista. Ela agora assina suas obras e, assim, poderá também conceder autógrafos.

(Nina Marinho, mãe da artista mundialmente famosa, Mariana)

PS- Mariana adora desenhar, pintar e escrever, seja usando lápis, canetinha, giz de cera, tintas, etc... Guardo seus desenhos, que muitas vezes, ficam mesmo expostos na geladeira ou no quarto. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Isto não!!!

Pular no sofá de montão?
Isto não!

Comer chocolate antes da refeição?
Isto não!

Tomar sorvete bem geladão?
Isto não!

Sair correndo sem dar a mão?
Isto não!

Fazer malcriação?
Isto não!

Deixar de comer arroz e feijão?
Isto não!

À noite fazer barulhão?
Isto não!

Falar de boca cheia e sem educação?
Isto não!

Derrubar alguém com empurrão?
Isto não!

Soltar um pum bem altão?
Isto não!

Jogar água do banho pelo chão?
Isto não!

Riscar a parede com um tração?
Isto não!

Mexer no micro-ondas ou no fogão?
Isto não!

Tantas regras para fazer...
Quem disse que é fácil ser um bebê??


PS 1- Inspirado em um livro chamado “Não faça isso!” de Mick Inkpen, que comprei na época da faculdade e guardei (e Mariana já o "leu" diversas vezes). Eis o texto original, escrito com desenhos que “se abrem” a cada  passar de página:
 “Mostrar a língua com malcriação? Isto não!
Assoar o nariz com barulhão? Isto não!
Coçar os pés no meio do salão? Isto não!
Comer macarrão com a mão? Isto não!
Tirar o calção e ficar peladão? Isto não!
 Mas se você é bebê, vá em frente, pode fazer!!”

(Nina Marinho, mãe da Mariana)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pé com pé, lé com lé

Pensei em várias fotos engraçadas para postar aqui. Encontrei umas hilárias, que me fizeram voltar no tempo e me lembrar das situações. Outras que são engraçadas agora, mas que no momento me fizeram ficar roxa de raiva (aquelas em que a criança se lambuza de chocolate, por exemplo) ou super preocupada (com um galo na cabeça), enfim... que mudaram o tom com o passar do tempo. Eu optei por registrar todas as ocasiões justamente por isso: fazem parte da vida! E como é gostoso lembrar de tudo!

Mas, escolhi duas fotos que acho engraçadas e que mostram o quanto eu e minha filha nos amamos. Através delas, vocês podem ver como nos parecemos. Aqui estão:



Como? Não aparecem nossos rostos? Não dá para ver o quando nos parecemos? Mas a “peruice” está evidente, não ? Isso é hereditário!!!!

(Nina Marinho, mãe da Marianinha - uma mini peruinha, fã de sapatos, como a mãe)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal através dos tempos...


2007
Com quase dois meses, era difícil ela saber o que era Natal, o que dizer, então, de Papai Noel. Mesmo assim, lá foi a mamãe e colocou um gorrinho para comemorar o primeiro Natal.

2008
Ainda não tinha noção do que era Natal, mas já tinha medo daquela figura de roupa vermelha que, apesar de velhinha, não era o vovô nem a vovó. Chegar perto?? Nem pensar!

2009
Já sabia o que era Natal, principalmente porque tinha aquela árvore linda, cheia de luzinhas e coisas fofinhas de se... olhar! Ai, se pegasse uma coisinha só! Mamãe ficaria brava... Mas no final, deixava pegar uma bolinha inquebrável aqui, outro enfeitinho daqui. Papai Noel? Só o de brinquedo porque o do shopping dava medo ainda!!!!

2010
A noção de Natal já estava mais clara, já que ela entendia mais sobre tudo. Descobriu que era época do aniversário de Jesus e era por isso que mamãe colocava um “teatrinho” embaixo da árvore representando seu nascimento. Papai Noel? Não, obrigada. Ele pode trazer o presente que mamãe compra, mas é melhor deixar lá, bem quietinho embaixo da árvore... Nem chegava perto do Papai Noel do shopping... (graças a Deus! Evitamos as filas quilométricas!)

2011
O ano mais legal até agora em relação ao Natal. Ela entende que o Natal é o aniversário de Jesus, sabe que por isso todos nós ganhamos presentes e que os das crianças são entregues pelo Papai Noel – comprados pelo papai e mamãe, é claro. Mas somente aquelas que são boazinhas ganham! A casa está super enfeitada e, se coubessem mais enfeites, colocaríamos... Quando ela vê Papais Noéis em shopping, diz que são homens vestidos de Papai Noel e que, por isso, não tem medo. O de verdade mesmo só vem na noite de Natal, quando todos estão dormindo. Por isso, colocou uma meia natalina pendurada próximo à janela para que ele saiba onde encontrá-la. Combinamos que deixaremos biscoitos e leite para que ele não fique faminto. E ela está prometendo deitar-se cedo na noite do dia 24/12, pois ele só vem se todos estiverem dormindo...

Um Papai Noel foi à escola. Antes de sair, ela me disse que seria mais um homem vestido de Papai Noel. Mas, ao voltar, me garantiu que aquele era o real. Ainda assim, teve coragem de tirar uma foto ao seu lado. Saiu sorridente. Perguntei-lhe se fez o pedido e eis que me responde: “Não, né, mãe!! Eu já tinha escrito e mandado a carta!”.

E eu, que nunca gostei de final de ano, estou começando a gostar. Tudo por causa do espírito natalino!!!!! Que bom é ter Natal com crianças! Quando se é uma ou quando se tem uma (ou mais)...

(Nina Marinho, mãe da Marianinha)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dia das crianças é todo dia


Tentei me lembrar dos quatro Dias das Crianças de minha filha e, confesso, não me lembrei de muita coisa. Não sei se porque é muito próximo do aniversário dela ou se porque não damos tanta importância. Prefiro valorizar o dia-a-dia, as pequenas atitudes, a ter uma data apenas para presentear... 

Obviamente, lembro-me do mais recente, em que ela ficou doente e faltou praticamente a semana toda na escola. Justo na semana em que prepararam tantas surpresas para eles. Ela só foi mesmo no dia das fantasias. E que coisa linda foi ver tantas Minies, Fadas, Bens 10, Homens Aranhas entrando sorridentes e vivendo seus personagens... Fizeram uma super festa, com mesa de guloseimas, teatro e presentinhos. Minha filha saiu de lá feliz, com uma tiara verde de estrelinhas e um cavalinho de madeira como presente. Nem se lembrava mais porque ficara tantos dias sem frequentar a escola. Ainda bem!

E, por conta deste tema da semana, fiquei curiosa sobre a origem do Dias das Crianças e fui pesquisar. Descobri que o Dia Mundial das Crianças é comemorado em 20 de novembro por ter sido a data em que a Declaração do Direitos da Criança foi aprovada. No Brasil, a data é dia 12 de outubro por motivo comercial mesmo. Leiam o que achei no Wikipedia:

Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos no Brasil.

Enfim, comemorar com os filhos é sempre bom. Melhor ainda se for todos os dias!

(Nina Marinho, mãe da Mariana)


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Carta para o futuro

 (Esta carta é para minha filha ler quando ela for mãe também. Só mesmo sendo mãe para se entender outra mãe.)

Querida filha,

Desculpe...
                ... porque não te deixei ver TV até tarde naquele dia;
                ... porque briguei com você para que sua lição fosse feita;
                ... porque ficou de sem computador aquela outra vez;
                ... porque não pôde chegar em casa depois da meia-noite;
                ... porque fui severa demais muitas vezes...
Em todas essas situações e em muitas outras, eu estava preocupada com você. E a gente só se preocupa com quem a gente AMA.

E se você...
                ... disse que eu era bobona;
                ...ficou de mal comigo;
                ... se trancou no quarto e pôs música bem alta;
                ...não falou comigo por dias;
                ...fez cara feia e chorou...
Em todas essas situações e em muitas outras, você estava magoada comigo. E a gente só fica magoada com quem a gente AMA.

Saiba que estas situações aconteceram comigo e sua avó, se repetiram comigo e com você e vão acontecer também com essa nova vida. Só mudam as atrizes e os cenários, mas o roteiro é o mesmo. E, infelizmente, a gente só percebe que havia alguém nos AMANDO demais quando o tempo passa e nos avisa que nosso papel mudou...

Aproveite cada segundo, viva, sorria, chore e, acima de tudo, AME muito. Nem que para isso seja preciso negar muitas coisas. Nem que para isso seja necessário ficar com o coração partido.  Isso é ser mãe.

Um beijo,
Sua mãe.

(por Nina Marinho, mãe da Marianinha)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Teste rápido

Querido leitor,

Tenho certeza de que você pensou que eu já começaria a contar detalhes sobre a primeira roupinha de minha filha, certo? Pois bem, farei de uma forma um pouco diferente: vou propor a você um teste. Qual destas situações realmente aconteceu conosco em relação à roupinha da bebê:

a) Comprei a roupinha assim que soube que estava grávida. Cheguei em casa, mostrei-a ao meu marido e, então, ele descobriu a gravidez;

b) Recebi o resultado confirmando a gravidez, saí correndo, fui a uma loja e comprei uma pilha de roupinhas. Todas de cores neutras, obviamente, pois não sabia o sexo;

c) Minha filha teve “duas primeiras” roupinhas: minha cunhada teve a ideia de ser a primeira a comprar uma roupinha para a bebê, mas minha mãe a copiou e comprou também. Resultado: duas primeiras roupinhas.

d) Quem primeiro comprou um macacãozinho foi meu marido. Ele soube da notícia da gravidez por telefone e, ao voltar do trabalho, passou em uma loja e nos trouxe o presente;

e) Minha sogra nos fez uma surpresa e comprou um macacãozinho. Fomos almoçar na casa dela num domingo e, ao chegar, nos deparamos com o mimo.

E então, qual é sua aposta?
...
...
...


Pois se você respondeu a letra “C”, acertou...

Marianinha tem duas primeiras roupinhas, vamos dizer assim... Para evitar brigas, considero que tanto minha cunhada quanto minha mãe foram as primeiras a comprar roupinhas para minha filha... Sabe aquele conflito entre sogra e nora? Pois bem, não quis entrar no meio e prefiro me lembrar deste momento assim.

Sorte da bebê, que ganhou dois presentes antes mesmo de nascer... 

(Nina Marinho, mãe da Marianinha)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Foto em preto e branco


A primeira vez que te vi, você nem tinha olhinhos ainda, mas já tinha coração, que batia forte, num ritmo mais rápido do que a mamãe emocionada.

No começo, eu não entendia aquela foto: tudo preto e uns pontinhos brancos. Depois, descobri que aquele pontinho maior que pulsava, pulsava, pulsava... era você.

Os médicos te compararam a um grão de arroz. Então, eu passei a observar os grãos de arroz. Não tinha muita noção espacial e isso me fazia entender qual era seu tamanho. Mas todos acham que eu era meio boba, de ficar parada admirando meu prato. O que me importava? Contanto que me lembrasse da sua primeira foto!

Não sabíamos se você era menina ou menino e isso nem importava. Você existia e isso bastava.  Claro que ficávamos curiosos para saber como seriam seu rosto, seus cabelos, seu corpinho.
                
Decorei sua foto de tanto olhá-la. Era difícil crer que aquilo era uma foto de dentro de mim. Uma foto sua dentro de mim.

E, assim, a cada sessão fotográfica, digo, a cada ultrassonografia, te ver ficava mais emocionante. Tinha direito a videozinhos, com movimentos de mãozinhas e chutes na mamãe.
                
Quando você saiu da sua casinha confortável e, finalmente, nos olhamos olhos nos olhos, veio a primeira foto “oficial”. Não foi o papai que a tirou, porque ele preferiu te abraçar e guardar aqueles momentos todos no coração. Até hoje ele conta vantagem de que foi o 1º. A te segurar e beijar... Foi o moço do hospital que registrou suas primeiras carinhas e postou no site.  Todos os amigos ganharam uma senha para te ver online. Mundo moderno.
                
Ao chegar no quarto e reencontrar com a mamãe e o papai, foi o tio-coruja que registrou suas primeiras imagens. Sabe aquela que temos na geladeira, em que você está toda enrugadinha, de macacãozinho rosa (hoje sua cor favorita)? Pois bem, foi uma das suas primeiras.
                
E hoje, olhando pra você, relembro como era emocionante e, ao mesmo tempo angustiante, te ver pelos olhos dos aparelhos. Que bom que posso abraçá-la e tirar muitas fotos “ao vivo”!  Que bom relembrar e contar tudo isso pra você!

(Nina Marinho, mãe da Mariana)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Na-na-ni-na-não


Lembro-me que quando soube que estava esperando uma menina, brinquei com meu marido:

- Bom, pelo menos ela irá bem na escola (mexendo naquele estereótipo de que as meninas são mais dedicadas aos estudos).

E eis que ouço do meu marido:

- É, mas ela vai sofrer para tirar carteira de motorista. (reforçando a fama feminina de que somos más motoristas)

Claro que saber que o bebê era menina, me trouxe outras reflexões, além de pensar sobre estudos e direção, como imaginar que um dia ela também irá namorar, casar, ter filhos...

Dá um frio enorme na barriga pensar que os filhos crescem e, assim como nós, formarão suas famílias e darão continuidade à vida.

Confesso que não penso muito nesta questão de namoro ainda em  relação à minha filha. Acho muitíssimo cedo, até para brincar... Sabe aquela fase da infância que o sexo oposto é mesmo o oposto e a gente quer mais é ganhar deles, ser melhores que eles? Pois minha filha está neste estágio.

Sei que muitas pessoas que estão lendo irão discordar de mim, mas na minha opinião, tudo está tão acelerado nos dias atuais! Ainda me espanto ao ver meninas de 11 anos já dizerem que têm “ex-namorados”... A infância é a fase mais linda da vida e antecipar as coisas não faz bem. 

(Nina Marinho, mãe da Marianinha)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Flashback de mim mesma

Desde que minha filha nasceu, muitas pessoas dizem que é a cara do pai. Eu mesma me conformo e já fiz até um post aqui dizendo isso. Acho isso até legal e bonitinho.  Já risquei, portanto, o item “Parecer fisicamente comigo” da lista do “Nisso ela puxou a mim.”

Conforme ela foi crescendo, minha mãe, que ajuda a cuidar dela, sempre me dizia que se ela fosse filha do meu irmão, não se pareceria tanto: dorme tranquila, brinca quietinha, gosta das mesmas comidas que ele e tem até os mesmos trejeitos. Eu, quando bebê, chorei noites a fio, era inquieta e era enjoada com a comida. Outro item a ser riscado: “Ter os mesmos hábitos”

Mas, num belo dia, percebi que ela tinha algo a ver comigo. Chegou a hora do banho. Quem é mãe sabe do martírio que é levar a criança ao banho – nunca querem. E depois, quando já estão no banho, não querem sair. Acho que é uma questão de honra “ser do contra”.

Enfim, estava tentando fazê-la entrar na banheira, mas ela estava reticente.  Faltavam só as meias, mas ela insistia em querer sair correndo. Muito enérgica, chamei-a e exigi que tirasse as meias e entrasse na banheira. E então, ela muito brava, com a cara fechada, tirou as meias e as colocou de maneira forte em minhas mãos, quase as jogando. Uma delas caiu longe de nós. Ainda severa, pedi que pegasse e me entregasse. Ela saiu pisando duro, pegou a meia e colocou-a na minha mão. Virou-se, entrou na banheira e ficou de cara amarrada. 

Aquilo foi um flashback de mim mesma! Era como se eu saísse do meu corpo e visse a mesma cena com minha mãe e eu. Estava certa: os "chiliquinhos" eram todos meus!

Confesso que segurei o riso porque ela ficou uma graça bravinha! Mas que foi emocionante ver traços meus nela, foi. Ainda que eu continue sofrendo para domá-los ou que pague os pecados por ter sido assim com minha mãe! Vale o aprendizado! 

(Nina Marinho, mãe-chiliquenta da Mariana, mini-chiliquentinha)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ligados no cordão...

Ficamos ligados ao cordão antes mesmo da nossa filha nascer...

O cordão umbilical já começou a me deixar apreensiva na últimas semanas de gestação. Gostaria muito de ter tido parto normal, mas lá para a 38ª semana, vimos que o bendito cordão estava enrolado no pescoço da bebê. Foi necessário, portanto, marcar a data de uma cesariana. A médica até tentou me acalmar, dizendo que isso era comum, que os bebês se movimentavam muito e que certamente o cordão não seria um problema tão grave.

E assim, ela nasceu e quando achava que o cordão deixaria de ser um problema, eis que o umbiguinho passou a ser minha preocupação. Não que tenha acontecido qualquer problema com ele. Muito pelo contrário – estava bem, mas custei a entender que a bebê não sentia dor quando o limpávamos. Por mais que eu tivesse a consciência disso, parecia que era algo dolorido. Coisas de mãe de primeira viagem.

Simultaneamente a essa ideia de dor, me batia aquela de que o umbigo poderia ficar feio. E o tanto de receitas que eu ouvi? Colocar moedas, faixas – coisas que a crendice popular vai perpetuando. Não as segui, claro, mas cuidei direitinho do umbigo da minha filha. E, felizmente, ele ficou uma gracinha.

 (Nina Marinho, mãe da Mariana
 - que se amarra num cordão umbilical - piadinha infame!)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Entre raios, relâmpagos e trovões



Era um dia comum, com sol e muito calor.

O bebê, uma menina de cerca de 6 meses, brincava com seus bichinhos de borracha. Havia algo mais delicioso do que colocá-los na boca e mordê-los e babá-los e deixá-los cair e pegá-los e apertá-los?

A mãe, alguém ainda em aprendizado do seu ofício materno, apenas observava e se encantava com a cena.

Às vezes, havia um resmunguinho aqui, uma risadinha acolá, mas tudo seguia bem.

Eis que chegou a amiga de todas as tardes, a sonequinha. A mãe, sempre exercitando as orientações recebidas da avó, preparou o alimento – uma apetitosa mamadeira, trocou a fralda, arrumou o berço e deixou em alerta os bichinhos de dormir.

O bebê mamou, ainda que não se decidisse se dormir ou se alimentar. Os olhos pesados,  insistiam em fechar... Ao fim da luta contra o sono, a criança perdeu e se rendeu.

A cena de tranquilidade só mudou quando as primeiras nuvens surgiram. Com elas, veio também o vento.  Uma tempestade se anunciava, talvez trazida pelo calor intenso.

Em alguns minutos, o cenário de luzes e cores transformou-se: nuvens escuras, vento intenso, portas batendo, cortinas voando, trovões, raios e relâmpagos... E chuva, chuva, chuva...

A mãe fechou as janelas, aconchegou a criança no berço e ficou à espreita. Embalada pelo doce dormir da filha, viajava nos pensamentos e tentava fugir dos sons daquele temporal.

De repente, um forte trovão quebrou o sono do bebê. Ela se assustou e ficou aos prantos. No reflexo maternal, a mãe tomou-a nos braços e colocou-a no peito, do lado de seu coração.

Mãe e filha escutaram o mesmo som: a criança, um som familiar, que a acompanhou por 40 longas semanas  e lhe fazia acalmar; a mãe, o próprio coração, lhe dizendo que aquele ser confiaria eternamente nela.

Então, os papéis inverteram-se: a filha, amparada pela mãe, sentindo-se protegida, parou de chorar. A mãe, debulhando-se em lágrimas, percebeu que era mãe - e isto bastava para a vida inteira.

A criança voltou a dormir e, tempos depois, a chuva cessou. Mas aquele momento não. Ficou gravado para sempre na memória, inesquecível.

 (Por Nina Marinho, mãe da Marianinha)

PS- Resolvi contar essa história porque foi nesse momento que me dei conta de que aquele serzinho se sentia seguro comigo. Eu era quem lhe confortava. Acho que foi quando percebi que deixei de pedir segurança para dar segurança. Foi o “clic” que faltava para eu entender o que é ser mãe.