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domingo, 12 de junho de 2016

Quem nunca???

Quem nunca sofreu um episódio pirracento de uma criança que atire o primeiro chinelo!! Faz parte!!
O que diferencia é a intensidade da birra, da criança e da olhada dos pais – ou não. Não me lembro de um “momento vexame” desses que nos fazem querer cair em um buraco ou parar o tempo para os outros só para dar aquele grito de "chega", capaz de estremecer tudo ao redor, mas me lembro de um fato, complicado, por sinal, ocorrido quando a Bia tinha uns seis ou sete anos.

Sempre trabalhei muito e ela ficava com uma babá. Um dia, saí para trabalhar e ela teve uma crise, parecia enlouquecida,  jogou o chinelo no espelho que ficava no corredor. Devo confessar que ela levou umas chineladas quando eu cheguei e vi o espelho quebrado. Imagina, se ela se machuca ou aos outros?!?

Já o Fillipe, seu problema é sua mania de responder. Houve uma vez em que ele queria algo, não me recordo bem, e eu disse não. Ele ficou me respondendo na frente das pessoas e eu  me controlando para não lhe dar uns tabefes ali mesmo, na frente de todo mundo. Fui pra casa bufando e, assim que chegamos, o tempo fechou. Nunca mais ele me respondeu na frente de ninguém.

Criar filho é muito difícil. Olhamos ao redor e sempre achamos que as crianças dos outros é que são mal-educadas, chatas e respondonas. Quando acontece conosco é que a ficha cai. A verdade é que filhos não vêm com manual e de vez em quando nos surpreendem, nem sempre de forma agradável. Faz parte mesmo!!!


(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe) 

domingo, 8 de maio de 2016

Pra sempre bebês

Até pensei em escrever – inclusive comecei – sobre o fato de os filhos serem sempre nossos bebês. E, hoje, dia das mães, que para mim deveria ser todo dia, me lembrei de um poema de Carlos Drummond sobre as mães que, em uma festinha de criança, eu deveria ter uns nove anos, uma colega leu para as mães. E a mensagem ficou registrada em meu coração, até hoje. Acho que ele encerra bem a homenagem e o fato de que nossos filhos serão para sempre “pequeninos feito grãos de milho”.

Feliz Dia das Mães!!!!!


Para Sempre

Por que Deus permite
Que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite
É tempo sem hora
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba
Veludo escondido
Na pele enrugada
Água pura, ar puro
Puro pensamento
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio
Mãe, na sua graça
É eternidade
Por que Deus se lembra
- Mistério profundo -
De tirá-la um dia?
Fosse eu rei do mundo
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora
Será pequenino
Feito grão de milho
(Carlos Drummond de Andrade)
(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

sábado, 16 de abril de 2016

Posso escolher???

Normal ou cesárea?? É para escolher?? Pode ser assim?? Durmo em um dia e no outro já estou com o bebê nos braços, como se fosse mágica??
Passei pelas duas experiências. E, se fosse hoje, escolheria ter parto normal, apesar de toda dor e agonia, pois a recuperação é bem mais rápida.

Mas acho que isso, no fundo, pouca importa. Normal, mesmo, é depois, antes mesmo de poder segurar, olhar a carinha daquele e daquela por quem esperamos nove longos, longos, longos meses. É poder sentir sua pele, seu calor. Ouvir seu chorinho ainda curto e sussurrar palavras de amor. É saber que a vida nunca mais será a mesma, pois um novo sentido acaba de nascer.

No momento em que nos vemos com a criaturinha tão esperada ansiosamente, toda a dor desaparece e outras ansiedades começam a surgir. Então... Pode! Pode ser assim: você dorme e no outro dia seu bebê está nos seus braços e a mágica simplesmente acontece.


 (Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

sábado, 9 de abril de 2016

Adeus...

Primeiro dia de aula. Passei pela mesma experiência traumatizante duas vezes!!!
É engraçado como sempre criamos expectativas pra tudo. Primeira mamada, primeira olhada, primeira fralda, primeiro sorriso, primeira palavra. Não necessariamente nesta ordem.

Então, fiquei ansiosa pelo primeiro dia de aula...

Com a Bia, chegamos à porta da escola e ela sorrindo me deu adeus e foi, simplesmente foi...

Alguns anos depois foi o Fillipe, que fez a mesma coisa da irmã, com um detalhe: nem me deu adeus, saiu correndo e nem olhou pra trás...

Nossa, foi o fim. Meus filhos não choraram, não fizeram escândalo, não pediram pra ir embora. Nada!!! Que decepção!!! Porque, no fundo, desejamos que eles chorem para nos sentirmos amadas e poderosas. No fundo, é duro perceber que eles estão crescendo e, este dia, é a primeira tesourada no umbigo rumo ao crescimento.

Pensando nisso, agora, fico imaginando a minha cara na porta da escola...
Ainda bem que as outras mães estavam vivenciando a mesma coisa e, acho, ninguém reparou.


 (Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Mentirinha, mentirão

Escrever está sendo um verdadeiro exercício de memória! Estou constatando que a minha não vai lá muito bem... A cada tema um desafio!


Mentiras... Quem não as viveu???
Mentimos muito, embora não queiramos admitir nunca. Mentimos até para nós mesmos em muitos momentos para sobreviver a situações complicadas. Mas perceber isso em nossos filhos é bem difícil.

Não me lembro de pequenas mentiras das crianças. Alguns exercícios sem fazer, louças quebradas, doces que somem da geladeira, a garrafa de suco vazia, coisas assim. Quando são pequenas, elas mentem pela ingenuidade, pelo medo do castigo. Quando crescem, as mentiras passam a “fazer parte” e, então, essas, sim, magoam. Algumas doem tanto que ficam como marcas... Cicatrizes que o tempo torna mais finas, mas que ficam lá, e, por mais que o amor seja infinito, elas nos recordam de que até aqueles que amamos vão nos magoar...

Porque a vida é assim: Imperfeita em toda a sua plenitude.


(Carmem Lúcia  - mãe da Bia e do Fillipe)

sábado, 26 de março de 2016

Mico??? Eu???

Nossa!!! Acho que, de todos, este está sendo meu texto mais difícil, porque parece que deletei de minha memória qualquer vestígio de vergonha que eu já tenha passado como mãe.

Já pensei em várias situações, mas não me vejo em uma dessas cenas absurdas que nos fazem corar só de lembrar.

Meu Deus, sobre o que vou escrever??

Não pensem que sou a perfeição em forma de mãe. Acabei de lembrar um fato lamentável no meu currículo...

A Bia devia ter uns quatro anos e vivia atrás de mim pelos cantos da casa. Queria ficar o tempo todo comigo. Morávamos na Vila em São Pedro, na época. Era noite e todos estavam na sala. Entrei no banheiro e percebi que a tampa do vaso sanitário estava toda suja e molhada. Então comecei a reclamar, a falar que haviam sujado o banheiro todo e limpei tudo.

Mais tarde, entrei no banheiro de novo e desta vez a Bia foi atrás de mim, percebi que a tampa do banheiro estava suja e já ia começar a reclamar, quando vi, no canto, um rato enoooorrrrrmeeee. Quase morri, saí de lá como uma louca gritando e esqueci a Bia no banheiro. Ela, sem saber o que fazer, subiu em uma balança e ficou parada.

Que susto, larguei a menina no banheiro com o rato, fiz o maior escândalo e meu marido ainda brigou comigo por causa dos meus gritos “desnecessários”. Fiquei um bom tempo me sentindo a pior mãe do mundo...

Hoje, damos boas risadas por causa disso.
(Carmem Lúcia Macedo - mãe da Bia e do Fillipe)

sábado, 12 de março de 2016

Momentos juntos!

PASSEAR... 

Difícil escolher o melhor passeio. Pensando nisso, vejo que temos ótimas recordações juntos. Pedacinhos de carinhos que tornam os dias mais ternos. 

Com a vida tão corrida, falta tempo até para ficarmos juntos. Então, todo ano, acho sagrado que tiremos férias. Sempre viajamos. É nesse breve espaço de tempo que reforçamos nossos laços. Curtimos uns aos outros e já sinto saudade de um tempo que virá em que, já grandes, nem a Bia nem o Fillipe estarão disponíveis e viajaremos sós. Mas enquanto posso, vou curtindo cada passeio, cada viagem, cada instante.

Fora isso, resta-me comemorar os pequenos momentos, entre um trabalho e outro, para ficarmos juntos. Já fico feliz em poder, na hora do almoço, durante a semana, compartilhar nem que seja meia hora e assistir a alguns desenhos chatos só para ficar ali, junto, e voltar com um sorriso de um dos dois e levar nos ouvidos um “até logo, mãe, eu te amo”.


(Carmem Lúcia Macedo - mãe da Bia e do Fillipe)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O que me faz falta


Não sei dizer bem do que mais eu sinto falta, pois são muitos os momentos em que me pego lembrando de alguma coisa que passou. Uma arte, um chorinho, um sorriso com dentes faltando...

Porém, também percebo que muitas lembranças vão ficando distantes, pois são a todo tempo substituídas por novas lembranças. O rostinho infantil vira um rosto adolescente e nem nos damos conta do quão rápido isso aconteceu.

Pra cada filho, uma saudade.

Minha filha Beatriz, quando pequena, vivia me abraçando, atrás de mim pelos cantos, querendo brincar. E, hoje com 17 anos, já não quer mais brincar, mas quer conversar. Dela sinto falta dos cachinhos louros, das bochechas rosas e de quando ela me dizia, quando eu chegava cansada do trabalho, “mãe, estou com uma pena de você” e seus olhinhos me abraçavam com amor.

Já meu filho, corria para mamar. Não perdia uma chance de se deitar no meu colo e puxar meus cabelos. Vivia correndo pela casa. Para que ele ficasse quieto, íamos assistir a vários desenhos. Eu era especialista em Power Rangers. Mas diferente dela, hoje com 11 anos, ainda vive puxando meus cabelos e ainda é muito carinhoso.

O mais difícil, ao pensar nisso, é constatar que muitas lembranças ficam distantes e são eles que nos lembram certas coisas. "Lembra, mãe?" "Tinha me esquecido, filho(a)"...

Quando se vive sempre com os filhos, sejam eles pequenos ou grandes, não dá para ficar pensando naquilo de que se sente falta. Sempre há momentos para se viver e o que realmente vale a pena guardar são seus sorrisos invariavelmente lindos.

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Felipe)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Muitos sorrisos

Fotos são registros de nossos melhores momentos. Gostamos de recordar  tudo o que vivemos, exibir nossa felicidade, esbanjar nossa alegria, ainda que, às vezes, pareçamos um tanto esquisitos naquela foto com a boca aberta, os olhos fechados, o cabelo em pé, um intruso que passou bem na hora da melhor pose...

Porém, quando olhamos nossos filhos, eternizados em suas etapas, numa fotografia, sempre achamos que eles estão lindos e perfeitos.

Por que não?? São eles nossos projetos melhorados. E nos reconhecemos neles, no sorriso, no olhar, até na careta e - nos olhos fechados -.

Meus filhos sempre foram muito fotogênicos, suas fotos ficam perfeitas, sabe, eu caprichei na produção (rsrsrs) . Não reparem em meu momento coruja. É só uma constatação!

Meu filho ainda é pequeno, não gosta muito de posar, agora ele quer é nos fotografar, ou, sua nova mania, fazer vídeos esquisitos nos quais aparecem pedaços de cabeça, de pés, de garganta e coisas tremidas. Ele se diverte. Já a Bia faz mil poses, no espelho, fazendo bico, mandando beijo, em todos os ângulos, como se estivesse tentando achar uma outra Bia.

É engraçado. Vou colocar aqui uma das fotos recentes em que os dois aparecem juntinhos, como dois anjinhos, que são.


(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Rir ou Brigar?????

Travessuras!!! Não posso dizer que meus filhos foram - ou são - "o terror". Até que sempre foram calmos, o tanto que uma criança pode ser - rsrsrs.
Mas me lembro de algumas coisas que, mais que artes, foram engraçadas.

A Bia era uma menininha muito calma, ficava brincando sentadinha o tempo todo ou dançando as músicas de um CD de Sandy e Júnior, ela adorava. Porém, é claro, uma vez ou outra aprontava na surdina. Tínhamos um vídeo-cassete - é! ainda existia isso - e um belo dia ele parou de funcionar. Meu marido foi abrir e eis que surgem vários objetos entre pentes e pilhas. Tivemos de rir.

Já o Lipe era mais espoleta, vivia correndo, mexendo nas coisas. Sua arte mais hilária foi a de achar que meu batom vermelho - usado só em ocasiões especiais - era para pintar a cara toda e o guarda- roupa. Quase morri do coração. Jamais esquecerei aquela carinha sorridente olhando para mim.

Filhos são explosões de felicidade nos momentos mais imprevisíveis. E são desses detalhes, iremos recordar sempre e sempre...


(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Lipe)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vamos viajar!!!

A primeira viagem de meus filhos foi para o Rio, para a cada da minha mãe. Minha família é de lá e vim para São Pedro quando a Bia tinha 9 meses, mas antes disso meu marido veio e vínhamos visitá-lo até chegar o momento da mudança.

Por isso vou falar da viagem que  considero mais real, de férias, fomos para o Nordeste de carro, mais especificamente para o Ceará. Uma verdadeira aventura.

No início fiquei cheia de apreensões, pois o Fillipe era pequeno, tinha 4 anos e, enfim, encarar a estrada desconhecida de carro, por três dias, não me parecia uma coisa muito agradável. Porém, foi a melhor viagem que fiz na vida, inesquecível, Lipe dormiu muito e não deu trabalho, minha filha é muito tranquila também. Foi divertidíssimo, a melhor parte da viagem foi a estrada, conhecer lugares diferentes, pessoas e hábitos. Sem falar na proximidade, somos obrigados a dividir um espaço apertado, fazer tudo junto. Só nos aproximou ainda mais.

Agora, ficamos o ano inteiro aguardando as férias para poder embarcar em novas aventuras. A deste ano foi para Goiás.

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Lipe)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Muito mais que bichinhos

Amigo de estimação. Sempre tive um. Puxando de minhas memórias, posso dizer que a vida toda havia um cachorro para fazer companhia. Então, depois que casei, eles continuam fazendo parte da minha história, agora compartilhada com meus filhos. Temos dois cachorros, um casal, que são terríveis. Até hoje, cavam buracos pelo quintal, fazendo surgir os canos.

Primeiro chegou a Filha, há alguns anos, embora seja doberman, é um doce. Depois veio a pretinha, uma poodle, que ficava na porta da cozinha e me seguia pelo quintal, mas que fugiu na primeira oportunidade. Sinto sua falta. Aí surgiu o macho, Sheik, uma bola de pelos, meio vira-lata com cara de lobo, e como todo macho faz xixi em todas as plantas.

Mas como não dizer que eles completam a família nesta forma de amor tão sincera e despretensiosa?
Como não amá-los ou querê-los?

(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Simplesmente registros


Cartinha para o Papai Noel. Meus filhos nunca tiveram esses devaneios de ganhar presente de um bom velhinho que viria na noite de natal todo vestido de vermelho.

Quando bem pequenos, era possível fingir que também acreditávamos e eles correspondiam com a imensa lista de solicitações. Mas cartinhas mesmo, não me lembro de muitas. Apesar de eles escreverem muito - lindas cartinhas de amor para nós.

As crianças crescem rápido, e a inocência se perde nas propagandas da TV. Elas aprendem logo que é para o pai que devem escrever e pedir aquele brinquedo ou novidade eletrônica da moda.

Procurando em meus guardados, achei esta cartinha que o Fillipe fez na escola, ainda na alfabetização, que - é claro - achei linda e guardei. E agora compartilho aqui com vocês. Pena que não encontrei uma da Bia também, mas creio que ela agora - adolescente - iria morrer se visse um texto parecido postado na Internet.

FELIZ NATAL!!!

Que o Bom velhinho traga muitos presentes e Jesus muita felicidade.

(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Escolha do pediatra

Quando decidimos, ou simplesmente acontece a maternidade, não imaginamos o tanto de escolhas que teremos de fazer a partir de então. São muitas situações difíceis, atitudes que agora interferem na vida de alguém que depende de nós para tudo. Quantas dúvidas!!!

A procura pelo pediatra também é assim. É ele que vai nos acalmar diante do desespero de ver um filho doente e da nossa sensação de impotência.

Que vai nos dizer o quanto estamos superprotegendo ou não. Que tipo de alimento devemos ou não acrescentar à dieta. Que aquele resfriadinho não é uma pneumonia. Que estamos paranoicas ou coisas do tipo. E que no final tudo passa. Só o carinho e a gratidão pelo profissional ficam.

Por isso, encontrar um pediatra verdadeiro é tão importante. Se você tem ou teve o seu, agradeça, pois neste mundo caótico e carente de relações humanas e de profissionalismo  que está, pouco a pouco, destruindo esses médicos, você encontrou um que ainda se preocupa e faz a "diferença".

(Carmem Lúia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como enlouquecer a mãe

Detesto quando...


São tantas coisas que irritam, que nem sei por onde começar. Mas, vejamos, minha filha adolescente (13 anos) adooooora deixar o quarto naquele estado, a roupa embolada no cesto. Irrito-me profundamente com sua nota de Português, parece que sou incompetente. Com seu jeito de falar e de gostar de coisas tão estranhas para mim, às vezes, estranhas até demais.
Meu filho (com 7 anos) já não me irrita tanto. Por enquanto (risos). Mas ainda assim, faz algumas coisinhas... A mão suja na geladeira, o suco derramado em cima da mesa, os brinquedos espalhados na sala.
E quando os dois acham que podem me atormentar e começam a brigar??? Quase enlouqueço...
Quanta bobagem... O que são tantos e pequenos momentos de irritação perto do tanto de amor e felicidade que eles me fazem sentir e me dão.
(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Adoro quando...

São tantas coisas que adoramos em nossos filhos que escolher um momento ou outro parece complicado, mas, com certeza, temos guardado aquele instante de aconchego que se repete e fica na memória como a embalar nosso dia.


Minha filha - como tenho saudade, pois ela não faz mais isso- guardo seus primeiros aninhos. Ela dormia em sua caminha ao lado da nossa e sempre segurava minha mão até adormecer.

Já meu filho, quando bebê,  mamava puxando e cheirando meus cabelos. Até hoje quando ao sair para trabalhar vou dar-lhe um beijo, ele automaticamente ergue a mão e agarra meu cabelo.  

Que graça, veio-me a sensação que, assim como a Bia, ele logo não fará mais isso. E já sinto saudade...

São tantos os momentos que gostaria de guardar... Tantas lembranças... Pedacinhos do céu vivenciados com a maternidade.

"Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. O pouco é muito pra mim. O simples é tudo que cabe nos meus dias. E quem se arrebenta de tanto existir, vive pra esbanjar sorrisos e flashes de eternidade."  (Caio Fernando Abreu)

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pediatria


Eu não tive dúvidas em escolher o primeiro pediatra de meus filhos.
Sabe aquele médico da família??? Aquele que  não vemos mais???
Eu tive a sorte de conhecer um. Grande médico!!! Cuidou da minha filha, como tratou de mim e de todos da minha família, mas que, infelizmente, já não se encontra entre nós. Então aproveito o espaço para fazer uma homenagem a ele e a todos os grandes médicos que ainda persistem e nos auxiliam em momentos tão difíceis como o de ver nossos filhos doentes.


Poema do Pediatra
 Oh! Fazer sempre o bem
Sobretudo a quem
ainda não encontrou
a justa senda

Tratar
Sim, tratar dos pequenos
dos pobres
e dos desvalidos

Porque são mudos
não gritam
não têm voz

E com essa concessão
divina
Entender os gestos
as dores

A tristeza de depender
e desgraçadamente
não ter
braços estendidos

Celeste procuração
Inscrita nos cartórios
da alma.
Doa-me a mim antes
Pois tenho o dom
da fala

E quando segurar
Tomar as medidas
e pesar
os pequeninos
Muito antes
em remoto compromisso
espiritual
Talvez há séculos
dos séculos
quem sabe

Eu já tenha
Sido pesado
e medido
pelo Pai
Celestial!

(Luiz Tyller)
(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Filipe)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pura magia


Momentos mágicos...

Difícil encontrar apenas um momento mágico, mas, aos poucos, vamos passando um filme - clássico para todas nós - e conseguimos decidir sim aquele que foi o momento mais memorável, mais revelador dessa magia que é ser mãe.

Da minha filha Bia - hoje adolescente e aborrescente - guardo uma festinha de dia das mães na escola, aquele pitoquinho de gente, no canto da sala, cantando e olhando para mim, oferecendo-me esta música:

Velha infância

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

(Tribalistas)

Do meu filho, também guardo um desses dias maravilhosos na escola e, ele, lá em cima do palco, me procurando e, quando me viu no meio das outras mães, seus olhinhos brilharam e ele todo orgulhoso falou pros outros coleguinhas "- Ali a minha mãe" e ficou dando tchau e cantando a música sem parar de me olhar. Foi lindo.

Não preciso dizer que em ambos os dias me acabei em lágrimas, tanto me emocionei que ainda hoje ao lembrar destes pedaços de felicidade me vejo chorando outra vez.

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É só o começo...



Confesso que, às vezes, parece-me bem difícil postar, pois difícil é traduzir em palavras tantas emoções. Como descrever a emoção de ver o rosto do seu bebê pela primeira vez assim que ele sai de você, ainda sujo? Como descrever o primeiro contato? Como falar do primeiro aconchego? Como colocar em verbos o que sentimos na alma quando chegamos a casa agarradas - porque ninguém ouse pegá-lo de nossas mãos neste momento - com nosso presente? Apresentá-lo sorridente a todos os cantos da casa e ele, muitas vezes dormindo, responde, com suavidade, que reconhece o lugar onde esteve junto com você o tempo todo. Cúmplice na sua felicidade.

É engraçado, mas só percebemos a responsabilidade, a mudança nas nossas vidas na chegada. Quando colocamos nosso bebezinho no berço. É nesta hora que o percebemos verdadeiramente nosso.

É na chegada que temos nosso ponto de partida.
QUANDO EU NASCI
Quando eu nasci
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais ...
Somente,
esquecida das dores
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém ...

Para que o dia fosse enorme
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos da minha Mãe ...

(Sebastião da Gama)

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quem verdadeiramente aprende???


Aprendi...

Com meus filhos aprendi
Que ter paciência  é saber esperar...

Esperar que o momento passe, que a hora chegue
Que o dia acabe, que anoiteça.
Que o sol não nasça de ponta cabeça.
Que a escola não ligue, que o retorno aconteça.
Que o sorvete derreta e o leite não ferva.

Que o trabalho seja pouco e alegria imensa.
Que o sorriso seja longo e a lágrima pequena.
Que a vida nunca acabe,
Simplesmente reconheça:

Que o tempo é de todos,
e a "liberdade pequena".
Que o amor é infinito,
e a maternidade serena.

E assim vamos nesta vida que é puro aprendizado.

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Fillipe)