quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

De braços abertos!



À medida em que os anos passam, sinto que esse trajeto é cada vez mais rápido: parece que  foi ontem a virada do ano e já estamos cá outra vez finalizando um ciclo de 365 dias consecutivos.  A passagem de um ano a outro é celebrada com alegria e esperança, renovação de objetivos  e grandes reflexões sobre o que deixou de acontecer ou como deveria ter sido feito.  Acreditamos que outra chance nos é oferecida e dela faremos o que nos convém; as alterações dependem, principalmente, do rumo que daremos aos fatos e também de como reagiremos diante de inevitáveis situações proporcionadas por outrem.

Incrível como um simples “Sim” ou um “Não” têm a força para definir nosso destino e dar aquele impulso que faltava: tanto para subirmos mais um degrau, quanto para despencarmos até o zero. Não creio que alguém, em sua sã consciência, prefira a 2ª opção. Nossa fome e sede de luta buscam vitórias e não derrotas, afinal quem não prefere os regozijos às lamúrias? (Ah, se nossa bola de cristal não tivesse visão limitada...!

Demos o “sim” à maternidade; à profissão; às amizades, aos elementos básicos que  norteiam nossa sobrevivência; a tudo que, de alguma forma,  nos apetece.  Usamos o “não”, geralmente, quando o favorecido é o outro, porque não desejamos eliminar as oportunidades a que temos direito e muito menos permitir que alguém nos prejudique.

Entretanto, nem tudo depende desses monossílabos adverbiais. E a partir da incerteza trazida pelo futuro, buscamos  apoio e patrocínio com o Ser Superior, o Criador de todas as coisas,  Aquele que tudo pode, pois somos pequenas células em constante fase de evolução e amadurecimento e acreditamos ser dignos dos itens que, possivelmente, podem constar em uma suposta  modesta lista de solicitações:

Pedimos saúde, mas ingerimos alimentos inadequados; 
coragem, mas reclamamos de levantar cedo ou de ter que trabalhar; 
força, mas desistimos quando esbarramos nos obstáculos;
 , mas geralmente só lembramos de  Deus nos momentos difíceis;
caridade, mas os olhos estão voltados ao próprio umbigo;
sabedoria, mas não aprendemos com os erros;
discernimento, mas agimos por impulso;
felicidade, mas vivemos em função do que não temos e esquecemos as dádivas;
 vida longa, mas perdemos muito tempo  à toa;
tempo bom, mas  reclamamos  do sol e da chuva;
 paz, mas  insultamos, gritamos, até agredimos e não consideramos os argumentos alheios;
otimismo, mas enfatizamos mais as perdas que os ganhos; 
alegria, mas facilmente ficamos de mau humor.
paciência, mas não sabemos esperar;
amor, mas nem sempre valorizamos quem está próximo;
esperança, mas dificultamos as possibilidades de mudanças...
outros...

É tão fácil pedir, já que Ele tem o poder. Porém, hoje, a gratidão  predomina e direciona as palavras. Ao invés de listar algumas solicitações, quero realçar que sou grata a Deus por acompanhar e  me atender nessas (mais de) cinco décadas e permitir que eu construa a minha história linda, a partir das lembranças do passado, da valorização do presente e confiança  no futuro. Que venha 2017!! Receberemos de braços abertos!!
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                                      (Zizi Cassemiro – mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)

Um comentário:

  1. Que lindo Zizi! Sinto-me grata por ter convivido o ano todo com seus maravilhosos textos, cheio de lindas e encantadoras histórias, além da perfeição na escrita! Todos os textos no capricho! Amei! Que a sua história continue linda, que os pedidos venham de dentro do coração, que vocês vivam um 2017 cheio de puro amor, que novas histórias aconteçam com muito carinho e muito amor!!! Só tenho a agradecer por ter compartilhado tantas emoções com a gente! Bjos

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