Ele mandou eu escolher este daaaqui:

"Meu filho vai ter...

Nome de arcanjo...

Quero o nome mais bonito..."

É plagiando Legião Urbana, com as devidas adaptações, que inicio em mim uma espécie de peregrinação em busca do nome escolhido... (risos)

É impressionante como os nossos gostos e preferências mudam!!! Com os meus 18 anos eu já tinha inquestionavelmente nomes escolhidos para filhos: Lara e Luca. Depois fui achando uma overdose de Lara e meio que desgostei do nome, pra filha, e acrescentei uma letra a mais: Clara. Um ex-namorado meu teve filho primeiro e acabou usando Lucas, por pura provocação, já que nunca morreu de amores pelo nome, sem falar que o pai de meu filho também já tinha um filho com esse nome. Enfim, o meu Luca foi então, por livre e espontânea pressão do destino, para escanteio, apesar de eu também já achar um nome muito comum, gasto, feito o meu.

Quando descobri que estava grávida, veio o imenso dilema de que nome escolher para elezinho. Me cobrava, até mesmo por já ter escolhido o da menina que eu sabia que não viria, e justo ELE ainda não tinha um. Eu adoro o nome do meu filho, mas confesso que ele não foi, nem de longe, a primeira opção. Eu havia pensado em Davi e em Caio; o pai dele queria Raul e chegou a cogitar Samuel. Por causa de papai, chegamos a pensar também em Antônio, como uma homenagem. Esses nomes, durante um bom tempo, povoaram a nossa mente e travaram uma espécie de disputa.

Jeter despachou o Caio e eu despachei o Raul. O Antônio eu acabei achando que fosse trazer mais lembranças dolorosas do que alegrias, mais lágrimas do que sorrisos, mais lembranças e saudades do que qualquer outra coisa. O Samuel foi descartado pelo pai por ser o nome de um ex-namorado meu,  e por mim porque sempre cismei que é um nome que combina mais com idoso do que com bebê. Voltamos então à estaca zero...

Quando eu confirmei mesmo o sexo do bebê que a tortura piorou, porque me sentia culpada por ainda não ter um nome em mente e queria, de certa forma, apressar as coisas, e eis que, aparentemente do nada, surgiu Miguel, indicado pelo pai e aceito por mim e por meu coração, ainda mais depois que fui investigar o significado do nome e encontrei "Quem é como Deus". Por alguma razão o nome me povoou toda, em mim ecoou, impregnou-me, me ganhou! E olha que antes mesmo de eu pesquisar sobre a historia bíblica! Hoje não só sei qual foi a razão como sei também quem, na verdade, vendo todas as minhas lutas e provações, escolheu o nome do meu filho: ELE -- DEUS!!!

M-I-G-U-E-L: meu arcanjo, minha luz, meu Norte, meu protetor; meu menino, meu companheiro, minha vida, meu grande e eterno amor!

Outra dúvida se instalou depois, para ver que sobrenome de cada um ficava, mas isso já é assunto para outro post... Até o nosso próximo encontro!

(Andreia Dequinha - mãe de Miguel, que completará um ano e 10 meses amanhã)