quarta-feira, 1 de junho de 2011

Finalmente


Quando decidimos ter um bebê, achávamos que seria rápido. Mas não foi. Não levou tanto tempo como de muitos casais que já vimos, mas para nós, aqueles meses eram infinitos. Tempo suficiente para torcer todo mês para a menstruação não vir ou mesmo se preocupar com uma ameaça de cólica.

Num mês de janeiro, ela atrasou e muito. Logo a esperança de que o bebê estivesse a caminho estava mais concreta.  A alegria passou assim que dores entranhas chegaram. O exame de farmácia acusou um “positivo”, mas a caminho da médica, o sonho acabou. Não estava grávida, foi só um alarme falso. Até hoje, me questiono se realmente não estava.

Por conta disso, no mês seguinte, quando ela atrasou de novo, resolvemos não nos iludir tanto. Esperamos mais uns dias, e outros e outros...

Com medo de uma nova “falsa alegria” compramos o teste de gravidez mais caro da farmácia, na esperança de que ele fosse o mais confiável. Ele serviria para nos dar calma até eu conseguir fazer o de laboratório.

E assim, naquela noite, foi difícil dormir. “A primeira urina da manhã” – estava escrito nas instruções. “Depois da meia-noite já é manhã?” “Serve se eu ficar acordada?” Haja ansiedade...

Às 5h30 da manhã, já estava eu fazendo o teste. Quando vi o positivo, fiquei feliz, numa alegria contida, já que o coração ainda estava marcado com o falso positivo do mês anterior. Acordei meu marido, contei a ele e combinei de fazer o teste em laboratório depois do trabalho.

Aquele Dia Internacional da Mulher (08/03/2007) custou a passar. Não via a hora de sair do trabalho e ir logo ao laboratório.

E assim, voando, lá fui eu.  A atendente disse que depois das 17h o resultado estaria disponível na Internet. Quem disse que eu fiz alguma coisa além de acessar o site e digitar a senha de cinco em cinco minutos?

Finalmente, antes do horário, lá estava o resultado e a palavra “POSITIVO” bem clara. Liguei para meu marido, confirmando.  Os próximos a saber foram meus pais.

Imprimi o resultado, deitei-me no sofá e fiquei olhando para aquele papel, sonhando, sonhando, sonhando... Daquele momento eu tinha certeza de que minha vida mudaria para sempre!  Sei que ser mãe é ser escolhida por Deus para cuidar de um anjinho...
Por Nina Marinho

9 comentários:

  1. O curioso é que às vezes a chegada de um filho parece adiantar demais (como foi no meu caso) e às vezes parece demorar tanto... tudo temos a mania de questionar, é algo natural... mas nos esquecemos de que tudo acontece na hora certa, aos olhos de Deus. Nosso medo ou a nossa impaciência que tentam alterar esse fato!

    Eu pretendia ter filho, mas não tão cedo... Jeter queria logo, pois tinha medo de morrer e não acompanhar o filho. Se achava velho. Eu tomava remédio, então parei, acreditando que, como minha irmã, só fosse engravidar depois de anos... Quando pensei que estivesse grávida, não estava, e até hj me lembro da carinha de decepção de Jeter, sentado no chão do banheiro, com o teste de farmácia nas mãos acusando que era um alarme falso. Logo depois da morte de papai, minha mentruação atrasou, mas nem liguei, pois pensei que fosse de fundo emocional. Era Miguel chegando, como contei no meu relato!

    Realmente ser mãe é ser escolhida por Deus para cuidar de um anjo, mas que pena que nem todas assim entendem e fazem tantas atrocidades com os próprios filhos, né? É algo que nunca vou entender, mas... entendo que amamos profundamente as nossas crias e isso basta. Lindo texto, amiga! E que bom que ser mãe muda totalmente a nossa vida e até dá um certo sentido maior a ela! Beijos.

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  2. Pois é, Dequinha! Também acho que tudo tem seu tempo. Mas nós insistimos em querer ser "Deus"... kkkkk
    Obrigada pelos comentários!!
    Bjs

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  3. Acho que nossa ansiedade é que nos inquieta a esse ponto, mas... que aprendamos a confiar mais no tempo Dele, que não é falho, mas o nosso e nós sim, muitos. Beijos e adoro te ler.

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  4. Nivea, com este texto pude sentir a ansiedade da espera e a emoção da descoberta! Lindo!

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  5. Dequinha,
    é verdade....A ansiedade nos fazer não entender certas coisas que Deus faz...

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  6. Clecia,
    que bom que conseguir passar essas sensações em meu texto! Fico feliz que tenha gostado!
    Bjsd

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  7. Diferente da Nívea, quando decidimos ter um bebê, tudo aconteceu rápido demais. Já no primeiro mês que parei de tomar remédio, descobri que estava grávida. A emoção é indescritível!
    A gente deixa de ser a gente e passa a viver por eles...demais!

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  8. Nina, tenho tentado aprender a amenizar essa minha inquietação, essa minha ansiedade, mas é brabo!

    Sica, comigo tb foi tudo rápido... Parei de tomar remédio e, a exemplo da minha irmã, pensei que fosse levar anos para engravidar, mas... no mês seguinte já estava grávida! Rapidinho! Hj entendo o porquê dessa aparente "antecipação". Minha mãe certamente não estaria mais por aqui se não fosse Miguel... e eu estaria muito infeliz e me sentindo só, ainda mais com o final do meu casamento, tenho certeza. Beijos, meninas.

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  9. O mais importante é que você foi abençoada! Deus te concedeu essa dádiva maravilhosa!!! Parabéns!

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