sexta-feira, 22 de julho de 2011

A força veio de Deus

Decidi também dividir com vocês meu pior perrengue (dentre tantos é claro).
Numa certa segunda feira, depois de ter dado algumas aulas fui fazer aqueles exames no postinho para admissão na escola. Chegando lá, a técnica de enfermagem me perguntou se eu tinha pressão alta e respondi que não-até ai tudo bem.O médico chegou e fez a mesma pergunta e a minha resposta foi a mesma.Saindo de lá, falei para meu marido passar em uma farmácia, pois as vezes aparelho de postinho está meio desajustado, e para minha surpresa a pressão estava ainda mais alta. Chegando em casa ligamos imediatamente para meu médico que me aconselhou a ficar deitada até as 17:00 horas .Meu marido ligou para minha prima que é enfermeira e ela foi até minha casa medir minha pressão- e estava ainda mais alta. Mas até então eu nunca havia ouvido a palavra pré eclâmpsia.Minha prima ligou para meu médico e explicou toda a situação e "muito delicadamente" perguntou--Onde está sua bolsa??????????????????????( os pontos de interrogação explicam como ela fez esssa pergunta?hahahah).
Minha bolsa???Que bolsa???Ainda faltavam 3 semanas para elas nascerem, nada estava pronto!!!!
Meu marido quase que literalmente voou para o hospital que fica em outra cidade a mais ou menos 60 kilômetros, e eu no banco de trás toda calminha , não sabendo de nada do que estava acontecendo. Chegando ao hospital meu marido ficou fazendo as papeladas e eu subi rapidamente para o quarto com umas 5 enfermeiras em cima de mim, cada uma fazendo uma coisa. E eu me lembro direitinho que falava assim--eu não vou fazer a cesárea com outro médico que não seja o meu--.Eu lá sozinha, recebendo remédio embaixo da língua , sendo raspada, minha pressão sendo medida, um zunzum danado, pensei que eles me entregariam ao médico de plantão .Ai Jesus...
Dai mais a tardezinha meu médico chegou e disse que no dia seguinte faria várias exames.
A terça -feira chegou e lá fui eu ainda toda calminha, sem a mínima noção do que estava acontecendo.Fiz dois exames: um para ver se a pressão tinha afetado o coração das meninas e o outro se tinha afetado o cérebro.Fiz um- tudo bem. No outro foi o maior perrengue.Vou tentar explicar o exame. Sabem aquela buzina de sorveteiro? Pois é!Aperta-se aquilo na barriga para ver se o coraçãozinho delas dispara, se ele disparar é que está tudo bem com o bebê.E lá vamos nós na buzinada...
A primeira foi tudo bem(eu não sei quem foi, mas acho que foi a Catarina)o coração foi a mil..ufa!!!E lá foi a outra buzinada-- e nada--- e nada ---Outra buzinada-- e nada  e nada. A enfermeira olhou para o Daniel com um olhar pra lá de preocupado e ele começou a conversar com o bebê--Vamos filhinha, força, mostra para a tia enfermeira que seu coração está bom.(estou começando a chorar neste momento- sempre que recordo me emociono).E de repente os batimentos foram subindo de uma tal forma que a única coisa que vi foram as lágrimas da enfermeira escorrendo pelo seu rosto e dizendo que tantos anos na profissão nunca havia visto isso- o bebê reanimar com a voz do pai (vocês estão vendo quando disse semana passada sobre o "estamos grávidos"?).E o resultado saiu.A pressão não havia deixado sequelas nas meninas.Fui para o quarto com a esperança de sair naquele dia mesmo e voltar para casa.A tardezinha estava sossegada , quando entra um médico todo alegre perguntando quem seria a próxima mamãe da noite.Da noite????????Como assim??? Meu marido estava tomando banho e os padrinhos de uma das gêmeas estavam no quarto.Eles contam que minha fisionomia mudou de uma tal forma que eles não se esquecem até hoje.Então tomei a coragem e perguntei--Vou ter neném hoje???Meu marido já sabia , mas não me contou com medo que minha pressão aumentasse ainda mais.Ele disse que  há alguns dias ele havia sonhado que elas nasceriam dia 7 de abril.(ele é demais).O parto foi "sossegado", porém minha pressão ainda alta.Fui para casa e ela só se normalizou depois dos 40 dias de dieta.Durante esse período fiz monitoramento diariamente da pressão, meu marido até aprendeu a medir pois meu cardiologista queria um gráfico diarimente na mão dele.
Pois é ,esse foi meu perrengue, e Deus esteve comigo cada segundo segurando em minha mão me deixando tão tranquila que, quem me conhece sabe o quanto sou estressadinha , e naquele momento meu nome era tranquilidade

                                    Maria Regina- mãe das gêmeas Catarina e Beatriz

13 comentários:

  1. Maria Regina, que sufoco, heim? A espera das duas e esse susto nos últimos dias antes do nascimento? Ainda bem que o susto foi passageiro. Elas estão aí, lindas e encantadoras colorindo os dias de vocês. Aliás esse papai cumpre certinho o papel que diz não basta ser pai, tem que participar! Família linda!!

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  2. Maria Regina

    Realmente, agora entendi! Vocês ficaram grávidos...rs. Lindo e emocionante essa atitude de conversar com a filha. Com o Felipe também deu certo, a enfermeira conversou com ele na minha barriga dizendo que ele era maravilhoso e estava prontinho pra nascer, não era para fazer a mamãe sofrer...entrei em trabalho de parto em seguida, foi bem tranquilo.

    Beijo

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  3. Zizi
    Realmente foi um sufoco e tanto, mas só me dei conta depois,pois na hora como já relatei, nem sabia ao certo o que estava acontecendo.Deus me deu uma família linda e abençoada, exatamente como eu precisava.bj

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  4. Mariuza
    É muito bom mesmo ter um companheiro maravilhoso ao nosso lado, faz com sintamos mais seguros e confiantes,agradeço a Deus todos os dias.
    Sabe que eu defendo muito a ideia de que muitos dos problemas que algumas crianças/adolescentes mesmo os adultos têm, são traumas que vivenciaram dentro do ventre materno.Os bebês sentem tudinho quando estão lá dentro,mas tem gente que não concorda com isso, fazer o que né???
    bj

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  5. Fico pensando como é que você conseguiu manter-se calma o tempo todo! Um sufoco desses e voc~e toda tranquilona! rs Melhor assim, né? Só teria sido pior.

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  6. Ahhhh, parceirinha, que lindo o fato do seu marido ter falado com ela e ela reagir!! Muito fofo...que sufoco, hein, amiga? Eu não tive problemas com pressão, mas morro de medo disso.
    Que bom que deu tudo certo pra vocês!!

    Beijo grande

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  7. Maria Regina, muito emocionante o seu texto! E o melhor é que tudo acabou bem! Graças a Deus!!!

    Mais uma vez parabéns pelas gêmeas! É tudo de mais lindo que acho.

    Bjos

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  8. Fiquei mexida desde que comecei a ler o seu texto, mas confesso que chorei exatamente no momento em que você chorou. Fiquei imaginando a cena, lindíssima, do pai falando com a filha... Chorei tb porque me lembrei de Jeter, no dia anterior ao meu parto, dele chamando por Miguel, que estava paradinho, e sempre respondia ao pai com chutes... todo animadinho... Essas coisas mexem mesmo com a gente!!!!

    Deus sabemesmo TUDO o que faz... e nos transforma... nos abençoa... nos surpreende... Bjos!!!

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  9. Olha, eu sei que a situação foi perigosa e assustadora, mas você escreveu dum jeito engraçadíssimo, então eu ri muito, viu?

    Ufa, que no fim tudo acabou bem!!!!!
    Bjim, Maria Regina!!

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  10. Ainda bem que deu tudo certo e hoje você pode estar por aqui contando e até rindo. Eu morria de medo de ter pressão alta, mas comigo aconteceu ao contrário minha pressão ficou baixíssima durante toda a gravidez e durante o parto. Sorte? Nem tanto, pois a médica não pode me anestesiar direito, teve que fazer meu parto correndo, pois minha pressão caía cada vez mais. Com tudo isto eu sentiiiiiiii costurando. kkkkkk Foi sufoco! bjss

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  11. Dequinha,
    Realmente foi uma cena chocante, muito forte amiga , eternizada em minha mente
    bj

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  12. Else
    A parte da buzinada foi engraçada???Até hj quando vemos um carrinho de sorvete buzinando eu pergunto a elas se aquele som é familiar
    bj

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  13. Cris,
    É verdade....Ainda bem que tudo deu certo para que eu pudesse dividir tudo isso com vocês.
    Aiiiiiiiii sentiu ser costurada??Ai Jesus!!!!

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