segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mãe no momento mais do que certo!!!

Na opinião de muitos, fui mãe tardiamente, mas, para mim, isso pouco importa, visto que, no meu relógio biológico, sinto que fui mãe na hora certa: aos TRINTA E TRÊS anos de idade. Digo isso porque ao tentar me imaginar mãe na casa dos vinte, por exemplo, talvez até tivesse mais pique para correr atrás do meu filho e mais ânimo para brincar com ele (embora eu veja muitas mães dessa idade e até mais novas e que não têm nem metade do pique do qual reclamo), mas sinto que não teria a paciência que tenho hoje (que nem é tãããão grande assim, confesso) e talvez nem metade da capacidade de abdicar de algumas coisas (talvez eu deixasse o egoísmo falar mais alto em alguns momentos).

Às vezes estou no limite da exaustão, doida para deitar na cama e dormir, dormir, dormir, dormir, talvez por querer compensar a noite inteeeeeirinha de sono que não tenho(saudades!), mas basta meu filho me convidar para ir à pracinha ou andar de trenzinho ou tomar um açaí que magicamente me obrigo a me renovar e lá vou eu, com o cansaço escondido não sei onde!!! Às vezes saio de casa decidida a comprar umas roupas para mim e só quando chego em casa é que reparo, na maioria das vezes, que não trouxe NADA para mim e TUDO para Miguel (sei que preciso encontrar o chamado ponto de equilíbrio, mas ainda é difícil meeeesmo me colocar em primeiro lugar, sabendo que, assim, estou inevitavelmente colocando Miguel em segundo). Às vezes tento sair com os amigos para me distrair, mas o dedo coça para ligar a todo instante para casa só para saber o óbvio: que ele está bem, com a vovó, mas, no fundo, já é a saudade apertando e querendo ouvir um "ele está chorando e querendo peitinho, Andreia", só para eu voltar correndo para casa!!!

Ser mãe aos trinta e três também me fez poder contar com a estabilidade da minha profissão, poder curtir mais uns meses em casa com meu filhote por causa das licenças que vim acumulando, poder curtir por mais um tempo o ser filha, já que determinados rótulos vão se sobrepondo... se sobre o filha se coloca o mãe, sobre o mãe se coloca o avó... e são misturas muito loucas, genuínas, que requerem siiiiim adaptações! Ser mãe aos trinta e três, enfim, para mim, foi ter a consciência (embora não a explicação, que nem sei se há -- e quem precisa dela?!?) de que milagres existem, de poder me sentir mais perto de Deus e de poder  ter não só a sensação de estar parindo um ser (divino), mas também eu mesma e mais um mundo inteiro!

(Andreia Dequinha - a mamãe filosófica do Miguelito)

12 comentários:

  1. Amiga, seu filhote nasceu na hora certa, porque Deus sabe muito bem o que faz. Ele é uma graça e uma benção na sua vida. bjss

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  2. Dequinha, tá certo que ele monopoliza e nem poderia ser diferente, afinal a idade em que ele está, exige tanta atenção. Mas...pensa bem: Você teve 33 anos (antes) para viver outras "aventuras" as quais sugaram sua atenção, preocupação, dedicação. Isso vai desde os estudos, namoros ou outras aventuras mais. Tudo o que viveu antes, ficou para trás, pode ter sido importante ou não, mas passou! Agora é a vez do pequerrucho. Você nem tem saudades acumuladas porque viveu cada coisa no seu tempo certo. Já pensou ter o Miguel na adolescência?? xiiii!!
    Seu texto está um Brinco!! Mais uma jóia para a coleção;))

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  3. Dequinha,
    compartilhamos de muitas ideias!
    Ótimo texto!
    Bjs

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  4. Acho que tudo na vida tem a hora para acontecer. Seu filho, Dequinha, veio na hora certa para você. Creio que ser mãe muito jovem nao é bom. O bom mesmo é aproveitar um pouco mais a juventude. Mas ao mesmo tempo eu acredito que cada um tem o seu relógio e como disse antes, tem a hora para acontecer. Algumas foram mães mais jovens e outras não, mas sei que estão todas felizes por assim serem. Fico emocionada ao ler os relatos de vocês e admiro cada uma por tudo que passaram, pelo que são e pelo que ainda serão! Que Deus abençoe todas as mamães artemanhosas! Sem dúvida, guerreiras!

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  5. Esqueci de comentar: que imagem interessante! Muito criativa!

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  6. Que delícia!! Não estou sozinha no barco, tenho companheiras! mas não posso entrar em detalhes, só no sábado...rsrsrsrs
    Lindo texto! Grandes emoções!!
    Parabéns guerreira!

    Bjos

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  7. Dequinha
    Concordo com a Zizi,vc teve muito tempo para aproveitar a "vida".
    Ao trocarmos o papel de filha para mãe, realmente nosso egoísmo desaparece um pouco, e como você já me peguei enchendo os braços de sacolas para as meninas e nada para mim, mas faz parte.Noite de sono tranquila "never more", mas temos outras compensações e quantas!!

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  8. Amiga, pude acompanhar suas mudanças em relação a Andreia apenas e a Andreia mãe. Lembro que muitas vezes eu não conseguia participar como eu queria da nossa comunidade por conta do Henrique e você sempre dizia que entendia, que "imaginava" como era e tal...rsrs. De repente, você também escrevia que estava passando pouco por lá por causa do fofo do Miguel! Foi tão legal acompanhar tudo isso e acho que ele veio na hora certa. Era o seu momento!
    Muito lindo seu texto e sua capacidade de escrever o que sente...adoro. Tenho tanta dificuldade pra conseguir isso...ehehehe

    Beijão

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  9. Cris Happy, obrigada pelo carinho e saiba que seu filhote tb é uma bênção, um fofo! Beijos.

    Zizi, fico feliz que tenha gostado do meu texto! Como fui a primeira a escrever sobre o tema (o mal de ser fica na segunda-feira), fiquei meio "fria", sem ter ideia de que caminho seguir, sem muita ideia, mas... saiu isso daí. rs
    E realmente não sinto saudades de nada que não envolva Miguel pq eu curti muito o antes de ser mãe... o ser mãe... não queimei etapas... Beijos!

    Nívea, fico feliz que tenha gostado do texto e com ele se identificado! Ser mãe nos aproxima mesmo... bastante... Beijos.

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  10. Clecinha, é isso aí, amiga... tudo tem sua hora, seu momento, e não há uma regra pra ninguém! Deus sabe qual é o melhor momento para cada uma de nós, para cada coisa. Precisamos acreditar mais nisso, para que consigamos, muitas vezes, driblar a ansiedade, que nos angustia. :-)

    Fico feliz que tenha gostado da imagem, pois sabia que era ela assim que bati o olho! Achei-a bem profunda! Curioso que só vc parece ter percebido isso! :-)

    Beijocas.

    Maria, estou doida para ler o seu relato... Será que vai empatar comigo ou me ganhar?!? Tcharam!!! Pelo menos sei que serei a primeira a ler. rs rs rs

    Beijos.

    Maria Regina, realmente as compensações são muitas e valem muito a pena, graças a Deus! Beijocas, amiga.

    Índia, deixe de ser boba, pois seus textos são ótimos, super emocionantes e espontâneos! Adoro! E não me imagino mais sem Miguel... é muito amor, que até doi. Beijos imensos e hj nem preciso imaginar nada... sinto na pele. rs

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  11. Dequinha,
    Lindo texto! Você conseguiu descrever a magia de ser mãe. Estar exausta e encontrar forças, não sei de onde, para brincar com o filhote. Estar num dia péssimo e poder falar, pacientemente, com o filho, sem estresse.
    Bjs

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  12. Danica, amiga, que bom que vc acha que consegui descrever... No fundo, tudo o que dissemos é bem menor do que sentir e sê-lo, né? :-)
    Beijos em vc e no pintudo. Adoro vcs.

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