quarta-feira, 6 de julho de 2011

Profissional ou mamãe perdidinha????


"O que faço se sem você me sinto assim tão sem rumo..."

Voltei a trabalhar quando minha filhota estava com sete meses. O primeiro dia foi estranhísssimo. Todos os colegas me receberam bem, a escola estava bonita, muito arrumada, os alunos foram gentis - até aí tudo bem. A coisa começou a ficar estranha quando eu abri meu armário e... não vi minhas coisas!!!! Descobri então que tiraram todos os meus livros e objetos pessoais e colocaram numa caixa bum depósito empoeirado da escola!!! Deram o meu armário para a professora de Educação Física. Todos sabiam que eu voltaria!!!! Achei o cúmulo do absurdo. Fui eu então ao depósito procurar entre várias caixas a minha e depois de muito procurar (e isso não é exagero), achei a dita caixa atrás de umas carteiras quebradas. Humildemente peguei minhas coisas e fui ver se tinha algum buraco para guardá-las (já nem esperava mais um armário), mas achei um armário. Beleza, assunto resolvido. Resolvido? Quem dera... No dia seguinte, fui dar aulas e abri meu armário e... cadê as minhas coisas? Mudaram meu armário. Comprei um cadeado e ainda chamaram minha atenção: ninguém coloca cadeado no armário! Eu respondo mal-criada: coloquei porque senão vou chegar aqui e encontrar minhas coisas debaixo da mesa da próxima vez.

Que estresse! Não bastasse deixar minha fofinha todos os dias na escola e ela nem me dar um tchauzinho ou chorar querendo o meu colinho, tive que aturar esses inconvenientes.

Por falar na minha coisinha de Jesus, ela nunca estranhou ficar longe de mim. O único sinal de que sentia minha falta era quando eu a buscava e ela ficava enlouquecida querendo mamar assim que me via e se eu demorasse um pouquinho para "botar os peitos pra fora", abria um berreiro de endoidecer qualquer um.

Semprei amei trabalhar, mas depois da maternidade sinto-me deslocada longe da minha cria. Queria tê-la perto de mim o tempo todo e confesso: o desapego, a liberdade e independência dela me assustam.

(Débora Patrícia Scafura - mãe de Maju)

10 comentários:

  1. Menina, que absurdo né ? aí dá vontade de voltar para casa correndo. kkkkkkkkkkk bjkss

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  2. Se o retorno depois que se é mãe, por si só, já é complicado, imagina então tendo todas essas chateações como moldura...!!! Juro que se fosse comigo eu me aproveitaria e voltaria, na hora, pra casa, alegando "rejeição" e que necessitaria de meeeeeses fazendo terapia... com meu melhor terapeuta: Miguel. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Bom ver mais uma participação especial sua aqui, amiga!

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  3. Débora,
    imagino como seja voltar e ver que mudaram as coisas de lugar. Já é um momento delicado e ainda fazem isso!
    A Mariana foi para escola somente neste ano e me questiono se não teria sido melhor tê-la mandado mais cedo. Agora que ela já entende, a fase de adaptação foi mais difícil. Ela ainda acha que eu fico o tempo todo lá do lado de fora da escola esperando por ela. Às vezes a levo a pé, mas vou vou buscá-la de carro e ela me pergunta: "Mamãe, como é que o carro apareceu aqui?". Eu explico, dizendo que fui buscá-lo em casa.
    Dá um dor enorme no peito deixá-los,né? E olha que a minha fica só meio período na escolinha...
    Saudades das nossas trocas de figurinhas sobre nossas bebês...
    Bjs em vc e em Maju!

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  4. Débora,
    Você me fez lembrar do tempo em que eu trabalhava na creche. As mães das crianças "independetes" ficavam horas na porta esperando a criança abrir o berreiro e elas nem "tchum",rs. Elas ficavam arrasadas com esse desapego,rs

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  5. Eu posso até imaginar como você sentiu ao ver suas coisas largadas em um depósito! Ninguém merece! Imagine ter de lidar com mais isso já tendo de lidar com a "ausência" da sua filha. Chato mesmo!

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  6. Débora,
    Que situação!! Que coisa absurda!! Não consigo me imaginar vivendo um troço desse ai que você viveu. Nem cachorro merece, tá doido!!!
    E ainda por cima longe da sua menininha! É de amargar!!!

    Bjos

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  7. Débora, as pessoas esquecem de que mesmo sendo mães, nos também somos Profissionais (Ressalto com "P" maiúsculo)e não abandonamos o nosso ofício que traz o pão-nosso-de-cada-dia. Acho absurdo a "invasão, a falta de privacidade e acima de tudo, a falta de respeito com que são tratadas muitas de nós mães-professoras. E não fique assustada com a "possível" independência da sua filhinha. Independência e desamor não são em nada sinônimos. Pense que tal característica será muito útil para ela, principalmente no futuro: menos decepções, mais atuações;))

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  8. Débora

    Adorei a imagem! (risos)
    Quem realmente fica dependente deles somos nós, não é? Mas acostumamos depois e essa "separação"é importante, senão acabamos por sufocá-los de tanto amor...rsrsrs.

    Beijo

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  9. Nossa, Débora, se isso acontecesse comigo, iria chorar...rs
    Eu escrevi no meu post o quanto sou ciumenta e ficaria muito mal de ter essa recepção. Mas aposto que tudo passava quando você chegava em casa e via a Marianinha, toda fofa, te esperando. ;)

    Beijos

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  10. Tenho de rir muuito aqui mesmo,Débora, porque fiquei imaginando a sua indignação, mas você contou de um jeito tão cômico!!!

    A independência da sua pequena talvez te incomode um pouquinho agora, mas você vai ver como será bom daqui a alguns anos!!
    Beijim procê!!

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