terça-feira, 5 de julho de 2011

Tem outro jeito???

(Vovó Jôse e Vovô Ivo)

Nenhuma mãezinha, em sã consciência, acha legal deixar o filhote pra voltar ao trabalho. Ainda mais sabendo que você vai deixar sua cria pra cuidar da cria dos outros, não é? No meu caso, foi um sacrifício, mas um sacrifício pequeno, por dois motivos: o Henrique ficaria com meus pais e eu trabalharia apenas meio período, só de manhã.

Enfim, os quatro meses se passaram e eu tive que encarar a nova realidade. Confesso que também estava louca pra voltar porque, quem me conhece, sabe como eu sou ciumenta e a minha substituta era muito boazinha. Já estava conquistando os MEUS alunos e os MEUS amigos! Eu iria ter uma síncope se demorasse mais um pouco pra voltar...rs.

O maior problema era o horário, pois como eu trabalhava no Sesi de uma cidade vizinha (fiquei 4 anos lá antes de conseguir transferência pra minha cidade), tinha que acordar muuuuito cedo. Como consequência, meus pais precisavam estar em casa às 5h30 da manhã pra buscar o Henrique.

Um parênteses: MEUS PAIS SÃO ANJOS ENVIADOS POR DEUS! Sem eles eu não sei como seria, sem a ajuda deles, talvez tivesse menos força pra continuar. Tanto que todos os dias, eles ainda vêm em casa pra eu e o Rodrigo podermos trabalhar.

Eu não tive problemas com a amamentação porque eu não pude amamentar. Na verdade, eu tirava meu leite pra levar pro Henry no hospital, quando ele estava internado, mas ele foi secando, foi secando e logo acabou de vez. Então, desde pequenininho, ele tomava leite em pó (Nan e companhia Ltda.)

Até os dez meses do Henrique, foi assim que aconteceu. Eu trabalhava de manhã, almoçava na minha mãe e trazia o baixinho pra casa. Fazia meus planos de aula e todas as coisinhas da escola e de casa junto com ele, me desdobrando. Só que aí começamos a perceber que tinha algo de errado com ele.

Aí sim, foi nessa hora que doeu demais deixar meu filho pra ir trabalhar, pois ele precisaria mais de mim, mas sabia que um longo tratamento viria pela frente e que sem meu trabalho, não poderíamos fazer tudo por ele. Além disso, ele estaria com meus anjos. E é assim que é, até hoje...meu trabalho, meus pais, os tratamentos e nosso sonho de vê-lo andar. Não tem outro jeito. =)

(Simone Maróstica - mãe do Henrique)

12 comentários:

  1. Simone,
    É tão bom quando temos os nossos pais pertinho para nos ajudar.Os meus moram em outra cidade e sinto falta da ajuda deles para criar Cauã. De vez em quando tenho ajuda do sogrão e sogrona, mas... não é a mesma coisa de papai e mamãe,rs

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  2. É como se diz: Deus nunca dá um fardos maiores do que podemos carregar. Você tem força, mas ainda te deu "anjos" (seus pais) para te ajudar nessa caminhada. Lindo e emocionante post, Si!

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  3. Simone querida

    Acho que hoje todas nós sonhamos juntamente com você de ver o seu filho andar.Toda vez que leio isso me comove profundamente. Também tenho anjos como vc, não sei se teria dado conta sem eles.

    Beijo

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  4. Faça minhas as palavras da Mariuza... O seu sonho transformou-se, há tempos, índia, num sonho coletivo, acredite! "Não desista, não pare de crer, os sonhos de Deus jamais vão morrer".
    Todos os dias oro para que Deus lhe dê mais essa vitória, amiga, e tb ânimo para os momentos de cansaço, que eu imagino como sejam! Ainda bem que tem anjos ao seu redor, dois deles em forma de pais! Beijos.

    P.S.: Adorei poder conhecer os seus pais! E vc é um clone da sua mãe, né?

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  5. Simone,

    Sua história me emociona muito, porque apesar de todas as dificuldades, você tem seus anjos por perto. Eu não tenho esse privilégio, pois os meus pais moram há mais de 3.000 km de distância, então eu sempre fui muito sozinha nesse sentido. Mas o importante é que cada pessoa tem a sua superação.
    Com certeza você já superou muitos obstáculos e vai continuar superando com força, disposição, coragem e sabedoria. Deus te concederá tudo isso, sempre!! Confie.

    "E o SENHOR te guiará continuamente..." Isa 58:11

    Bjos

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  6. Simone, Deus sempre prepara um jeito para nos amparar, pois ele conhece melhor que ninguém nossas dificuldades. Quem melhor do que os avós para cuidar dos pequeninos? Quem tem esse privilégio, com certeza, tem uma preocupação a menos. Assistimos a cada fato bizarro de crianças que sofrem nas mãos de terceiros (Lógico que isso não é regra geral), mas como saber em quem confiar? Difícil não??
    Os avós são, antes de tudo, pais com sabor de BIS. E como isso é gostoso!!
    Deus abençõe esse menino tão lindo e dê a ele todas as graças que são reivindicadas.

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  7. OI, Simone!
    sua história de volta ao trabalho é um pouco parecida com a minha, pois minha mãe tb me ajuda muito ficando a Mariana.
    Meu esquema era parecido com o seu: eu ia para escola de manhã, enquanto meu marido a deixava na minha mãe e ia para o trabalho. Depois, eu almoçava e ia buscá-la.
    Neste ano eu achei que ia ser diferentes, mas algumas coisas não saíram como planejado, e ela está na escolinha à tarde. Ou seja, vai todas as manhãs para a avó, que adora e já imagina como vai quando a bebê estudar de manhã... (no ano que vem)
    Algumas pessoas podem achar que exploramos nossos pais, mas eu não vejo assim. Meu pai mesmo diz que minha mãe é outra pessoa quando a Mariana está lá: mais calma, alegre. Faz um bem para eles se sentirem ativos de novo! E o quanto essa criança se apega a eles???
    Tenho certeza de o Henriquinho os ama de paixão e vai ser sempre gratos a eles.
    E não dizem que avó é mãe com açúcar??? kkk
    Bjs
    PS- Eu digo que farei a mesma coisa pelos meus netinhos um dia!!!

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  8. Amiga, adoro ouvir suas histórias. Eu não tenho anjos por perto, por isto acho que parei em um. hehehe bjkss e que Deus continue iluminando sua vida, sempre com seus anjos maravilhosos por perto.

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  9. Dani, não é por nada, mas sogro e sogra, definitivamente, não são a mesma coisa, apesar de gostar muito dos meus! rs O bom dos seus pais morarem em outra cidade é que vocês podem passear, né?
    Beijo, querida!

    Clecinha, eu concordo com você. Deus sabia que eu teria a ajuda dos meus anjos ;)

    Mariuza, que lindo seu comentário! Obrigada, viu? Não vejo a hora de vir contar pra vocês quando isso acontecer. Beijocas

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  10. Dequinha, fico feliz em poder contar com todas vocês pra pensar positivo comigo, na certeza de que um dia vou ter uma surpresa muito boa...e não vejo a hora de compartilhar essa notícia com vocês! Obrigada por tudo, amiga....
    PS: acha mesmo eu parecida com minha mãe? O povo acha eu parecida com meu pai e minha irmã com minha mãe...rs

    Maria, seus pais moram onde?? Que longeeeeee! É uma pena não tê-los por perto, mas eu sei, que assim como você mesma disse, cada pessoa tem a sua superação. Obrigada pelas palavras. Beijocas

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  11. Zizi, você tem razão. Toda vez que ouço essas histórias de maus tratos com crianças, penso em como sou sortuda em ter meus pais por perto. Obrigada, amiga, pelas palavras. Beijos


    Nívea, realmente nossas histórias são muito parecidas e assim como você, não acho que seja exploração, não! Meu pai sempre diz que se ele não fizer pro Henrique, vai fazer pra quem? O Henrique é APAIXONADO pelo vô, nem sei como seria se eu o tirasse da convivência diária com eles...rs
    Beijoooooo


    Cris, você que é uma fofa!!! Obrigada, beijocas ;)

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  12. Simoooone, a gente deve muito mesmo aos nossos pais, né? Nem gosto de pensar no que faria sem os meus,ele mora longe, mas paga meu plano de saúde e o das crianças, cuida do meu fusquinha, volta e meia me dá cobertura nos gastos extras e me dá muitas diretrizes para a vida. E mamis fica com meus filhos no turno oposto ao da escola deles e é minha amigona e conselheira.
    Hehe, o Mô sempre diz que eu não cortei o cordão umbilical até hoje...

    Fico muito feliz por você poder contar com eles na sua missão com seu filhote lindo!!! Beijão procê.

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