domingo, 14 de agosto de 2011

Batizado inesquecível

Após uma enquete realizada entre os habitantes do nosso cantinho, chegamos à conclusão de que inesquecíveis mesmo são as tiradas, os Criança diz cada uma, porque de tão presentes na nossa vida, estamos sempre nos referindo a essas pérolas, que nos fazem rir pra caramba!! Mas resolvi contrariar a maioria após folhear os caderninhos e reler algumas anotações, pois dei com o batizado da Talita, me comovi muito e aí não quis mais saber do resto!!

Ela tinha 2 anos já, e a minha sogra cobrava muito porque a gente adiava tanto, que fazia mal deixar a criança pagã etc. Eu sempre achava chatinhas à beça as cerimônias de batizado, de casamento, tudo muito mecânico, no automático, mas ela e minha mãe nos prensaram e marcamos para logo depois do aniversário.

Minha nossa, foi alegre, rápido e comovente!! O padre era brincalhão, a cerimônia foi gostosa, alto astral! Um povaréu, igreja entupida, mas fresquinha a manhã, tranquilas as crianças. O Márcio e a Erika, os padrinhos, seguraram aquela bacia com a água que o padre benze. E eu fui escolhida para ler a Oração da Consagração, em que a mãe pede à Nossa Senhora que cuide do futuro da filha, oferecendo sua maternidade e seus esforços por ela. Uau, foi bom demais! Quando o ajudante do padre veio me pedir pra ler e eu fiz aquela leiturinha de primeiro contato, já fiquei emocionada! Lá no altar, a voz começou a tremer, me deu um nó no gogó, os olhos boiaram... eu via o Mô, meus pais, minha sogra, minha cunhada, minha irmã, todo mundo fungando. Aí ficou aquele suspense, todo mundo lá na igreja me olhando e aguardando que eu desabasse. Mas não desabei não, respirei fundo, espremi aquele nó e li bonitinho até o fim, sem piscar, senão ia pingar tudo no papel. Meu coração disparou, fiquei um pouco tonta, parecia que aquela voz nem saía de mim... Foi uma sensação interessante, não exatamente boooa, até mesmo desconfortável, mas emocionante demais da conta!!!

Na hora dos cumprimentos, o padre me deu um abraço caloroso e disse que nem sempre os batizados são assim, com aquela emoção toda. Eu já não frequentava mais a igreja católica naquela época, estava me tornando espírita, e ficamos, eu e o Mô, muito sensibilizados com as palavras do padre Armando. Lembrei-me agora de uma coisa inesquecível que minha sogra, católica fervorosa, extremamente fechada a outras crenças, me disse há uns anos: “Minha filha, apesar de você ser espírita, eu fico muito feliz e agradecida a Deus por você trazer uma religião para dentro da sua casa, por você levar meus netos a frequentar uma religião e ensinar-lhes a conhecer e a amar a Deus”. Sorrio sempre com esse “apesar de você ser espírita” dela e entendo a força que ela fez para passar por cima de suas convicções e me dizer isso...

Porque, mais importante que ter uma religião e professar uma fé, é ter religiosidade dentro da gente, é saber que existe um amor maior que tudo, que existe um Criador que nos fez à sua imagem e semelhança e que nosso caminho é seguir as pegadas de Jesus. Se assim nos dispusermos, estaremos cumprindo o nosso papel neste planeta.
                                                                                                                                (Else Portilho)

10 comentários:

  1. Heee,que bom,né?
    A Talitinha estava com otite lembra,mas mesmo assim não ficou murchinha!
    Foi muito bonito mesmo o batizado dela!
    Beijundinha,
    Erika

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  2. Else, que bonito esse envolvimento de toda a família no batizado! Adorei! O mais importante é a união das pessoas num determinado objetivo, independente de religião. Sábias são aquelas que conseguem promover essa aproximação das religiões e das pessoas. Com certeza isso agrada a Deus, o objetivo Dele foi atingido.

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  3. Lindo... depois de passar td q passei p ter o Edu, sabia da intercessão Divina neste nascimento... somente Ele poderia me enviar o Príncipe. Por isso sou fã de carteirinha de Stº Antônio, que muitas vezes afagou minha alma, confortou meu coração, ouviu minhas orações e sabiamente foi meu intercessor nessa hora junto ao Pai. O batizado foi lindo... feito tbm, pelo Padre Armando, que na época era Diácono. Bjus Silvinha

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  4. Elsinha, adorei saber que você é espírita. Eu frequento a igreja católica e até canto no coral, mas acredito tanto na doutrina espírita!! Já fui em várias reuniões e minha família toda é.
    Também achei uma graça o seu texto. O batizado do Henrique foi fofo, mas não assim como o da Talita. Você sempre arrasa!

    Beijos, querida ;)

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  5. "Mais importante que ter uma religião e professar uma fé, é ter religiosidade dentro da gente." Adorei essa frase, pois esse é também o meu ponto de vista. Procuro respeitar todas as religiões, poiis sei que o Deus é o mesmo. Ruim é não ter fé alguma, é não acreditar em um Ser Superior e não seguir Seus princípios. Sou católica de batismo, frequento a igreja, mas como a Si também sou um pouco espírita. Acredito muito no Espiritismo. Já frequentei os centro espírita, li os principais livros da doutrina e continuo lendo. Fico chateada com a intolerância religiosa. Somos todos irmãos! Ah! E fiquei emocionada com o relato da sua emoção no batizado. :) Bjos!

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  6. Amiga, que lembrança lindaaaaaaaaa. O batizado do meu foi tão legal, pena que não lembrei também. kkkkkkkkkkkkkkkkkk bjsssssss

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  7. Choreiii de novo!!! Fui lendo e lembrando do dia,foi mesmo emocionante o batizado da Talitinha!!!Ahh devia ter feito um livro da Mari também,pois mt coisa a gente esquece né??
    Muito bom!!!Bjs Bel

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  8. Else, Lindo momento família!! Não tem preço, Não tem comparação! Muito emocionante! Você continua fazendo a diferença!

    Bjos

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  9. Primeiro texto seu que não foi pro lado do cômico, do engraçado, e chorei lendo-o, de tão emocionante que ele foi, amiga. Parabéns! Deveria escrever um livro, de verdade, pq arrasa em tudo o que escreve. Dá pra ver seu coração em cada linha, batendo forte, e aí acaba contagiando o nosso e obrigando-o a compartilhar do mesmo ritmo. Obrigada. Seu texto me fez, hj, mais do que nunca, refletir pra caramba sobre todas essas intolerâncias religiosas... e a pior delas, pra mim, é, ainda, o fingir aceitar. Não creio que tenha sido o caso da sua sogra, mas é o da mãe do pai de Miguel, infelizmente. Um beijo.

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