sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..."

Nunca pensei que educar filho fosse tão difícil, tão angustiante, tão sofrido. Quantas vezes já me peguei olhando para o meu pequeno enquanto dorme e pedindo desculpas por ser uma mãe tão má... E como é horrível se sentir uma “mámãe”. Minha consciência nunca mais teve sossego, coitada. A cada não dito, bate um remorso, uma tristeza e uma dúvida: preciso ser tão dura? Preciso mesmo me preocupar em estabelecer horário para comer, controlar o excesso de guloseimas, pedir que arrume o quarto mesmo sabendo que ele odeia fazer isso? Tem dias que canso, confesso.
Ninguém é obrigado a ser forte o tempo todo. Juro que bate um cansaço, uma sensação de sóeuqueestouerradaeomundotodotácerto e aí é dia de comer salgadinho com refrigerante no quarto, de pular no sofá e de dormir com o quarto todo bagunçado. Mas ela, sempre ela - a maldita - consciência me chama pra ser novamente a mãe má.  
Se estou certa em agir assim, se estou errada, não faço a mínima ideia. O importante é que tenho (bendita?) consciência e ela sabe me dizer o que é certo e o que é errado, mesmo que o mundo todo ache que ela (maldita, bendita, sei lá!) esteja errada. Um dia, quem sabe, sentirei a delícia de ser uma “mámãe” porque a dor... Essa eu sinto todos os dias.
(Dani Lino, "mámãe" de Cauã)

9 comentários:

  1. Dani...realmente dores e delícias andam juntinhas na maternidade...e educar é a tarefa mais árdua pra nós...
    E quem foi que disse que seria fácil...
    Vamos fazendo o nosso melhor!!!

    bjos

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  2. Não digo que somos mámães, sim mãesmás às vezes. Difícil mas acho q necessário. Criamos os pequenos para que sejam educados, organizados, se alimentem bem, comportados. Muitas coisasm que nem mesmo nós somos (muitos risos).

    beijos

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  3. Temos que ser duronas ou manteigas derretidas, tudo depende do contexto. Qualquer que seja o caso, a dosagem de amor é sempre a mesma: IMENSA!! Isso ninguém pode negar!!

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  4. Dani, minha querida...

    Eu aprendi a duras penas não carregar sentimento de culpa por nenhuma atitude minha. Sempre penso que foi o que podia dar ou não dar naquele momento. Os meninos sabem que às vezes é só na cinta que se resolvem as coisas aqui em casa e sempre digo: Faça melhor que eu quando forem pais e qualquer coisa terapia existe pra isso...hahahahahahahaha

    Beijos

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  5. Dani, essa dualidade é um carrapato que não nos larga mesmo... Mas que bom sermos assim, ou nossas crias vão sofrer muito quando lançadas ao mundo, por si só, né? Mas também acho que dormir uma vez ou outra sem banho ou comer porcarias não faz mal nenhum, e cria uma cumplicidade boa demais!! Beijim procê!!

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  6. Dani
    Nossa missão é essa- aparentemente má, mas que no futuro colheremos frutos deliciosos e saborosos, se somos tementes a Deus temos que acreditar que Ele nos da o discernimento para dizermos nossos nãos com toda a tranquilidade do mundo.Algumas vezes bate realmente aquele remorso, mas logo passa quando me lembro dos nãos que recebi e ser feliz com a pessoa que me tornei hj, graças aos meus pais que não titubiaram em dizer muuuuuuuuuitos nãos para mim.

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  7. Amiga, não somos nada mãs, somos mães conscientes e queremos o melhor para nossos filhos. Continue assim, colherá sempre bons frutos e o mundo agradece por mais um ser humano do bem.

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  8. Dani, eu também me sinto uma mámãe às vezes. Eu quase morri de remorso um dia que dei umas palmadinhas na mão do Henrique que mandou longe alguma coisa que nem lembro o que era, mas que quebrou....ai, que dó, que dó, que dó!! Mas acho que viveremos sempre entre a cruz e a espada porque educar realmente não é fácil!


    Beijocas

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  9. Muito verdadeiro o seu texto, Dani! Parabéns! E não se sinta sozinha por pensar assim. Toda vez que brigo com Miguel me sinto péssima, uma bruxa malvadíssima! Torço para que seja porque ele é ainda bem pequeno, um bebê, mas se não for isso... e se eu sempre tiver que me sentir assim... Putz! Vou sofrer muito, eu sei! Como dói! Mas acho que doiria muito mais ver Miguel ser, como muitos, uma pessoa sem caráter e sem limites. Sejamos más então! Beijos.

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