sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A primeira e última


Como uma boa mãe de primeira viagem que eu era, e ainda sou, não me liguei em procurar um pediatra para Cauã. Partiu de mamy essa preocupação e ela mesma marcou a consulta. Eu só sabia ficar sentada no sofá da sala ou na minha cama dando de mamar para o bezerrinho.
Lembro que no dia da consulta inventei, não sei por que, de colocar por baixo da roupa um macacão c-o-l-o-c-a-t-u-d-o-n-o-l-u-g-a-r que me apertava horrores e pra completar o auge da primeira consulta do filho o fecho dele era embaixo, juntamente com os pontos do parto “anormal”. Fiquei aguardando a vez de Cauã rezando para que ele não sentisse fome (já que a anta aqui colocou uma blusa que não facilitava nem um pouco a amamentação, só a exposição do meu macacão super “sequici”) e eu não sentisse vontade de ir ao banheiro pra não precisar abrir o fecho e (ui!) fechá-lo novamente.
O interessante, nesse dia, foi a sensação que tive ao ouvir a recepcionista chamar o nome Cauã na hora da consulta e não o meu nome. Achei estranho aquilo, pois jurava que, como sempre, seria o meu nome a ser chamado. Esqueci, por um breve momento, que tinha outro ser em meus braços e não era mais só eu. Era eu e ele dali em diante.
A consulta demorou muito. Nunca mais Cauã teve uma consulta tão demorada quanto aquela. A pediatra examinou tudo, fez várias recomendações e eu, claro, fiz muitas perguntas. A recomendação que levei à risca e hoje me pego reproduzindo para algumas mamães: seu filho chorou. Não é cocô, não é xixi, então é peito. Dê o peito sempre! Ela ainda brincou dizendo que na próxima consulta queria um Cauã “bolota”.
Vale ressaltar que nessa consulta tão demorada meu filhote ficou quietinho, sem chorar, na maior tranqüilidade... E foi assim por um bom tempo. Passou um maravilhoso período sem chorar pra tomar injeção, nenhumazinha, gente! Agora, até com vacina gotinha ele dá um escândalo,esperneia, grita e eu lá me virando nos trinta - braços - para segurá-lo. Ai, ai...
P.S: Nunca mais, nunquinha mesmo, depois daquela consulta eu usei o tal macacão. Quando voltei para casa a vontade que tive foi de tacar fogo nele, mas como foi minha irmã querida (?) que me emprestou e ela queria ter outro filho, guardei para nunca mais vê-lo, nem com fechos de ouro!

                                                                                 Dani Lino, mãe antimacacão (pós-parto) de Cauã

4 comentários:

  1. Dani, seu texto me fez rir só de imaginar o desconforto que o macacão causa Como mulher sofre com essa preocupação com o visual!!Mas esse pensamento é secundário, o mais importante é mesmo encontrar um profissional de confiança que oriente de forma clara e delicada, principalmente as mães de primeira viagem, cheias de boa vontade em acertar logo de primeira (Esse aprendizado é doloroso!)Que bom que acertou com a pediatra!

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  2. Dani,
    ri muito com seu texto... Essa neura de usar macacão para voltar tudo ao lugar logo é comum! Eu comprei umas cintas também que eram mais torturadores que modeladores...
    Bjs

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  3. Dani, só tenho uma coisa a dizer do seu texto: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Beijos rs

    ps: ahahaha

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  4. Dani, muito divertido o seu texto!!
    Bom mesmo é contar o episódio depois que já passou!! Muito legal!!

    "Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres."
    Salmos 126:3

    Bjos

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