sábado, 15 de outubro de 2011

Proteção materna é magia!


Uma gaveta toda revirada. É assim que me senti quando mergulhei, de uma só vez,  meus dedos, olhos e pensamentos nessa linha do tempo, em busca de encontrar  uma  cena e classificá-la como o  momento mágico  mais peculiar do meu contexto materno.
 
Sem uma resposta de imediato esperada, o que eu provoquei foi uma avalanche delas... Que difícil! Entretanto, a seleção é  fundamental, tem que ser definida... mas qual  critério seguir?   Pela magia? Admiração? Encanto? Fascínio? Ilusionismo? Sobrenatural?  Qual quadro devo pendurar desta vez que retrate com totalidade algo especial,  ou quem sabe, transcendental?

O momento do nascimento é mágico; a amamentação é mágica; o embalar é mágico; o crescer e o desenvolver  de um filho é mágico; as primeiras palavras são mágicas; os primeiros passos são mágicos; o carinho  e vínculo entre mãe e filho é mágico; o dia-a-dia de mãe e filho, com todos os atropelos, alegrias e surpresas é mágico...

Passar pela maternidade é receber uma graça e compartilhar com Deus uma parcela do Seu amor. Desenvolve-se, a partir daí,  um novo sentido (Quem sabe o sexto, sétimo ou oitavo deles) para tornar-se mais apta,  capaz de zelar, com todas as letras do pequeno e indefeso ser que foi entregue com permissão divina. Proteção: uma palavra-chave que atiça os instintos maternais a tal ponto,  que,  “estar de plantão”, para uma mãe, não é nada difícil, pois isso acontece até inconscientemente.  Bem... vamos aos fatos:

Uma vez, eu deixei minha pequena, de poucos meses,  alguns minutos  sozinha no quarto e fui atender o portão. Enquanto eu dispensava a tal pessoa,  comecei a me sentir estranha, com falta de ar e um incômodo inexplicável. Parecia que estava “fora de órbita” e só conseguia pensar  na minha filha.  Tratei de entrar correndo e quando cheguei no quarto a encontrei passando mal, sem conseguir respirar. Rapidamente a socorri e consegui  acalmá-la. Só de imaginar o que poderia ter acontecido a ela se eu não tivesse seguido a     minha intuição, me faz ficar arrepiada. Graças a  Deus minha conexão com ela estava 100%.

Alguns anos depois, a caminho do trabalho, senti que o meu filho (de mais ou menos doze anos naquela época) corria perigo, não sabia por qual motivo, mas ele precisaria de mim. Nem hesitei. Desci do ônibus e me dirigi à escola onde ele estudava. Confirmei minhas suspeitas: um colega seu tinha reunido uma turma para dar uma surra nele. Estavam distribuídos em lugares estratégicos,  em frente à escola esperando-o para o “massacre”.  Meu filho nem sabia dessa armadilha. Eu me dirigi a eles, tive uma conversa looonnnga e muuuuiiiiiito difícil, mas consegui fazê-los mudar de idéia. Novamente agradeci a Deus pelo “toque” e por me ajudar a resolver tal questão. Depois do ocorrido, lógico: vem as lágrimas de emoção e de agradecimento.

Esses dois episódios extremamente significativos, para mim, estão diretamente ligados por um elo:  “o  toque”,  que nomeio e eternizo aqui  como  o momento mágico.  Como é  forte o sentimento de proteção de uma mãe,  um tipo de preservação   da espécie que não tem preço! é um vínculo sublime que  ultrapassa à explicação da lógica e o formalismo da ciência!

 (Zizi Cassemiro, mãe-protetora do Danilo e da Patrícia)

5 comentários:

  1. Zizi, que post lindo, amiga, como sempre! Adorei até a imagem escolhida, por ela demonstrar realmente uma proteção materna, que é tão natural e intuitiva que não passa nem pelo plano racional, tão comum tb é às mães de todas as espécies!

    Suas memórias fizeram-me lembrar da primeira semana com Miguel... Ficamos tão inseguras com relação à maternidade que acabamos ficando meio neuróticas. Pelo menos eu fiquei, bastante, e a todo instante eu ia perto do berço do meu filho só para ver se ele estava respirando... nem conseguia dormir, de tanta preocupação! Fiquei mesmo velando o seu sono... 24 horas por dia...

    Depois acho que Deus vai nos aperfeiçoando, por tanta misericórdia, e nos dá esses pressentimentos todos, né? Se não nem conseguiríamos fazer mais nada... nem voltar a viver... É muito amor, é muito zelo!

    Beijos imensos e parabéns, pelo post, pela sensibilidade sempre aguçada, por nos emocionar a cada escrito e por... ser seu dia hj... dia do professor!

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  2. Zizi, que lindoo!!! Essa imagem disse tudo!!! Amei o seu texto! Cheio de uma sensibilidade fora do nosso alcance, mas dada por Deus, no momento certo!!

    "E o SENHOR te guiará continuamente..." Isaías 58:11

    Bjos

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  3. Dequinha e Maria, obrigada pelas palavras de incentivo e de elogio. Eu sempre me emociono quando leio os comentários carinhosos. Deus abençõe!!

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  4. Zizi, fiquei arrepiada lendo. Realmente só mães entendem estas intuições que temos. bjks

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  5. Zizi, que maravilhoso isso!! Esse elo que existe entre mãe e filho, a intuição de mãe que realmente nunca falha! Quando imagino o que poderia ter acontecido com seus filhos, fico arrepiada...

    Achei a escolha perfeita. Foram realmente momentos mágicos esses. Lindoooo!

    Beijo, querida.

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