quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Futebolisticamente falando, zero à esquerda

                        

Nossa! De futebol não entendo nada. Outro dia, meu filho perguntou como  tinha sido o gol, porque ele saiu da sala justamente na hora daquele histórico acontecimento. A televisão estava ligada, eu a assistia sem ver, e, com muita naturalidade, respondi: “Filho, um jogador chutou a bola, o goleiro não agarrou e todos gritaram: gol!!!”  O olhar de decepção do Renan para mim, nunca mais foi apagado...  Ele pegou o celular, ligou para o pai, que estava ouvindo o jogo pelo radinho no trabalho e obteve a resposta desejada...
              
Lembrar desse acontecimento me fez voltar no tempo...  Aos 11 dias de nascido, eu vesti o Renan com o uniforme do Fluminense, composto por macacão, meia, sapato (que não coube no pé) e até um boné. Toda a indumentária era para agradar o pai, tricolor de coração, que não sabia mais como se orgulhar daquele menino. Acredito mesmo que não houve opção para o Renan: Ou ele seria tricolor ou ele seria fluminense... Será possível afirmar que a pobre criança escolheu o time pelo qual iria torcer ou foi convencido pelo pai do que deveria ser... Se eu for perguntar, o que escuto é: “Está no sangue!” Então tá, né?

Ainda pensando nessas coisas de futebol, lembro da primeira vez  em que levamos o Renan ao Maracanã. Sim, levamos, porque eu também fui, afinal, o que uma mãe não faz pela segurança de um filho? Eu bem que tentei levar um livro na bolsa para ler durante o jogo, mas meu marido me proibiu , dizendo que eu não o  faria passar por isso... Então, encarei como um passeio turístico e quando percebi, lá estava eu, cantando em uníssono com a torcida. Contudo, isso não foi o suficiente para que eu me rendesse ao futebol, até por que, confesso ter perdido a bola de vista várias vezes durante a partida...
               
Hoje, olho para a minha caçulinha Maitê e penso qual será a reação do pai   ou do irmão, se ela optar, por exemplo, por torcer pelo Botafogo,  já que a pedido meu , não sofre tanta influência e o máximo que já vestiu, até hoje, foi uma camisetinha na última vitória do time em  um campeonato. Será que a pequenina irá ou poderá escolher? Uma coisa posso garantir, se a minha menininha puxar à mãe, será futebolisticamente falando, também  uma gatinha zero à esquerda.
(Mônica Jogas - mãe do torcedor Renan e da futura torcedora Maitê)

29 comentários:

  1. Lindo meu amor,sem palavras.Renato(maridão tricolor)

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  2. Minha sobrinha Maitê não vai optar por outro time por que já está no sangue, sim tricolor é SANGUE, sangue de guerreiro. Trate de comprar já um uniforme pra ela usar nos dias de jogo!

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  3. É impressionante como as palavras fluem e você consegue pasar tudo de um modo engraçado e ao mesmo tempo sofisticado...
    Pena que A miriana não é mais sua aluna!!!
    E com relação a Maitê, será mengão de coração!!!
    Bjs

    Aline

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...diante de tanto eufemismo do pai e do tio..melhor ficar quietinha..rsrsrs...(mas nem tanto!).
    Moniquinha, qdo eu crescer qro ter essa sua facilidade em colocar em palavras td o que sente, vive e pensa. Lindo texto. Nem precisava dizer...rs...
    Amo vcs.
    Bjks

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  6. Mônica, bem-vinda ao clube das "futebolisticamente falando, também uma gatinha zero à esquerda".
    Eu nem sei o nome dos jogadores, exceto o tal do Ronaldinho, o Ronaldão gordinho e o tal de Neymar que os alunos não tiram o nome da boca. Agora me pergunte em que time eles jogam:: não sei!!Ops, de tanto ouvir acho que o Ronaldão é corintiano, o resto naõ sei mesmo.
    Seu texto está muito bem humorado e interessante!! Parabéns pelos escritos e por conviver bem com uma galera que gosta muito de futebol!!

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    1. Como sempre digo, é bom saber que não estamos sozinhas no mundo, não é?

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  7. Acertou de novo no texto tia !
    E estarei na torcida para Maitê para escolher um melhor time, claro o Botafogo ! hahahah
    Beijos e continue assim !

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  8. Eu adoro muuuito os textos da Monica, me diverto demais hahahah

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  9. Hahahahahaha! Eu amei esse texto! Posso falar ? Você também tem uma sobrinha futebolisticamente falando zero à esquerda!! Amei ver as fotos do Renan mais novo, uma graçinha!!! E desde bebêzinho do Pé Grande, não é ?! kkkkkk
    Adorei as suas histórias!!! Parabéns tia, texto maravilhoso!!!
    Um beijo!!

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  10. Ah... as peripécias em que uma mãe não se presta por um filho....
    Leio-te a redação Monica, e degusto-me do tempero palatável entre o humor e o regozijo.
    O humor, para as singelas expressões das circunstâncias... o regozijo, pois que se há algo de mais profundo no que tange o sentimento humano, este só pode ser o amor materno.
    Parabens pelo texto e pelos registros tão simples, no entanto, tão profundos da sua experiência.

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    1. Olá, Felipe!
      Agradeço imensamente pela visita. Espero que volte outras vezes...
      Beijos

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  11. Oh my God, recusar-me-ei a escrevinhar quaisquer observações neste sacro local, visto que minhas pobres e parcas letrinhas poderiam deveras conspurcá-lo.
    A parada é a seguinte, vou ali fazer um download tangente a la Machado de Assis e volto mais tarde!! :)
    Bjim, Moniqua!!!

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  12. Kkkkkkkkkkkkkkkkk...Amei!!Muito figura..rsrsrs....Déa

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  13. Mônica, seu texto é encantador! Lindo! Lindo!!
    Amei!!! Muito show! Muito bacana seus amores torcedores, cheios de personalidade! Cúmplices! Bacana mesmo! Parabéns!
    Bjos

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    1. Obrigada, Maria... Esses comentários adoçam a alma. Beijos!

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  14. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk,
    Mõnica, hilário seu texto. Jura que você pensou em levar um livro para o estádio?rs. Ainda bem que seu marido tomou uma decisão sensata,kkkkkkk
    Bjs

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  15. Adorei tudo, do princípio ao fim! que engraçado você pensar em levar um livro... consegui imaginar toda a cena! Eu também não me ligo em futebol e de vez em quando dou uns "foras" como os seus. kkkkkkkkkkkkkkkk Amei! Beijos

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    1. Feliz com o comentário... Poxa, quando eu abro a boca aqui em casa, sou motivo de piada. kkkkkkk

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  16. Primeiramente gostaria de dizer que seus filhos têm muito bom gosto! Tricolores... Urrú!!!! O melhor time!!!! rs rs rs

    E morri de rir com o seu primeiro parágrafo, em especial, pois me senti descrita ali! Sou igualzinha! Só sei o básico do básico e acho que quase toda mulher é assim, não? Paixão por futebol deve ter algo a ver com o cromossomo que só os meninos têm! Só pode! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Outra coisa que achei um barato e que vivenciei há alguns dias foi a questão da escolha que vcs deram ao Renan: ser fluminense ou ser tricolor. Miguel chorou dia desses pq eu disse que ele tinha que aprender a cantar o hino: "Sou tricolor de coração..." e ele disse que era Nense!!!! Uma comédia!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkk

    Legal vc ter ido ao Maracanã... só pra acompanhar o filhote... Sacrifícios mesmo que as mães fazem! Não tem jeito! No meu caso até saí do zero à esquerda pro um, se é que isso existe, só para acompanhar Miguel! E fui ao Maracanã com o pai, na época, pra agradar, mas todo mundo levantava pra comemorar na hora do gol e só uma alma continuava sentada na arquibancada. Ganha um doce se adivinhar quem! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Seu texto foi um arraso! Adorei! E só agora pude comentar. Desculpe-me pela lerdeza, tá?

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    1. Ai, Andreia, no meu caso, ir ao Maracanã foi verdadeiramente um sacrifício... Ainda bem que você me entende rsrsrsr
      Obrigada pelo comentário.
      Bjão

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  17. Um rápido episódio de tantos outros que marcaram. E você, como sempre, narrando divinamente. Olha como são as coisas. Eu aqui voltando no tempo e olho para a TV. “Fluminense Campeão da Taça Guanabara de 2012” É Kuku...Imagino a cena... Pai e filho comemorando juntos e felizes anos depois. Parabéns, minha comadre... (por este e por todos os textos que ainda serão escritos. Rs) Bjsss

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