quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sou tricolor de coração...


Na época, para agradar o meu marido, como eu não tinha time nenhum, por nem gostar de futebol, resolvi me tornar tricolor, meio que de brincadeira, mas a coisa foi ficando mais séria e eu até usei o boné e a camisa do Flu algumas vezes, inclusive, quando estava grávida, dona de um lindo barrigão! Acho que, no começo, foi meio que hipnose, diante de tantos escudos que eu via espalhados pelo quarto: adesivos colados na gaveta, na parte de dentro da porta do guarda-roupa, a faixa pendurada na porta, a bandeira enorme pregada na parede como um enorme quadro, a camisa vestida a cada jogo... Por fim, acho que esse escudo grudou foi em meu coração, e até no Maracanã eu fui parar! O casamento acabou, mas o time ficou em mim, comigo. E não só em mim, mas também no nosso filho Miguel. 

Ele já saiu da maternidade com o símbolo do Nense grudado nele... nos sapatinhos, na touca, na luvinha... e só não no macacão porque este ficou tão grande que o engoliu e adiou um pouco o uso. Ficou tão apaixonado que a primeira palavra que ele pronunciou, ainda com meses, foi Neeense! Bem pequetitinho, reconhecia o símbolo de longe e apontava, gritava, fazia a maior festa onde quer que fosse! Às vezes eu e o pai dele nem enxergávamos e pensávamos que fosse até invenção ou confusão dele, mas, logo em seguida, lá ao longe aparecia um tricolor... ou uma tricolor... que ele prontamente reconhecia como seres de uma mesma espécie, de uma mesma tribo! (risos)

Hoje ouço umas duzentas vezes por dia que o gol que ele fez é do Neeeeeeeeeeeeeeeeeeense, que a bola do Neeeense é a mais bonita, que quer colocar a roupa e o meião do Neeense, que quer ouvir o hino do Neeeeense no celular do pai... sem falar que ele fica prestando atenção nos jogos e comemora, reclama, fica nervoso, estressado, como na foto, enfim... Me acabo de rir! Uma comédia! 

Meu filhote entrou até para a historia por ter sido o tricolor mais novo a fazer parte da carreata do Amaury Valério, aqui na nossa cidade, quando o Fluminense ganhou! Lá ia ele, todo metido, com o uniforme do time, sentadinho no meu colo, ao lado do pai, no fuscão cinza. Mãe e pai vestidos com a camisa do Nense e até o fusca foi com a bandeira pregada em cima! Miguel colocava a cabeça pra fora do carro e gritava “Neeeeeeeeeeeeeeeeense!” para cada um que passava e que, claro, ficava doido! Um calor danado, e toda hora eu dava água para ele... na garrafinha do Neeense, claro! Não poderia ser diferente!

 (Andreia Dequinha – mãe do tricolor Miguelito)

12 comentários:

  1. Dequinha, esse menino-prodígio não ia ser diferente no tema futebol, não é? Miguel brilha em qualquer lugar, time, brincadeira, foto,etc etc. Esse troféu é o maior e o melhor, Dequinha!
    A maioria das crianças tem o incentivo em casa e passam também a gostar de futebol, acho que por isso aqui em casa nada disso aconteceu.
    Que Miguel faça muitos gols em sua vida com as merecidas vitórias. Show de bola!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu filhote é meu trofeu mesmo... é meu tesouro... meu Norte...!!! O difícil vai ser, conforme já comentei, convencê-lo que ser Nense é a mesma coisa que ser tricolor... kkkkkkkkkkkkkkkkk

      Obrigada pelo carinho de sempre, amiga querida, e sempre dá tempo de começar a torcer... que é o meu caso... comecei tardão! Mas comecei! Neeeeeeeeeeeeeense! rs

      Excluir
  2. Que delícia poder vibrar assim ao lado do filhão. Meu marido adoraria que eu vestisse a camisa, mas por mais que eu tente... Sou "zero à esquerda" mesmo! De qualquer forma, sei que terei que conviver por muitos anos ainda com o "neeeense" no meu ouvido, rs, pq a coisa aqui em casa tb é séria... Copos, camisas , bandeiras e toques de celular, assim como acontece com vc!
    Adorei !
    Bjks

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então, Mônica, de repente vc acaba cedendo e se tornando um "um à esquerda"... de tanto ouvir a hipnose do "Neeeeeeeeeeeense, Neeeeeeeeeeense", sem falar que só em deixar o maridão e o filho felizes já estará valendo! Mas algo me diz que vc se tornará tricolor quando a sua filhota, toda linda e poderosa, pedir! Quer apostar? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Beijos e viva o Neeeeeeense!!!

      Excluir
  3. Andreia, que coisa mais fofa é esse Miguel torcendo! Que carinha mais linda de torcedor que sabe o que quer! Amei! Lindo! decidido! Que coisa mais gostosa! Parabéns amiga pelo seu torcedor cheio de personalidade!
    Bjos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Carinha de pau da vida... nesta foto... Pois estava imitando o pai... o Nense tinha deixado de fazer um gol, por pouco! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Obrigada pelo carinho, amiga e mamãe de santistas!

      Excluir
  4. Ai que fofo!
    Miguel dirá para os coleguinhas, todo prosa, que sua primeira palavra foi nense. Nem papai, nem mamãe... nense!Que figura!
    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Criatura extremamente exótica, diferente até nisso! Metidinho, né? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Beijos, amiga da mangueira.

      Excluir
  5. Dequinha, eu me lembro da roupinha antes dele nascer ou foi quando ele nasceu?kkkk.Lembro que vc até mostrou em uma foto.Fico aqui imaginando o Miguel falando neeeeeeeense, deve ser a coisa mais linda do mundo, qualquer dia desses te ligo só para ouvi-lo gritando.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele usou a rouquinha quando nasceu... mas depois usou várias vezes, as mais diversas. Tem um montão de roupa do Nense e mais uma penca de acessórios. Quase fanático! Nem sei como deixou o pai levar a bandeira! rs rs rs

      Sinto que ele seria mais torcedor ainda se o pai morasse aqui, mas como eu estimulo beeeeeem menos, já viu! Graças a Deus não será tão chato quanto a isso! Ufa! rs rs rs

      Pode ligar que ele grita sim, bem no seu ouvido, só pra deixar a tia Maria Regina surda! Se bem que ele puxou a papai até nisso: só fala o básico no telefone e já quer se livrar. Uma comédia! kkkkkkkkk

      Excluir
  6. Que fofo imaginar o Miguel gritando no fusca na carreata pelo time. Amei a história! Ele, com certeza, ficará orgulhoso de saber que era o mascotinho da torcida. E legal também saber que você acabando se tornando tricolor por conta de uma sutil lavagem cerebral. rsrs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele foi uma comédia neste dia, amiga, e como estava quente, conforme eu falei! Éramos uma família linda! Tentamos ser, separadamente, ainda, apesar de algumas mocreias (muitas) tentarem mudar isso, em vão! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Só me arrependi de não ter levado a máquina neste dia e nem filmei. Seria uma relíquia, né? Beijoooooooos

      Excluir

O que lhe veio à mente depois de ler este texto?!? Queremos muito saber!!! Comente!!! Obrigada!!!