sábado, 20 de fevereiro de 2016

Tatuados em mim!

Acho que sou uma mãe sem nunca ter “parido”, pois quando acho que não existe mais amor em mim, me pego mais apaixonada pelos meus sobrinhos!

Tudo isso aconteceu há 6 anos, com a chegada de Isadora. Primogênita de tudo (sobrinha, neta, filha), pegá-la  no colo pela primeira vez fez meu coração parar. Ali já soube que estava rendida, ela já me tinha para sempre.

Quando Isadora estava com 4 anos, minha irmã ganhou o Heitor, que veio ao mundo para ser guerreiro. Um parto prematuro e com muitas complicações pós-parto. Mais um universo novo se revelava pra mim... Ao contrário do nascimento da Isadora, não pude ver o Heitor, pois não é permitido a entrada de parentes na UTI pré-natal (só pais e avós). Em um dos 45 dias em que ele passou internado, a chefe da enfermaria, naquele dia de manhã bem cedo, permitiu que Isadora visse e “pegasse” o irmão, ela conhecia o irmãozinho e eu o meu sobrinho, que, mesmo em foto, era a coisa mais linda do mundo. E lá já se vão 2 anos...

O tema da semana aqui no blog é do que sinto saudades...

Não sinto saudades da minha vida antes dos meus sobrinhos, porque ela continua a mesma... nunca quis ter filhos e continuo não querendo, mas já sinto saudades do tempo em que eles eram menores. Acho que passa muito depressa! Essas crianças crescem muito rápido! Só tenho que aproveitar cada minuto que tenho e posso passar com eles. E aproveito mesmo! 

Mesmo que eles não se lembrem, por exemplo, de como foi o primeiro banho (que, aliás, foi meu pai quem deu, nos dois!), são as minhas memórias da infância deles. O que eu posso e não posso fazer eu faço por eles! Isadora é minha parceira de comida japonesa, Heitor é meu incentivo para uma Pós em Educação Especial... Eles são a minha vida!

Eles não nasceram de mim, mas sou grata a Deus por permitir que eu seja uma tia “mãe”, que os leva no coração e agora também marcados na pele, devidamente tatuados em mim. 


(Flávia Damas - "tia-meio-mãe" da Isadora e do Heitor)

7 comentários:

  1. Flávia, acho muito bonito sentir-se mãe sem ter passado pela experiência: tia-mãe é isso mesmo, eu também sou assim com os meus sobrinhos, mesmo quando tinha os meus pequenos, eu tratava os meus sobrinhos como filhos , e até hoje, já adultos eles têm que me aguentar kkkk. Gostei de ler um texto que mostra outras formas de ser mãe. Parabéns pela sensibilidade materna.

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  2. Filhos de coração, laços inexplicados, almas gêmeas... assim defino amor incondicional... e para sentir isso não precisa sair da gente, não precisa ser da gente, não precisa nem ser parente de sangue, no caso você manifestou tudo isso por filhos de sua irmã, seus sobrinhos ... sua família é linda Flávia ...........Adorei seu texto.......... bjos

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  3. Flavitaaaaa, amei o seu texto, tanto quanto amo o seu jeito coruja com seus sobrinhos, sempre presente, divertida, amorosa! Sem dúvida, é uma tiazona!

    Imagino a emoção que sentiu quando a Isadora nasceu, pois eu tb vivenciei isso quando a Isabella nasceu, minha sobrinha mais velha, pois a gente se sente meio mãe mesmo! Lembro-me de que chorei horrores quando meu cunhado me ligou pra avisar que ela tinha nascido e que minha irmã estava bem. Estava indo tomar banho, e minhas lágrimas se misturaram com a água do chuveiro. Depois foi a vez da Gigi chegar, mas aí eu já sabia mais ou menos como seria...

    Linda a tattoo!!! Linda vc!!!! Beijos.

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  4. Nossa,eu li seu texto e me emocionei,até porque tenho uma sobrinha e não tenho se quer a oportunidade de estar ou participar da sua vida,pois foi assim que a mãe dela escolheu...
    Seu texto me fez lembrar o dia que descobri minha primeira gravidez e como foi difícil superar a perda aos três meses de gestação,aonde eu sentia e me comovia com aquele ser frágil dentro de mim...
    A sua experiência faz lembrar o quanto é importante amar e cuidar mesmo nao sendo mãe,vc os tornou seus filhos e isso é lindo,mesmo eles sabendo que são seus sobrinhos,sabem que vc os trata como filhos...
    Parabéns que vc seja muita abençoada.Nayara

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  5. Que amor lindo de tia, Flávia! Minha irmã também é grudada com meu filho e eu amo isso! Ainda não sou titia, mas quero muito poder sentir esse amor um dia. Parabéns pelo texto. Beijão

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