Uma riqueza, duas cesáreas!

Hoje completo 41  anos e o maior, melhor e mais valioso presente que já ganhei na vida veio através de cesárea!

Da primeira vez, imaginava como aquele ser humano sairia de dentro de mim e que deveria doer pra burro fazer um passagem tão estreita aumentar 10 cm... Vivia falando isso com meu médico e ele tentava me tranquilizar, já que, incentivador do parto natural, dizia que o corpo tinha substâncias que faziam tudo funcionar como devia e na hora certa.

Só sei que estava sentada na sala de casa com meus pais, minha tia e marido, era dia de "A Grande Família" e comecei a me sentir estranha, uma dorzinha inédita, intensa e progressiva dava a volta no meu corpo. Liguei para o médico. Ele me perguntou de quanto em quanto tempo isso estava ocorrendo. Eu disse que de 10 em 10 minutos. Ele me falou que quando estivesse em 5 minutos era pra eu ir para Arraial do Cabo, onde ele estava de plantão. E fui. "Morfando" a cada minuto, virava monstro a cada contração! Cheguei pensando que meu bebê seria cabista... E a surpresa: meu médico disse que era pra eu ir pra casa que só estava com 1 dígito de dilatação. Mandou que me preparasse para internação às 8:00 h, lá em Cabo Frio mesmo. Passei a madrugada em claro, com a dor mais intensa que já senti na vida, doidinha para que chegasse  a hora marcada.

Fui para o hospital, "morfando" sem parar! Não lembro bem de nada até a hora em que meu médico chegou, era mais ou menos meio dia, e eu só tinha dilatado 3 cm!!! Que sofrimento!!! Aguentei até às 15:20 h, com 8 cm dilatados, momento em que parei de dilatar. Nem deu pra ficar feliz quando o médico disse que eu iria pra cirurgia, tamanhas exaustão e dor.

Nunca esquecerei aquela agulha penetrando minha coluna, que maravilha!!! Sem dor, sem "morfar", sem dor!!! (risos) Às 15:50 h,  nascia Liz, meu presente!

Mas o Senhor me presenteou ainda uma outra vez! Já sabia que essa viria por cesárea de qualquer jeito!!! Nunca mais aquela dor dilacerante! (risos) Apenas o pensamento de que desta vez não haveria dor para me distrair a atenção da agulha da anestesia...

Corria tudo bem até a trigésima sexta semana, quando tive uma virose, infecção, dengue (não sei ao certo até hoje), que me obrigou a ficar internada por quase sete dias, e que colocou em risco a minha vida e a vidinha do meu bebê.

Sobrevivemos, com a graça de Deus, e, com 38 semanas, desesperada com a agulha da anestesia, fui para o centro cirúrgico para receber meu outro valiosíssimo presente: a Giulia!

E com o coração transbordando de gratidão e amor a esse Deus tão Maravilhoso, Amigo e Verdadeiro, neste 15 de abril de 2016, louvo a Ele por ter junto a mim a maior riqueza que uma mulher como eu poderia ter: minhas Liz e Giulia!

                       (Luciana Thompson - "mãe -vó" de Liz e Juby!)