quinta-feira, 23 de junho de 2011

08:41 - Hora do parto!!!


A chegada de Miguel estava prevista lá para o dia 27 de agosto, mas, com a pré-eclâmpsia, eu estava cada dia mais ansiosa e preocupada. Na última consulta, no dia 11 de agosto, eu estava com 38 semanas, e minha obstetra pediu que eu voltasse lá no dia 17 para ela me dar o toque e ver se podia de repente fazer a cesárea naquele mesmo dia ou no dia seguinte. Comentei com ela que eu estava receosa com a mudança da lua, prevista para o dia 13 para 14, pois já tinha pesquisado sobre isso e tal. Ela riu de mim, me tranquilizou e me garantiu que ele não nasceria antes do dia 17. Brincou, ainda, dizendo que eu poderia até viajar, já que seria feriado. Fui dar um beijinho de aniversário na sobrinha de Jeter, Carol, e de repente Jeter comenta que eu estava muito inchada. Inchei do nada, instantaneamente, e comecei a sentir um cansaço danado. Além disso, senti a maior vontade de comer bombom da caixinha azul. Vim embora devorando uma caixa, feliz da vida!

Cheguei em casa, tirei umas fotos semi-nua brincando que aquelas seriam as últimas fotos com o barrigão (e realmente foram!!!), e fui tomar banho para lanchar. Foi no banho que descobri o sinal de que Miguel já queria vir ao mundo, obedecendo ao meu desejo de que ELE escolhesse o seu dia e não eu, ou o pai, ou a médica. Lá estava o tal do borrão de sangue, um dos sinais de parto. Chamei calmamente mamãe e Jeter, que ficou suuuuuper nervoso e começou a chorar. Eu, por milagre, não senti nenhuma dor e nenhum nervosismo. Só muita, mas muita ansiedade!

Jeter ligou para a irmã dele, para a minha irmã... e, por último, para a minha obstetra! Passou o telefone pra mim, que estava (pasmem!) mais calma, e foi então que ela falou para eu tomar um Buscopan e tentar dormir, para ir à clínica no outro dia, cedinho, caso não sentisse dor de madrugada, pois aí ela faria o meu parto imediatamente. Nem consegui fechar os olhos! Fui ficando aflita, porque Miguel parou de mexer. Não respondia nem aos chamamentos do pai. Só mesmo com o dia amanhecendo que o sapeca do menino foi se mexer, mas aí já estava praticamente na hora de eu ir para a maternidade, conforme o combinado.

Conferi a bolsa, pela milésima vez, tudo direitinho, e lá fomos nós! Chegando lá, fiquei super triste com o fato de não permitirem que o pai assistisse ao parto, pois senti que ele muito desejava isso, mas a minha vontade de ver meu filho era tããããão grande que nem barraco eu quis fazer por causa disso! (risos) Mudei de roupa e fui levada para o centro cirúrgico. Jeter estava suuuper nervoso, chorando, perambulando pelos corredores. Lembro-me como se fosse hoje! Tomei a anestesia e logo depois vomitei toda a água que bebi para tapear a fome que senti de madrugada. Foi tudo tão rápido e tão intenso!

Às 08:41 conheci pessoalmente meu amor e meu bem mais precioso: um menininho de 50 centímetros, um pouco mais de três quilos, rosadíssimo, que parecia um tijolinho! Ouvi o seu choro e, ainda bem baratinada, posei ao seu lado para a nossa primeira foto juntos! Eu tinha absoluta certeza de que aquela sexta-feira, dia 14 de agosto de 2009, mudaria profundamente a minha vida e me transformaria em outra pessoa! Naquele instante T-U-D-O na vida passou magicamente a fazer um puuuuuta sentido e eu sabia que não estaria mais sozinha, nunca mais!!! Graças a Deus!!!

(Andreia Dequinha - a mãe apaixonada do Miguel)

12 comentários:

  1. Que lindo este relato, Dequinha! Muito legal conhecer os detalhes deste dia e da ansiedade da espera. Imagino a emoção de ver a carinha do seu filho pela primeira vez! Deve ser algo indescrítivel!

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  2. Como esse dia é marcante na nossa vida!!! Lindo seu relato sobre a "escolha" do bebê...Quem sabe faz a hora, não é amiga?! E esse Miguel sabe tudo...rsrs. Amei a foto.

    Bjo

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  3. Muito lindo seu relato. E esse Miguel, hein?!Que danadinho, já com vontade própria desde cedo...rs.
    Bjs

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  4. Dequinha, esse Miguelzinho veio mesmo para fazer a diferença na sua vida, é lógico que para melhor, pois ser mãe traz uma satisfação muito intensa para nós, mulheres. Não há outra emoção que a supere...principalmente que o amor de mãe é verdadeiro e não tem prazo determinado: é para sempre. As demais formas de amor são geralmente movidas e alimentadas por determinadas condições.
    Seu texto está fofo, bonito e inteligente, como o próprio tema que o alimentou: o Miguel;))

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  5. Ai, Dequinha, que lindoooo! A cada linha que eu lia, ia ficando mais arrepiada. É muito intenso esse momento mesmo...
    O Miguel é um fofuxo e que teve a sorte grande de ter a Andreia Dequinha (índia doida) como mãe!

    Adorei, muito lindo!
    Beijos

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  6. Andreia,

    Muito emocionante o seu relato amiga, coisa gostosa de se ler, porque nos transporta para um mundo de inexplicáveis sensações! ser mãe é inexplicável! É dor, é alegria, é sensacional!!!!!

    Parabéns pelo Miguel!

    Bjinhos

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  7. Caraca, que bom ler issaqui, foi bem gostosinho, tintim por tintim!! E lembro o pânico que dá mesmo, quando o neném fica sem se comunicar por um tempo, hehehe!!
    Mas cooooomo não deixaram o pai ficar na sala de parto, meu Deus? Que coisa mais século XIX, onde estão os direitos das grávidas, dos bebês, dos pais, afinal?
    Bjim, Dequinha, e força na peruca!!!!

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  8. Clecinha, realmente foi a maior emoção já sentida em minha vida! E costumo brincar que a gente só leva anestesia pra conseguir não só lidar com a dor (que, no meu caso, nem senti), mas com a voltagem da emoção, viu! Bjos.

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  9. Mariuza, vc acredita que eu detestava o mês de agosto e acho que Deus, sabendo, claro, disso, resolveu mandar Miguel justamente neste mês, pra eu me simpatizar com ele. Hj já vejo, por motivos óbvios, esse mês com outros olhos!

    Que bom que gostou da foto! Mais pessoal impossível, né? :-)

    Um beijo enorme e que alívio que Miguel escolheu o dia que queria vir ao mundo, pois acho que é muita responsabilidade pra mãe escolher... poderia querer ficar mais na barriga, sei lá. rs rs rs

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  10. Dani Lino, menina, não sei a quem ele puxou sendo assim cheio de vontade e de personalidade, viu! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Zizi, acho que, depois de tantas decepções e dores, o que me faz não conseguir sentir raiva do pai de Miguel é justamente o fato de ter sido ele quem me deu o maior presente da minha vida. Isso supera todo o resto... Por isso que aposto que meu carinho por ele será tão eterno quanto o meu amor pelo meu filhote! Beijos imensos, linda!

    Simone, estou aprendendo muito aqui com os relatos de vcs... assim como ser mãe nos ensina muitas coisas, né? Às vezes passamos por coisas que achávamos que não suportaríamos... ser mãe transforma borboleta em leoas... e tb vice-versa, dependendo do momento. Beijos mil e a emoção maior daqui dete blog, que tem a ver com vc e sua historia, ainda está por vir. Mas eu creio imensamente nela! Te amo!

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  11. Maria, obrigada pelo carinho e ser mãe realmente nos obriga a conviver com paradoxos... e a acolhê-los, ainda que não os entendamos. Beijocas.

    Else, fiquei louca com Miguel sem se mexer,ainda mais naquele dia, porque grávida fica com a imaginação mais fértil ainda e pensa em mil coisas... Pensei que o borrão fosse sangue de um possível aborto, tantas merdas... Vixe!!!! E elezinho sempre se mexia pra caramba quando o pai falava com ele, era instantâneo... e naquele dia nem assim, aí realmente me apavorei. AInda bem que ele estava apenas dando uma cochilada! rs rs rs

    E não deixaram Jeter ficar na sala do parto alegando que ele estava muito nervoso... e podia passar mal, ou atrapalhar... sei lá... E olha que eu estava toda animada por não fazer o parto pelo SUS justamente por isso, pra poder dividir esse momento tão ímpar com o Jeter, mas... Deus sabe o que faz! Deve ter tido algum outro motivo extra, não explicado. Vai saber!

    Beijos.

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  12. Dequinha, fico emocionada toda vez que fala que o blog tem a ver comigo....também te amo!

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