sexta-feira, 22 de julho de 2011



Tentei lembrar de um graaaande perrengue que passei por causa de Cauã, mas não veio nada de interessante... nada que já não tivesse contado aqui, como por exemplo, o parto, o curso de formação para soldado bombeiro e o fato de ter que ficar longe do meu filho uma, duas vezes por semana. Este último merece ser comentado mais uma vez, afinal ainda sofro com isso,

Comecei a trabalhar nesta cidade (distante da minha 102 km) mês passado. Quando me deram a notícia que iria, fiquei triste e lembrando da época difícil que foi o meu curso de formação; o quanto foi ruim ficar uma semana longe do meu filhote, durante nove meses. Meu Super me tranquilizou e pensei: "não será tão difícil assim".

Logo no primeiro dia de serviço tive que dobrar, ou seja, ficaria dois dias seguidos longe de casa, do meu filhote, do meu Super. É costume  fazer isso, já que eles (meus colegas de trabalho) não querem pegar estrada toda semana. Acontece que eles são pais... e eu sou mãe! Meus dois primeiros dias de serviço foram horríveis, demoraram a passar... e não tinha nenhuma mulher para eu dividir minha angústia de mãe. Era só eu e um monte de homem. Fiquei trancada no meu alojamento engolindo o choro pra não sair na ocorrência com o rosto todo inchado de tanto chorar. Vez ou outra não conseguia conter as lágrimas...

Quando penso que já havia me acostumado com essa vida de ficar dois dias fora de casa, semana passada tive uma recaída "braba". Nossa!Foi duro, viu?!Já estava me preparando para dormir quando resolvo ligar pro Super e saber das novidades. Meu filhote pega o telefone para conversar comigo e no fim da conversa fala: "tô com saudade de mamãe". É eu sei, eu sei, coisa boba!Ele fala isso direto pra mim, mas naquele dia, naquela noite, foi o suficiente para acionar o botão da tristeza e eu derramei litros de água. Fiquei lá no meu alojamento, sem tv, sem net, sem som. Só com a minha cama e meu travesseiro (que ficou encharcado, tadinho!) chorando, chorando, chorando.

Cheguei em casa numa tristeza só  e com uma vontade de não voltar nunca mais pra lá. Ou de pelo menos nunca mais dobrar serviço. E foi isso que fiz esta semana. Oxi, chega de sofrimento, de choradeira. Credo!Quem faz nosso céu e inferno somos nós mesmos. Então decidi e estou decidida. Pegarei estrada toda semana, gastarei mais, é verdade, mas pelo menos não precisarei ficar dois dias longe do meu Filhote. Pelo menos enquanto eu estiver assim, fragilizada. Depois quem sabe... Deus proverá!!!

Dani Lino -  mamãe chorona de Cauã

9 comentários:

  1. Dani, às vezes somos mesmo obrigadas a encarar ausências além do que gostaríamos porque não podemos abrir mão do trabalho e nem da família. Não se consegue nada sem luta e suor. É assim que aprendemos, esse é o caminho.

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  2. Querida...
    Fiquei emocionada aqui...quantas vezes uma frase dos nossos filhos nos fazem mudar a direção. Torço por você e se cuida nessas estradas, mulher!

    Beijos

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  3. Dani
    Que história linda!!!!!A primeira vez que tive que ficar longe das gêmeas (5 dias), quando chegou na metade me tranquei no quarto e lá fiquei,(elas estavam com 8 meses)- como doi e dor da saudade.Peça a Deus que conforte seu coração e lhe dê forças, logo passará esse perengue.
    bj

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  4. Fiquei muito emocionada com seu texto, Dani! Ficar longe do seu filho por dois dias é uma necessidade, mas quem disse que não é doloroso? Força, viu?

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  5. Dani, nesse meu recesso, meu pai veio buscar o Henrique para passar o dia com ele. Veio logo de manhã...ahh, fiquei tão triste, a casa vazia, um silêncio!!
    Eu sinceramente imagino como se sentiu ou como se sente tendo que ficar dois dias sem vê-lo.

    Força sempre ;)
    Beijos

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  6. Dani, que difícil menina! Mas você com certeza vai superar todo esse perrengue, dor de mãe é dor mesmo, não tem nada igual. Espero que tudo melhore, que você encontre a melhor saída para não sofrer tanto!

    Bjos

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  7. Essas conversas telefônicas com nossos filhotes são de cortar mesmo o coração e fico imaginando no seu caso, depois de tantos dias distante, sem se abraçarem, amiga. Sinistro! Eu já choro quando ligo do serviço pra casa e o ouço chorando ou dizendo pra eu vir logo...

    Com certeza vc está certa... é preferível doer no bolso a ter de doer no coração. Nunca mais peguei dobra depois que Miguel chegou. Quero curtir meu filhote, mesmo vivendo apertada, até pq quanto mais a gente ganha, mais se gasta.

    Beijocas.

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  8. Amiga, imagino o seu sufoco. kkkkkkkk Mas ele vai crescendo e vai se acostumar e vocë também. hehehe bjss

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  9. Nossa, Dani, fiquei doendo aqui...
    Muita força procê!!!
    Bjim!

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