segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pediatra?


Quando a Sâmia nasceu, aqui em minha cidade mal havia médico. Quando o médico que fez o meu parto mudou-se para cá, só havia dois. Fui ao médico poucas vezes, durante minha gravidez. Não havia o tal do ultrassom, tampouco o teste do pezinho, muito menos pediatra. Mas tenho especial carinho por Dr. José Antônio Dias, clínico geral, uma pessoa boníssima, que era o faz tudo do Hospital de Minas Novas e se desdobrava para dar conta de tudo e de todos, ao lado de outro médico, recém-chegado, chamado Dr. Rafles.  Eram adorados por toda a cidade.










Dr. Zé Antônio fez o meu parto complicado, ele não sabia se cuidava de mim, com a pressão nas alturas, ou se consolava meu tio Júlio e minhas irmãs que choravam sem parar. Tornou-se o médico da Sâmia. Infelizmente ele não mora mais aqui, mas volta de vez em quando, para matar as saudades de suas crianças, como ele diz. Lembro-me de que um dia, ele me parou na rua e disse: “Quando a Sâmia era criança, eu a vi quase todos os meses, agora que ela cresceu nem liga mais para mim. Diga para ela ir ver o baixinho que a trouxe ao mundo...” E era sempre assim: carinhoso, falante, alegre, mais amigo que médico. Ele mudou-se de Minas Novas há mais de dez anos, mas não há quem não tenha uma história engraçada, triste, alegre ou comovente para contar sobre o Dr. Zé Antônio.
(Irene Sena - mãe da Sâmia)

5 comentários:

  1. Irene,
    É engraçado mesmo como conseguimos criar um carinho tão grande pelo pedriatra de nossos filhos. rsrs
    Eu consigo entender sua história como se fosse a minha!! Parabéns por nos trazer à tona essa emoção.
    Beijos

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  2. Irene, quando conseguimos uma relação de amizade com um profissional, é muito mais gratificante porque ficamos mais seguras em saber que podemos contar com alguém. Que pena que isso é tão difícil hoje em dia. Você foi felizarda em conhecer um médico que até hoje se importa com as pessoas da família. Estão bem cuidadas!!

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  3. Cidade pequena tem uma destas vantagens, nos aproximamos mais das pessoas, quanto mais o nosso médico né ? bjss lindona

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  4. É verdade, cidade pequena guarda bem essa relação médico-paciente. Maravilhoso encontrar um médico que até hoje lembra de sua filhota. Ai que tudo!

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  5. Irene, lindo texto, doce, cheio de sentimentos!!
    Moro em cidade pequena, sei como que é isso.

    "O SENHOR te abençoe e te guarde" Num 6:24

    Bjos

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