domingo, 18 de dezembro de 2011

Tempo de pensar



Papai Noel faz parte das minha mais doces lembranças da infância, por isso fico muito feliz por ter  tido filhos com quem também curte essa fantasia! Sempre me emociono quando presencio o helicóptero dando voltas sobre a ACM, na festa de Natal, quando vejo crianças correndo de ou para Papai Noel, quando canto Deixei meu sapatinho...

Aqui em casa sempre fizemos aquele ritual todo, sapatos ao lado da árvore, biscoitos e leite pro bom velhinho. (O Mô "adora" esse lanche anual, principalmente depois da ceia!) O que nunca tirou o foco do aniversariante, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, hehe. Cantamos Parabéns pra Jesus, Ele é o homenageado, e procuramos colocá-lo no centro das conversas e da nossa rotina, especialmente nesta  época. Acho que as crianças precisam mesmo saber  quem é quem, para que não confundam uma data de reflexão profunda com uma simples distribuição de presentes caros e comilança farta.

Em 2008 (ou 2009) foi muito legal, porque o Google botou  na internet um rastreador de Papai Noel, vocês lembram?? Mostrava os países por onde ele já havia passado e contava as horas pra ele chegar ao Brasil!!! O Tariq ficou doidinho, queria comer logo e voltar pra casa (a ceia é na minha mãe), porque Papai Noel só passa na casa de quem já está dormindo! E a Talita?! Ela já não acreditava mais, mas ficou muito impressionada e confusa, tipo “Como pode??” E olhava pra gente com aquela carinha linda de interrogação!!

A Talita e o Tariq sempre escreveram cartinhas para Noel, que foram enviadas para o polo Norte.  E não é que, quando ela estava com 7 anos, recebeu uma cartinha dos Correios, convidando-a para participar de uma festa na sede?! Lá ela recebeu alguns brinquedos, foi filmada pela rede Globo (mas não disse uma palavra!) , houve  show de mágico e palhaços, lanche etc. Foi uma surpresa e tanto! Mas ainda menor do que uma oooutra: dia 24 de dezembro, à tarde, tocaram o interfone, fui atender e eram os Correios de novo! Chegaram   patins (ela havia pedido um patinete), uma mesa de passar roupa (pedido dela também) um urso de pelúcia lindo e um Lego. Eu não parava de chorar e ainda tivemos de esconder depressa todos os presentes, pra ela não ver antes da hora. Eu não sabia dessa campanha dos Correios e, depois desse evento tão marcante nas nossas vidas, nunca mais enviei as cartinhas, para evitar que elas tirassem a vez de quem realmente precisa ser contemplado pela adoção.

Acreditei em papai Noel até os 10 anos, quase 11, e fiquei tão triste quando descobri que era meu pai quem comprava tudo... A Talita teve essa certeza exatamente no dia 24 de abril de 2006, aos 8 anos: ela começou um papo de que "o Papai Noel é muito gordo pra passar pela grade da janela, aqui não tem chaminé, o pó de pirlimpimpim é pra fazer voar, não pra diminuir as pessoas, e esse negócio de que ele é um espírito é  mentira, porque o Gasparzinho não consegue pegar coisas sólidas! Fala, mamãe, Papai Noel não existe, né?!" Bem alegrinha, saltitante com a descoberta! Fiquei comovida com o raciocínio "científico" dela, com a felicidade e a vibração no jeito de falar. Abracei a minha filhinha, fizemos a maior farra, contei casos de quando eu era pequena e acreditava, custamos a "desligar" pra dormir!! O Tariq descobriu ano passado, por "recomendações" de amigos... Apesar da satisfação pela conquista, percebi uma leve tristeza, talvez pela decepção, talvez pelo desejo de continuar acreditando.

A história de amor e de doação de São Nicolau me sensibiliza muito e, aliada à de Jesus, torna esta uma época de emoção pura, em que nos voltamos para a divindade, em que, envoltos por vibrações de amor, de carinho e de boa vontade, prometemos nos melhorar e pensar mais no nosso próximo. Quisera houvesse um cadinho que concentrasse e armazenasse toda essa energia positiva, onde pudéssemos buscá-la quando nos faltassem forças e nos falhasse a memória, pelo novo ano adentro...
                                                                                                (Else Portilho)

4 comentários:

  1. Ô Else! É realmente um momento de reflexão, de partilha, de celebração, mas suas palavras vão além, pois agora fazemos o balanço, revivemos lembranças daquilo que é e sempre foi em toda a nossa vida e essa sua reflexão é de toda sua materna vida (que começa mesmo antes dos filhos virem)! Muito lindo vê-la celebrar a sua vida e de seus filhos! Ser mãe, como você é, é motivo de muitas graças! Tariq e Talita são abençoados por ter uma mãezona tão amorosa e respeitosa como você é! Deus ilumine tantas outras pra que nesse momento de Natal, tão especial, percebam os detalhes e a riqueza de ser mãe todos os dias dos anos!Feliz Natal pra toda sua família e que 2012 seja escrito em muitas mais boas lembranças e conquistas. Beijos, Ursula.

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  2. Else, que lindo!!!Aqui tb cantamos parabéns para o aniversariante.Hahahhaah eu tb fiquei super decepcionada quando descobri que minha mãe que colocava os presentes dentro da minha meia.
    bj

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  3. Else, um dia ou outro a gente acaba descobrindo a outra parte da história, pois apenas omitimos o restante. Que essa coisa de Papai Noel é (quase)uma metáfora; afinal é o papai mesmo quem coloca os brinquedos. Esse nome de Noel é só para confundir rsss. Mas a expectativa que é criada em torno disso é que encanta e aqueles que conseguem manter esse clima vive momentos inesquecíveis. Os que não agem por esse modo, não deixam também de viver lindos momentos, apenas com um punhado a menos de fantasia.
    Muito bonita a sua forma de receber o Natal junto a sua família.

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  4. Linda, muito legal a sua história. Eu também curti muito todos os momentos em que Pedro acreditava. Eita época boaaaaaaaa. kkkkkkk ele também escrevia carta e colocava no correio. hehehe Muito legal !

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