sábado, 14 de janeiro de 2012

Até de madrugada? Não deixo mesmo!

Eu sempre pensei em criar os meus filhos de maneira diferente da que fui criada, pois a minha mãe sempre foi muito brava, mais que isso, muito nervosa, ela falava e a gente simplesmente tinha que obedecer, não tinha direito à explicação, somente escutar e não responder nada. Era um autoritarismo acompanhado de muito drama, fora do normal e isso nos deixava com muito medo dela.  Foi muito difícil, mas hoje eu a entendo, de certa forma, pois criar sete filhos não foi brincadeira!

Tentando acertar em relação à educação dos meus filhos, cometi muitos erros, dos quais me arrependo, mas sei que alcancei vitórias, porque sempre foram elogiados em relação ao comportamento na escola. Nunca me deram trabalho, são responsáveis, se estou trabalhando e vem chuva eles fecham janelas, cuidam de tudo,  não tenho preocupação. Valeu o ensinamento e as muitas vezes em que precisei dizer: “A mamãe já disse que não pode”. Na verdade eu sempre fui a megera, rsrsrsrs  O pai sempre foi bonzinho, mais tranquilo. Um ótimo pai, graças a Deus! Aprendo muito com ele, principalmente nos momentos em que é preciso agir com calma.
Sempre fui muito firme com os “nãos” que achei serem necessários, pois penso que os pais precisam ter consciência da importância de suas atitudes, pois se ora proíbem, ora permitem determinado comportamento, é possível passar para eles uma idéia de falta de coerência.



Em relação ao tema desta semana, “A mamãe já disse que não pode”, a minha luta tem sido com  o Mateus (15 anos), porque quer ficar até tarde jogando vídeo game (XBOX), segundo ele, os amigos que jogam online ficam até tarde, de madrugada mesmo, ele é cheio de argumentos, mas eu não permito, falo sobre a questão da saúde etc. Agora no período de férias até que deixo ficar um pouco mais tarde, mas quando está no período de aulas, não deixo! Aí falo mesmo: “A mamãe já disse que não pode”.
Quando os pais têm autoridade, são capazes de ensinar o que acreditam ser o melhor caminho para os filhos; porém, quando não passam valores concretos, acabam confundindo os pequenos e não conseguem definir o que é realmente correto. Muitas crianças estão acostumadas a achar que só têm direitos e nenhum dever.



A autoridade é indispensável para a construção do caráter e da personalidade dos filhos. Crianças criadas sem consciência de limites se tornam adultos frustrados e infelizes. (Revista Planeta, out 2008)
(Maria José - mãe de Mateus e Elias)

6 comentários:

  1. Maria, tem coisa pior do que uma pessoa (criança ou não) sem limites? O que vem logo a nossa cabeça quando nos deparamos com isso é : "a mãe não soube educar", por isso os "nãos" tem uma função muito importante, porque se deixarmos os pequenos a mercê deles mesmos, a tendência é só para o que não deve.
    Eu convivi com tantos "nãos" na minha infância e adolescência; hoje eu os compreendo e até os admiro, pois tenho muito consciência do que devo e do que não devo; agradeço aos meus pais pela sua resistência/tolerância/persistência.
    Em relação aos vídeos games, isso é mesmo uma febre...e nem precisa ser adolescente, aqui em casa até o dono da pensão fica "fissurado" por causa do tal aparelhinho...afffffff!!
    Portanto, torno a dizer: você está coberta de razão.Muito pertinente a citação da revista. Gostei!!

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  2. Olá amada! Acho que você está certíssima! Os nãos fazem parte da boa educação. Eu acho que você está no caminho certo! Grande beijo.

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  3. Maria José, muito interessante a sua postagem. A criança tem mesmo que conhecer os limites. Do contrário, mais tarde serão adultos frustrados mesmo.
    Quantas pessoas a gente conhece que foi muito mimada quando criança e agora, um adulto, quer que todas as atenções do mundo estejam voltadas para ela, e a realidade é bem outra. Como resultado a gente encontra um adulto descontente com tudo, crítico veemente da vida dos outros e, o pior, aquela pessoa que ninguém tem paciência de manter um diálogo, pois só fala de coisas ruins.
    Acho correta a sua intervenção na criação de seus filhos. Eles é que lucram com isso.
    Grande abraço.
    Manoel.

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  4. Maria José, você faz muito bem na sua educação, as crianças realmente precisam de limites. Esta onda de vídeo game nos mata né ? kkkkkkkkkk Pra mim sempre foi uma luta também, aliado ao computador, mas sempre impus horário na época de aula. Vejo vários alunos que dormem na aula, quando pergunto sei que ficaram até madrugadas em joguinhos. Vemos que faltou um pulso firme de uma mãe para controlar seus horários. Continue assim ! bjss

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  5. Maria
    Eu imagino como deve ser difícil falar um NÃO para um adolescente! Mas pelo que você disse, eles são bem obedientes, né? Sua mãe foi autoritária com você, o que é bem diferente de você impor autoridade aos seus filhos.
    Nossa, preocupação é única, amiga...fazer com que se tornem cidadãos de bem.

    Beijos, querida

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  6. Maria José,
    Eu também sigo as mesmas regras: vídeo game PODE nas férias e finais de semana.
    Durante a semana? NÂO! rsrsrs
    No final eles entendem bem e nem desobedecem.
    Sabem de nossas preocupações e desejos.
    Beijos

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