quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pique-esconde no supermercado!?!


No momento não me recordo de nenhuma travessura assim muito marcante ou estaparfúdia de Miguel, até porque eu e mais ainda mamãe fazemos a linha SOMBRA, grudadas e sempre atrás dele, o que certamente evita um bocado de artes! Porém, me recordo de um episódio que me deixou muito nervosa e com uma sensação imensa de impotência! Serve? Tomara!

Miguel sempre adorou brincar de pique... pique-pega e mais ainda de pique-esconde, só que sempre brincamos muito no quintal e também dentro de casa... e ele sempre ingenuamente me respondia quando eu perguntava onde ele estava! Uma vez, justamente no supermercado, ele cismou de brincar de se esconder e sem nem me avisar. Fui pegar um pacote de biscoito e quando olhei pro lado... Cadê?!? Instantaneamente o supermercado ficou ainda maior... imenso... e eu, menor que a menor das formigas! Contraste! Pavor! Medo! Saí que nem uma louca verificando cada corredor, gritando por ele e nem sinal do pestinha! Quase chorei, quase desmaiei, quase liguei pra CIA e pro FBI, quase enlouqueci, quase morri... mas, em meio a tanto quase, desisti do carrinho de compras e resolvi ficar plantada num ponto estratégico do supermercado, que dava para ver todas as saídas, assim teria certeza de que pelo menos para aquela rua movimentada, ele não iria.

Depois de minutos que, para mim, pareceram anos, eis que surge ele, com a cara mais lavada do mundo, como se nada tivesse acontecido, sorrindo e me perguntando se eu tinha desistido de procurá-lo! Até hoje não faço a menor ideia de onde ele estava tão bem escondido! Só sei que a minha vontade inicial foi de enfiar a pregada nele... mas logo desisti, porque senti que ele não entenderia nada... estava apenas brincando... além do mais, a alegria por vê-lo ali na minha frente, são e salvo, me deu um alívio tão grande que o que fiz foi tentar disfarçar as lágrimas e abraçá-lo com saudade de quem não se vê há séculos! E quem disse que não tinha tudo isso?!? Coração de mãe é um relógio muito doido e que não bate com coerência nem com constância nem com explicação...

(Andreia Dequinha - mãe do Miguel, que é expert em pique-esconde)

8 comentários:

  1. Então,... São as travessuras brandas, como as do meu Renan.Tão gostoso lembrar, não? "(...)minutos que, para mim, pareceram anos" rsrsrsr É isso mesmo, o tempo parece não passar nesses momentos em ficamos presas às aflições. Uma vez, meu filho se escondeu no cabide de roupas de uma loja de departamentos, e eu só o encontrei porque percebi os pezinhos que ficaram de fora. Mas rodei a loja tooooda. Quando eu o encontrei ,ele disse " achoooou!" Acabei , mais uma vez, rindo, depois de chorar, é claro...
    Bjs

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    1. Que bom que você viu os pezinhos do seu filhote, amiga, porque neste caso do Miguel, que eu contei, nem sinal dele... Fiquei enlouquecida! Que desespero! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Que bom que, passado o susto, a gente pode rir desses episódios... mas haja coração! Mãe deveria ter um reserva! Concorda?

      Beijocas.

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  2. Dequinha, que sufoco, heim! O seu relato é engraçado, mas fico imaginando aquele super mercado lotado e o "pestinha" brincando de se esconder. A gente com o coração batendo na boca. Todavia serve como experiência da ingenuidade da criança. Eles sempre nos tem como "super" PAIS OU MÃES, né? Aos poucos vão crescendo e perceberão que somos "normais".
    Bjos.
    Manoel.

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    1. Nem estava tão lotado, mas era imeeeeeenso e eu nem assim o via! Assustador! De deixar até a mãe mais zen do mundo de cabelo branco e em pé! Vixe Maria! Não gosto nem de lembrar, embora, agora, eu já consiga rir. rs rs rs

      Um abração!

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  3. Dequinha,senti novamente o sabor do desespero quando li seu texto porque me remeteu a um post no qual eu relatei atitudes similares dos meus quando pequenos naquela loja. Ai, meu Deus!! a gente pode escrever um livro sobre aqueles momentos eternos mas ainda será insuficiente para descrever com minúncias a angústia passada. É que somos exageradas, já pensamos logo no pior, coisa de mãe que assumiu que é anjo da guarda do filho, no seu caso você e sua mãe, duas corujonas! Mas eu não sou nada diferente. Acredita que até hoje quando vou atravessar uma rua com minha filha (de 25 anos) eu ainda pego na mão dela para protegê-la? é quase um ato involuntário..kkkk
    Cada relato do Miguel é um registro duplamente precioso: primeiro porque adoro saber das artes que ele apronta (me lembra o Danilo kk)depois você tem um jeito todo especial e emocional de falar sobre seu rebento que fascina!

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    1. Com certeza a gente já pensa no pior, parece que é pra já se preparar pra dar conta do tranco, se isso acontecer, aí o que vier, de mais light, está no lucro!

      Mamãe faz isso também, de tentar me dar a mão quando vou atravessar e eu reclamo, morro de rir, e acho que é patetice dela! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Perguntei como ela acha que eu faço quando vou trabalhar, volto, ando por tudo aí... Será que pensa que alguém me dá a mão e me atravessa?!? Chega a ser engraçado... kkkkkkkkkkkkkkkkk Jura que vc tb faz assim??? Será que um dia eu vou fazer tb??? Afe...

      Obrigada por sempre me ler e comentar. Adoro. Beijos.

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  4. Andreia, é um grande susto! Não podemos negar, mas na verdade é a criatividade deles, a delícia de se divertir sem pensar em limites e consequências que os fazem felizes, importantes, desafiadores! Enquanto eles se divertem a gente como mãe se desespera, são as adversidades da vida, as travessuras dos pequenos que fazem com que o papel de mãe seja desafiador! Amei o seu relato! Esse Miguel é demais!
    Bjo

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    1. Miguel é uma figura e um dia espero que ele entenda os sustos que já me deu... e que, na cabeça dele, é apenas neurose ou exagero. Mas quem é mãe sabe que não é, ou, se é, é surto coletivo. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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