domingo, 21 de fevereiro de 2016

A mamãe da Maria Antônia


Parece meio fora do comum uma garota, em pleno século XXI, ter como sua maior realização pessoal ser MÃE. Sim, eu sempre quis ser mãe. Em 2013, recém casada, tive um positivo, mas Deus precisou de um anjinho no céu para cuidar de mim. Nas brincadeiras de bonecas, ali estava meu desejo (in) consciente.

Hoje, quando o cansaço toma conta, sinto falta de quando era apenas brincadeira. Mas aí lembro das duas fitinhas rosa no teste de farmácia, da primeira ultra... A emoção vem novamente e faz o cansaço partir.

Me olho no espelho, vejo olheiras, não tinha nem quando ia ao CaboFolia. Lembro que não durmo uma noite inteira há muito, muito tempo. Mas acordar no meio da noite, uma, duas, até três vezes para amamentar me sacia tanto quanto eu sacio a fome dela.

Quando olho minhas unhas a fazer, meu cabelo preso num rabo de cavalo ou na pior das hipóteses: um coque mal feito... Sim, sinto falta dos meus dias de princesa... Mas todo tempo do mundo dedicado a ela recebo de volta num sorriso.

Hoje, depois de seis meses da chegada da Maria Antônia, sinto mais falta dos dias, semanas e meses que passaram ligeiramente, quase parecendo não ter visto ela crescer. Sinto falta da do seu chorinho de recém nascida, do cheiro inebriante quando a toquei pela primeira vez. Sim, sinto mais falta dos momentos que guardo do que das coisas que mudaram em minha vida depois da sua chegada. Essas coisas o tempo (ingrato) arruma. Ser MÃE, não... essa é minha oportunidade.
Quando eu sonhei ser MÃE sabia que não seria fácil, mas também achava que não fosse tão difícil. 


(Stephany Monteiro - 24 anos - mamãe da Maria Antônia, de 6 meses)

3 comentários:

  1. Eu acredito que sonhos são coisas atemporais... então acho normal, em qualquer época, sonhar em ser mãe, assim como não desejar sê-lo também!

    Fiquei encantada com o seu texto, com seu amor, com sua boneca Maria Antônia. Que seja sempre assim! <3

    Feliz demais com a sua participação aqui no blog! Que venham outras, muitas outras. Beijos.

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  2. Acredito que as compensações superam os sacrifícios( noites sem dormir, olheiras, correria, preocupações...) porque ser mãe é uma missão linda e divina. Há momento mais gratificante do que segurar o filho e receber um sorriso? Isso já vale a pena. Muito bom ler seu texto e sentir que a emoção domina quando falamos sobre os filhos. Parabéns pelo texto!

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  3. Texto delicado e que transmite todo o amor incondicional que sentimos pelos nossos filhos. Parabéns Stephany! Lindo!

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