segunda-feira, 11 de abril de 2016

E por uma cesárea ele chegou!


O acompanhamento de toda a minha gravidez foi feito pelo SUS e também pelo particular. No primeiro, quem me acompanhou foi o Doutor Aluísio, um fofo, e, no segundo, foi a Doutora Maria Idalina, uma porra louca que eu amo e que foi minha ginecologista há anos! Eu, neurótica assumida, ia aos dois e ficava comparando mesmo, na cara dura, o que cada um falava, vendo o que batia e o que não! Coisa feia, eu sei... Tudo isso fora os tantos livros e revistas que eu li! (Cheguei até a assinar a revista "Crescer", por dois anos!). E também o tantão de coisas que eu ia pro Google, pesquisar! Sem falar que fiz o dobro de ultras previstas em uma gravidez; umas pedidas por um, outras pedidas pelo outro! Um trambique descarado! (risos)

Tive uma gravidez até tranquila, pela quantidade de estresse pelo qual passei e que não dependia de mim, infelizmente. Nos três primeiros meses perdi peso em vez de ganhar, pois nada parava no meu estômago. Ops, quase nada. Pêra o Miguel, se formando dentro da barriga, aceitava de boa! Era a única coisa que eu comia, praticamente. E nem assim enjoei dessa fruta!  Mas falando em enjoo.. putz, eu enjoei um bocado, noooooossa! Não gosto nem de lembrar que me dá vontade de vomitar!!! (risos) 

Trabalhei até os sete meses, com o maior barrigão! E só parei porque realmente minha barriga pesava horrores e eu ficava com medo de Miguel resolver, como eu, adiantar e eu acabar tendo de parir em São Pedro da Aldeia ou em Arraial do Cabo, no meio de uma aula de Literatura... ou pior ainda: no meio da estrada, dentro de um ônibus! Sinistro! (risos)

Nos meus planos, eu teria (e queria) parto normal, mas quem disse que grávida tem algum direito de escolha, né?!? Pressão controlada na gravidez (quase) toda, mas eis que, na reta final, justo nela, eu comecei a pirocar e a misturar a ansiedade e o nervosismo, com as saudades de meu pai e da vontade que ele tinha de ter um menino na família! O meninão estava prestes a chegar e ele não estava mais aqui, pra ver, abraçar, curtir, babar! Conclusão: uma pré-eclâmpsia, que me obrigou, na marra, a pensar numa cesárea.

Como pelo SUS eu não teria garantia de cair nas mãos do Doutor Aluísio, a não ser que Miguel nascesse exatamente no dia do plantão dele, preferi pegar um empréstimo às pressas e optar pela Doutora Maria Idalina! Fora o medo de também, pelo SUS, cismarem de que eu deveria tentar o parto normal, desconsiderando o problema que eu havia tido. Pavor! Neurose! Total! 

Graças a Deus, correu tudo bem, foi tudo rápido que eu nem tive tempo de ficar nervosa! Equipe eficiente e maravilhosa! Não fiquei nada triste por não ter podido ter um parto normal, conforme eu tanto queria, pois o mais importante era ter tido meu filho em segurança, cheio de saúde e sem nenhuma complicação. E, assim como eu, por uma cesárea, ele chegou, com a graça do bom e misericordioso Deus! No dia 14 de agosto de 2009, às 8:41 h, deixamos de ser um e nos  transformamos em dois, que caminham juntos até hoje... e até sempre! Meu eterno amor!

(Andreia Dequinha – mãe do filhotinho mais lindo deste mundo: Miguel)

16 comentários:

  1. Déa,
    Que emoção este momento! !!A parte que fala do seu pai...Confesso que chorei!!Lembrei também quando Andrei nasceu!!Momento indescritível para mim!!Também fiz Cesária, mas porque estava muito ansiosa !!40 semanas e nada!!Então resolvi agendar com o meu médico para não correr o risco de passar por apuros na emergência e colocar a vida do meu filho e a minha em risco!!Acho que o meu maior medo de esperar o parto normal!Uma intercorrência!!Não sou uma artesã das palavras como você,mas um dia tentarei relatar este momento mágico em minha vida também! !

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    1. Obrigada por ter vindo aqui me ler e mais ainda por tão lindo recadinho, Nadiolan! Falar sobre o nascimento do Miguel sem mencionar o meu pai é praticamente impossível, tão ligada uma coisa está à outra! Qualquer dia, quem sabe, escrevo sobre essa ligação dos dois, mesmo sem não terem se conhecido aqui neste plano... É de arrepiar...!!!

      Caramba!!!! 40 semanas?!? Tenho uma amiga que foi até 42 semanas!!! E eu não consegui, mas pelo menos ele não chegou a ser prematuro, como eu!!! rs rs rs

      Eu queria muito ter tido normal, mas não deu. Não fiquei grilada não. Só lamentei o pai não ter podido ver o parto, como ele tanto queria, mas... tb foi bom como foi, até porque foi como tinha que ser, né??? Deus sabe de todas as coisas...

      Eu? Artesã das palavras? Quem me dera... é o coração que vai ditando, explorando as lembranças, forçando a memória... Que bom que gostou e se animou também a contar sua experiência. Até o domingo o tema do blog será este: Normal ou Cesárea? Pode, até lá, me enviar o seu texto que eu publicarei com o maior prazer!

      Beijos, querida.

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  2. Nossa, que mamãe mais ansiosa!! RS.
    Mulheres são um turbilhão de emoções, sempre!
    Bela história.
    Parabéns pelo filho. Acho o nome dele lindo!!

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    1. Obrigada, Fabiana Barboza!!!! E até que eu consegui driblar (um pouco) a minha ansiedade... Pra vc entender até onde ela vai... já comecei nascendo de 8 meses... Olha a pressa de vir ao mundo!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Obrigada por ter vindo ler, por comentar, por curtir, por ser carinhosa com meu filho, cujo nome eu também acho lindo!!! Seria Davi a primeira opção, mas... acabou sendo Miguel!!! Contei essa história aqui no blog já... Caso queira ler... é só clicar no marcador "Andreia Dequinha", que verá todos os meus textos, dentre eles esse dito cujo aí, que explica sobre o nome. rs rs rs

      Beijinhos, Fabiana, e volte sempre!!!

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  3. Passei pelas duas experiências e, com a maior sinceridade do mundo, DETESTEI. Tudo muito sofrido... Levar uma parte do dia e mais uma noite inteira em "trabalho de parto",e ainda ser cortada e levar pontos em uma região nada confortável, pra mim, deixa de ser parto norma; é uma "forçação de barra". Passar pelos incômodos da anestesia, abrir a barriga e depois ter todos os pontos inflamados,durante dois meses, são motivos suficientes para não romantizar a chegada de meus queridos filhos. Somente por eles tudo valeu a pena, e a Deus eu agradeço. Afinal,"Ser mãe é padecer no paraíso."

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    1. Jura que detestou, amiga??? Amo essa sua franqueza!!!
      E eu tinha medo disso... de ficar esperando, esperando, esperando e ficar ansiosa e em vez de ter uma pré-eclâmpsia ser "premiada" com a própria eclâmpsia! Por isso resolvi não arriscar! No fundo, acho que tudo acontece do jeito que tem mesmo que acontecer, e não como a gente planeja, né? Não tem jeito...

      Graças a Deus nada em mim inflamou... não sosseguei nem um minuto... Deus foi muito bom comigo. Nem gases eu tive, por sorte, pois falei horrores na maternidade e mais ainda em casa. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Tudo vale mesmo a pena para trazer ao mundo nossas crias...

      Beijos, Zenilda. Obrigada por estar sempre aqui! Esperando uma participação especial sua... quando quiser e puder...

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  4. Tive um problema digestivo que me deixou acamada durante dois dias.Graças a Deus estou melhor... além disso,revisando matéria para o jornal. Assim que ficar mais tranquilo, aparecerei com um texto;aliás, o tema em pauta dá um "senhor texto", pois minha experiência foi muuuito marcante. Nossa...você não tem ideia, acredito que até um conto...(rsrs).

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    1. Bem que eu senti a sua falta no Facebook... Melhoras para vc e assim que quiser escrever seu texto, pode postar diretamente no blog ou enviar pro meu e-mail, se preferir, que eu trago pra cá. Já estou curiosa! Doida pra ler e conhecer a sua história. Beijos.

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  5. Realmente, grávida não tem direito de escolha, ... lindo o seu texto! Que momento lindo!!! E que bom que você tem as fotos! Não tenho nada disso!! Faz tanto tempo, não gosto de lembrar, porque me senti muito sozinha naquela época, não tive mãe por perto, não tinha ninguém, apenas meu marido trabalhando!!! Muito emocionante o seu texto!!! Você conseguiu mesmo me emocionar, me trouxe muitas lembranças!

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    1. Obrigada pelo carinhoso comentário! Eu nem sabia que teria as fotos deste momento, pois, como não tinham deixado o pai do Miguel assistir ao parto, pensei que nem fosse registrar, mas aí a equipe fofa mesmo tirou e eu só fui ver quando cheguei em casa e fui passar as fotos pro computador. Imagine a minha surpresa, que delícia!

      Na época minha mãe ainda estava se recuperando da isquemia... tb foi punk... puxado... mas tudo se resolveu, graças a Deus! Beijocas.

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  6. Amiga, Dra Idalina era maravilhosa ! Foi minha ginicologista muitos anos também. Amei seu texto, mas o último parágrafo... foi de arrepiar. bjkss

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    1. Morro de saudades da Idalina!!! Como ela faz falta!!!
      Feliz que tenha gostado!!! Beijos!!! Doida para ler o seu!!!

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  7. Dequinha, lembro -me de quando engravidou, acompanhei virtualmente essa gravidez, participei do chá de bebê também virtualmente e lembro-me tb quando nasceu o lindinho! Tanta emoção, tantas fotos postadas. A gente do lado de cá vibrava e torcia que desse tudo certo. O Miguel é filho também nosso, de certa forma, tanto que curtimos essa gestação! Eu imagino a Dequinha, perfeccionista como é, não ter o controle de tudo...kkkk mas o mais importante é que esse maravilhoso e lindo menino veio saudável e fez um BEM danado para essa doce maluquinha! Amei seu texto, amei relembrar todas estas doces lembranças...

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    1. Pois é, Zizi, todas as tias artemanhosas acompanharam a tudo, carinhosamente, e como fui paparicada! O Miguel então... nem se fala! Ele é de todas vocês sim, também!

      Sofri muito em não ter tudo podido acontecer como eu idealizava e tanto queria, mas, depois disso, me tornei mais light (dentro do possīvel) e tb mais confiante em Deus, certa de que Ele faz tudo exatamente como deveria ser.

      Um beijo grande!

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  8. Ahhh que lindo!
    Então, também assinei revista,assistia o canal do Discovery,naquela coisa de fazer o parto normal.. Sexo do bebê: fiz a ultra e a médica pergunta é aí mamãe o q acha? Eu: ah! Menino! Ela: só se o pinto for muito pequeno RSS estou vendo uma menina!
    Não me contive e pedi outro papel pro médico. Confirmado MENINA! Kkkkk
    O Parto? Cesariana. O cordão estava enrolado no pescoço.
    Agradeço a Deus por ele ter permitido o meu pai de participar dessa alegria.
    Foram apenas dois meses, ela sorriu pra ele! Ele não pode curtir muito.
    Então, 09 de maio de 2005 nascia minha Bonequinha.

    E no dia 20 de março de 2009, vinha ao mundo também de parto cesariana, meu Pingo de gente mais lindo!
    Foi uma gravidez TB muito tranqüila, enjoei de mais da conta! O médico perguntou se eu queria tentar o parto normal, respondi q não pois já não tinha mais pra onde esticar a barriga kkkk
    É isso!
    Bjsss prof

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    1. Você ma barrou, Rosa! Eu não cheguei a essa neura de assistir a programas de parto na TV não, talvez porque nem tivesse me ligado nisso, se não... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Salva pela falta de informação nesse sentido!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Miguel também estava com o cordão enrolado no pescoço... mas isso nem impediria o parto normal, mas o meu histórico de pré-eclâmpsia sim poderia ser um elemento complicador, por isso não quis arriscar.

      Que bom que seu paizinho pôde estar presente em alguns momentos e ao menos saber da chegada dela a este mundo. O meu sequer teve tempo de saber que eu estava grávida... e isso até hoje me dói e me leva a lágrimas toda vez que toco nesse assunto, não tem jeito. Acho que será assim pro resto da minha vida...

      Adorei o recadinho, adorei vc ter vindo aqui me ler... e contar um pouco mais sobre sua história. Beijos, ex-aluna amada e amiga pra todo o sempre. Amo vc.

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