sábado, 7 de maio de 2016

De brotos a sementes


Falar sobre filho é ir direto ao coração de uma mãe e se deparar com o mais profundo e legítimo sentimento, único que não impõe condições para nascer, crescer e multiplicar-se a cada dia: o amor materno.

Chegam ao mundo tão pequenos, indefesos, franzinos, cheio de dores, chorões, famintos. Pronto!  Estamos com um novo ser nas mãos com todas essas características, e agora? Somos a principal responsável por eles. Se algo der errado, a culpa cairá, sobretudo, em nós, mães! Se nosso filho for alguém de bem ou não, será sempre o “filho da mãe”. Haverá também  aqueles que se lembrarão de que a boa educação que teve em casa, contribuiu para que ele se tornasse um ser iluminado e útil para a sociedade. Ponto para a mãe, nesse caso!

Que missão é essa com início e sem fim? Que amor é esse que só amplia, independente da situação, dos conflitos? Que força é essa que não se abala? Que dom é esse que mistura carinho, dedicação, confiança, alegria e superação? Alguém consegue limitar as fronteiras desse sentimento? Ou negar tudo isso?

A sabedoria adquirida pela experiência materna é magicamente imensurável e não tem comparação, por exemplo: O rebento, no início, não fala, mas uma mãe já o compreende e sabe tudo o que ele sente; o rebento não anda, mas a mãe já o prepara para esse momento colocando-o em pé para que ele sinta as perninhas esticadas. Todas as evoluções são acompanhadas passo a passo e vividas intensamente, eternizadas em fotos e filmagens para que tais momentos possam ser retomados e vivenciados posteriormente, pois para uma mãe, contemplar o filho já lhe basta.

Ela vive em função dele 24 horas, ela faz e refaz a sua vida tendo a imagem do filho como prioridade, ela se sacrifica no trabalho e em casa por ele e ainda carrega no coração um sentimento de culpa por ter que se ausentar por algum tempo e atender a mais obrigações que possui além da materna, pois precisa garantir o bem-estar e sobrevivência da cria.

Hoje, aos olhos desta mãe que é personagem de um contexto materno há mais de três décadas, desfilam muitas fases da vida dos filhos, entre elas: os primeiros cuidados, os ensaios para os passinhos, os balbucios nos treinos da 1ª palavra, as traquinagens, as curiosidades e brincadeiras, a batalha para aceitar a papinha, a ida à escolinha,  etc.

Esse último representa o início de uma construção para a vida externa que vai  além do olhar materno. Esse momento chega, meio sem aviso, sem permissão e  faz uma  reviravolta de 360 graus deixando para trás aquela estável condição de subordinação da qual fazíamos o papel da oração principal em nossa zona de conforto.

O próximo iminente voo é pura consequência: trabalho,  faculdades, casamentos, netos... e lá se vão os nossos eternos brotos fertilizar outros campos e germinar mais sementes dando início a outros contextos que traçarão a continuação da vida! (Um círculo vicioso?)

                       (Zizi Cassemiro, mãe do Danilo e da Patrícia,  avó dos lindos: Gabriel e Johnny)

4 comentários:

  1. É tudo tão mágico né? Como são encantadoras todas essas fases da vida de nossos filhos. Como você disse: "O próximo iminente voo é pura consequência: trabalho, faculdades..." opa!!! Parei aqui rsrs... os meus ainda estão na faculdade, mas quero vê-los no casamento e me dando netos com certeza!! Com a Bênção de Deus!!
    Seu texto é lindo! intenso, inteligente!!! Não tenho inteligência suficiente para comentá-lo à altura!! Parabéns!! Arrasou como sempre!!!

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    1. A palavra é essa mesma "mágica", senão como explicar tanto dentro de uma palavrinha tão pequena e grandiosa ao mesmo tempo como essa : MÃE! Toda mãe é iluminada por cumprir essa missão que vai além do limite humano.
      Muito obrigada, vc é muito dócil e motivadora nos comentários, me deixa encabulada e feliz! Um abraço e parabéns por vivenciar também esse lindo dia que é tão nosso! Dia das Mães!

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    2. Só disse a verdade!!! Seus textos são lindos, feitos no capricho! Nada de ficar encabulada rsrs ... Feliz dia das mães!! Um dia especial pra todas nós, mamães guerreiras, leoas!!!

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  2. Seus textos sempre me deixam mexida, é verdade, mas este, hoje, em especial, me deixou até sem palavras, sem nenhum exagero! Brilhante, comovente, tocante! Parabéns! Ser mãe é algo mágico e inexplicável, mas vc definiu super bem! E viva os brotos, as sementes, a fé que cada uma de nós carrega especialmente a partir do momento em que se deixa de ser mulher (que já é coisa pacas, diga-se de passagem!) e se torna também MÃE (e vó, bisa...). Feliz dia das mães, amiga linda!

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