domingo, 12 de junho de 2016

Quem nunca???

Quem nunca sofreu um episódio pirracento de uma criança que atire o primeiro chinelo!! Faz parte!!
O que diferencia é a intensidade da birra, da criança e da olhada dos pais – ou não. Não me lembro de um “momento vexame” desses que nos fazem querer cair em um buraco ou parar o tempo para os outros só para dar aquele grito de "chega", capaz de estremecer tudo ao redor, mas me lembro de um fato, complicado, por sinal, ocorrido quando a Bia tinha uns seis ou sete anos.

Sempre trabalhei muito e ela ficava com uma babá. Um dia, saí para trabalhar e ela teve uma crise, parecia enlouquecida,  jogou o chinelo no espelho que ficava no corredor. Devo confessar que ela levou umas chineladas quando eu cheguei e vi o espelho quebrado. Imagina, se ela se machuca ou aos outros?!?

Já o Fillipe, seu problema é sua mania de responder. Houve uma vez em que ele queria algo, não me recordo bem, e eu disse não. Ele ficou me respondendo na frente das pessoas e eu  me controlando para não lhe dar uns tabefes ali mesmo, na frente de todo mundo. Fui pra casa bufando e, assim que chegamos, o tempo fechou. Nunca mais ele me respondeu na frente de ninguém.

Criar filho é muito difícil. Olhamos ao redor e sempre achamos que as crianças dos outros é que são mal-educadas, chatas e respondonas. Quando acontece conosco é que a ficha cai. A verdade é que filhos não vêm com manual e de vez em quando nos surpreendem, nem sempre de forma agradável. Faz parte mesmo!!!


(Carmem Lucia - mãe da Bia e do Fillipe) 

2 comentários:

  1. Você é das minhas, amiga! Não tenho tantas pirraças para me recordar do Miguel, salvo uma coisinha ou outra, contornável. Pelo menos não até agora. Acho que vai muito com o fato de como os pais lidam com isso. Não sou mesmo permissiva nem tolerante ao extremo. Perco logo a paciência e aí acaba não indo nada adiante, graças a Deus. Nem sei qual seria a minha reação, sinceramente. :-(

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  2. Vc tem razão: as pessoas sempre reparam quando a pirraça vem dos filhos alheios. Parece muito mais fácil corrigir, mas quando temos os nossos, sentimos na pele quais as verdadeiras dificuldades em lidar com situações dessa natureza. As pessoas são únicas, não importa se são crianças ou adultos. Mas como temos o peso do educar nas nossas costas, qualquer atitude corretiva tem que vir de nós. Acredito que tudo faz parte do crescimento e amadurecimento deles. Na hora dá vontade de apertar o pescocinho, mas depois que crescem, o que fizeram servem de motivos para boas gargalhadas....(eu que o diga kk)
    Parabéns pelo relato bem escrito e com flashes de humor, obrigada por compartilhar sua experiência conosco.

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